Usina de Letras
Usina de Letras
145 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62265 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10379)

Erótico (13571)

Frases (50654)

Humor (20039)

Infantil (5450)

Infanto Juvenil (4776)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6203)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->Jeito e Alma de Querubim -- 13/08/2006 - 23:30 (Rosangela Lamas de Figueiredo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Jeito e Alma de Querubim
Aquele poderia ter sido um dia qualquer. Segunda-feira. A tarde caía no marasmo de um início de semana.
De repente, ao longe, avistei uma mãe. Trazia um filho ao colo e o outro, aparentando ter aproximadamente, três anos, a seguia a passos lentos.
Visivelmente estressada e ás pressas, prosseguia a tal mulher. Alta, magérrima e de semblante pesado. Esbravejava:
_ Anda, menino, deixa de lerdeza!
_ To indo, mãe!_ justificava o filho.
À medida em que de mim se aproximavam, fui observando o transcorrer daquelas cenas, que, a meu ver, em nada se modificaria...
Nisto, um pequeno detalhe chamou-me a atenção: _A aparente "lerdeza" do filho mais velho,devia-se ao fato de ele estar entretido, brincando com uma sacolinha, pra lá e pra cá,segurando-a somente por uma de suas alças...
A mãe, apressada, continuava a reclamar:
_ Anda, menino!...
_ Já vou, mãe... To indo!
_ O seu problema, meu filho, é que você está sempre indo... mas nunca chega!
Ao passarem por mim, a mãe sequer notou-me. O menino, olhou-me intensamente nos olhos e sorriu. Um sorriso puro: Lindo!... Jeito e alma de querubim!
Sacudiu a sacolinha e sorriu novamente. Só então eu percebi a sincronia entre os sorrisos dele e a brincadeira com a sacolinha plástica.
Ventava muito aquela tarde. Ao sacudir a sacolinha, ela se enchia de vento e o menino sorria.
Ao perceber as delícias e os encantos daquela cena, eu também sorri, gostosamente, para aquele lindo querubim.
A mãe, em sua sofreguidão intimista, carregava os filhos, feito um fardo...e à sua volta, nada percebia.
De vez enquando, o querubim, dava-me outra espiadinha. Prosseguia, feliz da vida. Sorrindo... e ensacolando os ventos!

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui