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cronicas-->Na Alegria e na Tristeza -- 16/08/2006 - 12:19 (Humberto Fernandes Valente) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NA ALEGRIA E NA TRISTEZA


Não sei quantas vezes ouvi a expressão acima.Perdi a conta de casamentos, que mesmo assistidos da porta da igreja, ecoaram em meus ouvidos essas e mais algumas afirmações.Outras tantas escutei em rodas de bar ou de salão de variadas pessoas para diversas situações e registre-se a verdade, a maioria delas em tom professoral ou jocoso.


Hoje num quarto de hospital vi um filme daqueles que passam aos montes nas salas de cinema.Romàntico, simples, tradicional, mocinho, mocinha, família, início, meio e fim.Final feliz.Interessante que o roteiro era escrito pelos atores principais.Algum critico ousaria chamar piegas.Afinal usar uma cena de filha agarrada ao pai numa cama de hospital seria apelação. Eu chamaria de vida.


A luz era branca, fria como todo hospital.Mas pelo que via, mais parecia uma sala de estar de uma casa normal.Quente, aconchegante, desarrumada pelo uso normal do dia a dia.Estava tudo ali, a mesa, os chinelos, a cortina, as fotos dos filhos e a tv ligada sem muito a dizer, presente como uma acompanhante solitária, mas fiel.

Eis que em dado momento adentra o cenário sem aviso prévio do diretor a mocinha.Não daquelas frágeis e sim das resistentes e delicadas.E fortes como só as dedicadas podem ser.E por um instante o mocinho pela primeira vez naquela fita acha seu porto e vejo refletido em seu olhar o mar que adentra suas comportas.

Nesse momento me dou conta que de espectador virei personagem, sei que o recurso já foi usado em outros filmes, mas é verdade estou ali também interagindo.Secundário, coadjuvante, mas ali presente.Personagem privilegiado em assistir de dentro da película aquele filme de enredo tão antigo quanto verdadeiro.

De repente o diretor diz corta e o filme para.Mas estranho, parece que agora são os personagens que saíram da tela.Novamente fico com a impressão que um diretor mais talentoso já usou esse recurso.Tudo bem, afinal se há referência não há plágio, só licença cinematográfica, ou nesse caso literária.

Como todo final de filme romàntico ali a vida também termina em beijo, não um, mas vários.Não só da mocinha e do mocinho, de todos os atores.E eu fico com a impressão que depois de muito procurar nas salas de cinema da vida, o filme de amor real achei ali naquele quarto com a delicadeza e a ternura de todas as verdadeiras estórias de amor.

Os créditos vão passando e cabe explicar que talvez o melhor título do filme fosse "Na Saúde e na Doença".Confesso, no entanto, que o amor ali retratado era tanto que recusei me a falar em doença.Alias acho que só falei em tristeza pra compor o título e de quebra retratar a minha por não ter visto que aquilo que procuro está sempre bem mais perto do que imagino.




Março/2006
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