Usina de Letras
Usina de Letras
249 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10302)

Erótico (13562)

Frases (50482)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Humor-->A Política do "Denuncismo" -- 06/08/2004 - 20:34 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



A POLÍTICA NO CORDEL
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Em versos, fica mais fácil
Entender a situação
Do “denuncismo” barato
De tanta corrupção
Falta mais sinceridade
Pimenta no meu não arde
Só no fundo do povão

No fundo, bem lá no fundo
Todo mundo tem razão
Se é falta de dinheiro
Sou membro da oposição
Sou parte da maioria
Que já foi feliz um dia
E hoje não é mais não

Mas se o dinheiro me sobra
Ganhando pra lá de bilhão
Com certeza, sou governo
Essa é minha opinião
Não uso de rebeldia
Confio na economia
Desse governo em questão

Admiro o Palocci
E sou fã do presidente
Que vive no exterior
Trabalhando em prol da gente
Fala bem de improviso
Nos promete o paraíso
Assim eu fico contente

À cada ano que passa
Meu banco só vai crescendo
Meu lucro vai aumentando
E assim eu vou vivendo
O Lula é bom companheiro
Com ele ganho dinheiro
Do seu governo, dependo

Mas nem tudo é perfeito
Tem coisa que me chateia
Gente que vive chorando
Até de barriga cheia
Fala mal da Previdência
Reclama da assistência
Isso é coisa muito feia

O OUTRO LADO DA QUESTÃO...

Isso é coisa muito feia
Diz bem alto o banqueiro
Que ganha muito dinheiro
E fala da vida alheia
Colhe fruto e não semeia
Mas quem é aposentado
Ou então desempregado
Com a barriga vazia
Sonhando comer um dia
Anda bem, desconfiado

Que o velho companheiro
Há muito, mudou de lado
Virou clone do clonado
Já comprou seu avião
E foi visitar o Gabão
Onde foi bem recebido
Pelo povo aplaudido
Pela dívida dispensada
Que não será mais cobrada
Ficou a fundo perdido

E nós aqui, só olhando
Espiando a geladeira
Que parece uma geleira
Que vive descongelando
Todo tempo aguardando
A chegada da comida
Amplamente prometida
Tanto tempo anunciada
Tanto tempo esperada
Pra ser logo engolida

Esqueceram do passado
Trabalho versus capital
Não há conflito, afinal
O sujo e o mal lavado
Quase tudo é copiado
Até mesmo no escuro
Vive subindo o juro
Esperando o apagão
Ou a volta da inflação
Sentado em cima do muro

Genérico e original
Similar sem diferença
O fuxico e a desavença
Até no Banco Central
A denuncia foi fatal
E no Banco do Brasil
Ninguém sabe, ninguém viu
Assim saiu na revista
Que foi logo dando a pista
Do rumo do capital

E o nosso companheiro
Apressou-se na entrevista
Desmentindo aquela pista
“É coisa de fuxiqueiro”
“Não é coisa de banqueiro”
Afirmou o presidente
Atitude imprudente
Do seu falar costumeiro
Sem investigar, primeiro
Se o caso é procedente

Não se pode, e sem razão
Dizer que é baixaria
Que’ a denúncia é vazia
Intriga da oposição
Sem haver investigação
Parto dessa premissa
Para que não seja omissa
Onde há fogo, há fumaça
Há indícios de trapaça
Que se procure a Justiça

Quem se achar prejudicada
Qualquer uma autoridade
Vá em busca da verdade
A coisa tá mal explicada
Cada vez mais complicada
Conversa não adianta
Mais suspeita se levanta
E o povo sem notícia
Pede socorro à polícia
Ou alguém que lhe garanta

Até porque , na verdade
Seria só pretensão
Da parte da oposição
Tanta criatividade
Nessa especialidade
Descobrir toda a sujeira
Levantando a poeira
Que afinal, poderia
Atingir, por ironia
Sua bancada inteira

Se fosse só uma questão
Um assunto mais ameno
Ou um problema pequeno
O Senhor teria razão
Intriga da oposição
Mas o assunto que refiro
Todo dia sai um tiro
Ou explosão de granada
É grande a trapalhada
Começou com o Waldomiro

E virou um bombardeio
A imprensa mostra isso
Quem não tem o compromisso
De abafar o tiroteio
Pro povo ficar alheio
Mas a verdade aparece
E a mentira arrefece
A Justiça se instala
Quem não deve, não se cala
E à imprensa, agradece

Assim, é bom que se diga
Pra evitar mais confusão
Faça a investigação
Deixe de lado a intriga
Que vem causando fadiga
Bate-boca não adianta
Só prejudica a garganta
A solução é agora
Já passou até da hora
De acabar com a briga

Virou cantiga de galo
A desculpa que irrita
É da “herança maldita”
Todo mundo no embalo
Bebe no mesmo gargalo
A culpa é de FHC
Mas eu digo pra vocÊ
O governo está blefando
Em vez de ir aprontando
O que precisa fazer

Sabe todo candidato
Concorrente à eleição
Quando faz oposição
Em busca do seu mandato
Ele já tem um retrato
Do que mudar a respeito
Caso ele seja eleito
Mas se ele se atrapalha
Melhor jogar a toalha
Do que mostrar o defeito

Assim vive o presidente
Um homem muito ocupado
E bastante viajado
Já esquece até da gente
Que um dia, bem contente
Quase todo o eleitorado
No Lula tenha votado
Acreditando em mudança
Para encher a nossa pança
Conforme o compromissado

Mas o sonho foi desfeito
E o crime organizado
CPI do Banestado
Eleição para prefeito
O negócio é ser eleito
Quem tem medo de dragão?
Já se fala em apagão
A inflação preocupa
Essa tem sido a desculpa
Pra tamanha ingratidão

Lá fora, tudo é beleza
Cá dentro, ninguém se entende
Mas o governo defende
Faz a sua gentileza
Bota as cartas na mesa
A favor dos aliados
E diz que os denunciados
São vítimas do “denuncismo”
Por conta do comunismo
E não serão afastados

Assim não dá, presidente
Além de ficar parado
O Brasil é saqueado
Enquanto isso, a gente
Vive em fogo ardente
No fundo, aquela pimenta
Só a gente que agüenta
No dos outros é gelado
E o técnico enrolado
Apesar de sermos penta

Esse jogo mal jogado
Quase tudo se esconde
Pois ninguém sabe aonde
Foi o leite derramado
E nem quem é o culpado
Não se explica com clareza
E confunde, com certeza
A cabeça do meu povo
Que já pressente de novo
Continuar na pobreza

Virou cantiga de galo
A desculpa que irrita
É da “herança maldita”
Todo mundo no embalo
Bebe no mesmo gargalo
A culpa é de FHC
Mas eu digo pra vocÊ
O governo está blefando
Em vez de ir aprontando
O que precisa fazer

Sabe todo candidato
Concorrente à eleição
Quando faz oposição
Em busca do seu mandato
Ele já tem um retrato
Do que mudar a respeito
Caso ele seja eleito
Mas se ele se atrapalha
Melhor jogar a toalha
Do que mostrar o defeito

Você, agora, é quem manda
Você toca, a gente dança
Vale sempre a lembrança
Pra atender a demanda
Você ordena e comanda
A faca e o queijo na mão
Faça a transformação
Ou volte a ser torneiro
Largue tudo, companheiro
E venda o seu avião

06 de agosto de 2004




















































Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui