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Poesias-->O Quinhão D´Arte: 21/12/12 -- 21/03/2012 - 01:49 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Yes, We Can! Menina/E vc está fazendo sua Arte/Certeza! Dentro de cada/Fronteira cada cultura queima/Desumana nenhuma alma/Dorme conforme a música/Sob o fogo dessa idade quem,/Pessoa, poderia estar inteira?/Mas todas, as que estão/Suportando, caladas ou não/Todas essa opressão, desde/O Ofiúco e o surgir da 13ª/Constelação, sabem como/Usar o fogo e como ele surgiu/Fazendo sua parte desde a/Primeira Arte no primeiro/Vagido da (in)civilização.



A leitura do texto é orientada no recado que o poeta transmite à Menina, com “M” maiúsculo. Ou seja, sugere uma pessoa do sexo feminino crescida, talvez até uma adolescente (filha, conhecida, pessoa próxima com quem mantém relações de amizade).



Mais do que o contexto lingüístico, a leitura do texto demanda outros conhecimentos comuns à memória de ambos: autor/destinatária. A expressão “Yes, We Can” remete ao slogan da campanha do presidente Obama, em que ele convocava os eleitores dos Estados Unidos à participação num processo de mudança de paradigmas na política interna norte-americana.



Conforme afirmam as autoras (Koch, Ingedore, Elias, Vanda, 2008:59) “além do lingüístico a leitura do texto demandará a reativação de outros conhecimentos armazenados na memória”.

O poeta sugere que a leitora está vivendo sua vida, ao usar a metáfora “E vc está fazendo sua arte”.



A Arte enquanto sinônimo de vida fronteiriça com a cultura em franco processo de desumanização. O poeta sugere que, apesar dessa desumanização crescente das relações humanas, nenhuma alma, e não apenas a dela, “Menina”, a quem a poesia sugestivamente se destina, não se conforma na aceitação passiva dessa desumanização da cultura:



“Desumana nenhuma alma/Dorme conforme a música/Sob o fogo dessa idade quem,/Pessoa, poderia estar inteira?”. Na poesia o autor sugere que a pessoa com quem fala lhe fez confidências, como por exemplo, não estava a se sentir confortável e íntegra. Ele busca confortá-la afirmando que, num ambiente pessoal e social em que ardem as chamas dos conflitos, ninguém, não apenas ela, sente dificuldades em estar inteira e cômoda.



Segundo as mesmas autoras mencionadas (Koch, Ingedore, Elias, Vanda, 2008:59) “ esses conhecimentos nos possibilitarão situar a protagonista da história nos tempos atuais e desvelar na “inocente historinha”, uma crítica ao modo como as crianças de hoje são educadas — alimentadas pelo consumismo, incapazes de aceitarem uma negação”.



E a poesia continua a sugerir em sua mensagem, um certo otimismo e uma certa alusão à manutenção, pela “Menina”, de uma atitude coerente com seu uso da razão, lembrando-lhe que desde os tempos mais imemoriais (O Ofiúco e o surgir da 13ª Constelação) as pessoas têm de saber suportar todos os tipos de ameaças e pressões, as naturais, por vezes provocadas pelas ingerências de eventos catastróficos mencionados e certamente do conhecimento de ambos: “autor/Menina”.



Certamente ambos sabem que existem muitas profecias (Nostradamus, Isaías, povos indígenas australianos e norte-americanos —índios Hopi— os códices Maias, entre outras), que previram para 21/12/12 a passagem do sol na fenda central da Via Láctea, evento confirmado pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA) e astrônomos ao redor do mundo, que acontece de 13 mil em 13 mil anos, com consequências catastróficas para o planeta Terra. Dentre estas, tempestades solares de uma intensidade inusitada.



Essas ejeções solares de plasma (dez bilhões de toneladas), que viajam a cerca de mil quilômetros por segundo, serão lançadas para o espaço interplanetário naquela data prevista por essas “profecias”. Ao atingirem o campo magnético da Terra, nomalmente essas ejecções produzem alterações tipo auroras boreais, danos em satélites artificiais, nas redes elétricas de países.



O satélite “Nasa Trace”, lançado em 1998, confirmou a “música das esferas” (musica universalis). Ou seja: os corpos celestes emitem sons harmônicos. Pitágoras dizia que a música não era apenas uma arte mas também uma ciência. Este satélite forneceu também imagens de alta resolução das estruturas típicas da coroa solar (loops coronais).



Loops coronais: arcos de fogo muito brilhantes que descrevem a configuração magnética das regiões onde costumam se formar. A nova configuração magnética analisada a partir das fotos do satélite, indicam a ocorrência de um fenômeno inusitado: demasiadas oscilações transversais de loops coronais. Há um aquecimento coronal que permite previsões tais que coincidem com a data de 21/12/12, quando o sol estará posicionado na fenda do Ofiúco. Na dita 13ª Constelação.



Nessa perspectiva, a leitura da poesia é assumida como “uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos, que se realiza evidentemente com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização, mas requer a mobilização de um vasto conjunto de saberes no interior do evento comunicativo”.



A “Menina”, elemento terminal desse sistema de comunicação (a poesia), terá mostrado apreensão sobre esse acontecimento e o poeta, na intenção de confortá-la, afirma que desde o começo dos tempos, da primeira vida, da “primeira Arte no primeiro vagido da (in)civilização”, os seres humanos se deparam com uma natureza, por vezes hostil, mas têm sobrevivido a esses eventos através dos séculos e milênios.

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