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Cronicas-->Cronicas de Carnaval (3) -- 16/08/2006 - 12:21 (Humberto Fernandes Valente) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cronicas de Carnaval (3)


Egoísta!!!Outro dia ouvi isso e nem acreditei: Era comigo!A bem da verdade neguei de cara."Não tem nada a ver", vociferei alguns decibéis a mais que o natural e razoável para uma conversa socialmente amigável.Defendi-me, ponderei, expus meus motivos e razões numa fração de segundos, e a conversa entre nós (éramos meia dúzia se não me engano) num instante mais rápido, ainda acabou descambando para quem ganharia o Carnaval.

Mais tarde deitado na rede (que coisa boa é balançar numa rede num fim de tarde) deixei o livro de lado, e fui analisando aquela "ofensa".Sempre liguei a palavra, o adjetivo, o sentimento, a algo distante de minha humana existência.Mas efetivamente, dessa vez a "coisa" era comigo.

Cá com meus botões repeti mentalmente as explicações dadas, mas que ninguém nos ouça, ou me melhor, me leia, já não convenci nem a mim mesmo.Era egoísmo sim.Talvez não aquela coisa de dicionário tipo exclusivismo, ou querer algo só pra mim.Era um sentimento estranho, uma vontade de estar no lugar de alguém, na situação de alguém, com o tempo livre de alguém, era sei lá..., Uma coisa esquisita. Era querer pra mim também algo que não tinha ou não teria, era...Era...INVEJA também.

Engraçado como custei a admitir que poderia estar sendo egoísta e invejoso.Talvez pela criação que tive, pelos princípios religiosos entranhados em minha formação, que sempre me reportaram a uma coisa ruim, a atrelar o egoísmo e a inveja a atitudes mesquinhas, pequenas.Para mim o egoísmo e a inveja sempre partiram de um critério de injustiça.Justiça melhor dizendo: Porque é meu, de direito e merecimento.Porque eles não merecem ou não tem direito.Porque eu mereço e eles não.

Curioso é que tais conceitos sempre me passaram por algo material, concreto, metal, situação financeira, económica.Mas ali não era o caso.Era apenas uma situação, um estado de coisas. Não queria tirar nada de ninguém muito menos desejar mal a alguém (tipo vilão de novela que quer ver a mocinha sempre sofrendo), estava no meio de gente conhecida, de amigos.Não queria nada só pra mim, na verdade queria algo pra mim também.

O que há de errado nisso?Perguntei-me já voltando à leitura e querendo esquecer que de alguma forma me revelei na frente de todos. Nada ora bolas.Na verdade acho que ninguém deu muita importància ou sequer lembra do acontecido.Afinal sou humano, e como tal sujeito a fraquezas, da carne e do espírito, mas tudo isso sempre com a melhor das boas intenções.

No fim atiraram no que viram e acertaram no que não viram.Ou num dos muitos ditados que conheço: "... mataram dois coelhos com um tiro só". Mas que pontaria hein!!!


MARÇO/2006
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