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Contos-->A mulher do encontro -- 23/03/2010 - 08:15 (josé paulo pereira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A mulher do encontro

Parou o carro num lugar tranqüilo. Poucos carros passavam. As folhas secas levantavam-se fazendo um ruído descontínuo e intenso.
Olhava para as folhas. Algumas paravam numa poça de água que refletia uma luz azul do luminoso da churrascaria.
Pelo retrovisor viu que ela se aproximava. Vestido comum, mas com os lábios pintados. Muita maquiagem no rosto, com uma pinta preta no lado esquerdo. Usava cílios postiços e peruca loira. Tentava ser insinuante, embora um pouco desajeitada.
Abriu a porta do carro. Ela entrou sem nada falar. Saíram devagar. Ela, parecendo tímida, levantava um pouco a barra da saia deixando aparecerem os joelhos. Ao mudar a marcha do carro, os dedos resvalavam na perna que estava fria e trêmula. Pegou a mão que portava uma luva de renda branca, de formatura, insinuando que a tirasse. Trouxe sua mão para o colo, já estando com a braguilha aberta. Ela o acariciava.
Permanecia sério, olhando para os carros com os quais cruzavam, parecendo temeroso, não querendo ser reconhecido.
Entraram no Motel.Ficou deitada, enquanto o companheiro banhava-se, por longo tempo.A música ligada oferecia ambiente de afeto.Ela aproveitava o barulho do chuveiro para ligar a televisão, vendo um filme erótico, disfarçando uma timidez acentuada, agindo como se tudo aquilo fosse proibido.Antes do término do chuveiro passou para um outro canal, vendo novela.
Quando o companheiro deitou-se, enrolando-se na toalha, ela começou uma cena, tentando fazer o papel de uma strip-teaser.Aumentou o volume do rádio. Ambos aproveitavam a situação para simularem uma cena de pornografia, com erotismo até inesperado. Deitaram-se um ao lado do outro e fizeram sexo com volúpia.
Ela procurou acomodar-se na cama, sempre atenta como se vigiassem os seus gestos. Ele não conseguia relaxar. Tentava fechar os olhos, mas voltava a arregalar-se, olhando espantado para a imagem de ambos no espelho.
Levantou-se, vestindo a roupa afobado. Ela, parecendo calma, não colocou a peruca nem vestiu o casaco vermelho com golas de pele branca.
Saíram agora mais rápidos. Ele dirigia despreocupado, sem importar-se com os ocupantes de outros carros, nem mesmo com alguns transeuntes que apareciam.
De repente entrou numa garagem. Saiu do carro batendo a porta com vigor. Ela ficou algum tempo sem saber o que fazer.
Ele entrou, deixando a porta aberta. Casa bem confortável, com móveis ricos. Decoração um tanto cafona. Na parede um retrato de uma senhora com um filho no colo. Fisionomia austera, autoritária.
Alguns segundos depois ela entrou.Olhou para todos os lados, certificando-se de que tudo estaria de acordo. Tomou água e verificou a tranca da porta., dirigindo-se para o quarto. Encostou a porta certificando-se de que ele não a via. Vestiu um pijama azul com bolinhas brancas. Deitou-se, apagou as luzes e, ás vezes, levantava a cabeça, procurando ver, pela fresta da porta, se ele viria dormir já ou se antes iria beber mais um whisky.
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