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Poesias-->O EMBRULHO -- 16/03/2012 - 20:51 (valentina fraga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vou chama-la de Fada, duas sílabas de seu nome, já que não quer se identificar.

Bem, minha amiga Fada, com sua varinha mágica, tem sempe alguma coisa escrita que me surpreende.

Não são poucas as vezes que nos surpreendemos com nossos sentimentos em relação aos outros, ou, com o sentimento dos outros em relação a nós mesmos.

Aí vai uma boa mostra do que falo, com essa historinha contada por minha amiga, nesta mais poesia que crônica.

Valentina

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Quando havia aberto uma pequena parte do embrulho, ele levantou e a puxou para dançar... Era uma música suave, aconchegante, sensual... Corpos colados, não sabia qual respiração era a mais confusa... As mãos dele passeavam peloseu corpo. Nenhuma palavra... Só calor!!! Escondia o rosto em seu ombro... Tinha medo de que seus olhos se tocassem... Tentava decifrar o seu cheiro ... Tudo transpirava discretamente... As mãos...A pele... A vida... As pernas, trêmulas, sustentavam o corpo cada vez mais leve... Um troço quente corria doido nas veias... Desejo, mas não confessava nem para si mesma... Não podia trair convicções que a acompanhavam há tantos anos... Afastou-se dele, alegando cansaço, os olhos em chamas... Ele sorriu e sentou novamente ao seu lado... Não disseram nada...



Ela pegou o embrulho outra vez...



Estava ainda mais desconcertada para abrir o presente.. Não queria rasgar o papel, sabe-se lá qual o motivo...Sentia as pernas dele roçarem nas suas. Ela sequer olhava para o lado. As mãos tremiam, o corpo inteiro, um estranho tremor de vida... De repente, ele tirou o presente de suas mãos e o colocou sobre a mesinha... Paralisada, não conseguiu dizer mais nada... Ele virou o seu rosto e a beijou lentamente, tocando cada pedaço de sua boca...



Ela tentou se afastar e lutar contra aquele mar que a invadia com suas ondas de fogo e delícia... Não resistiu... Largou as armas cansadas e mergulhou, vencida, naquele momento... O corpo cantava a alegria de sentir, depois de milênios, o calor de um outro corpo... Amaram-se a noite toda, até dormirem, corpos exaustos... abraçados no chão...



Recostou-se no sofá e ficou olhando para ele, que ainda dormia ... fascinada... risonha... como criança quando abre os olhos na manhã de Natal e dá de cara com o presente que pediu... Não sabia o que fazer com aquilo que sentia... O que pensar... O que dizer para si mesma...



De repente, lembrou do embrulho quase aberto que a aguardava sobre a mesinha... Rasgou o papel e encontrou uma caixinha... linda ... delicada ...De dentro dela, retirou com cuidado um cartão com a mensagem que ele escreveu:







Meu amor,



Acorde !!! tudo não passou de um sonho ...



Fada



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Fiz questão de comentar o texto, depois de sua leitura, pra que tenham tempo de analisar com seus sentimentos.

Na minha opinião o fato da mulher sempre se deter em abrir a caixinha,

mora na certeza de que tudo que vive naquele momento, não passa de um sonho. Então, faz questão de viver até o final, de sentir até o final, de desejar e ser desejada até o final, e então saciada, e alimentada pelo amor, toma coragem, e vê que tudo não passa de utopia.

Essa foi minha leitura. Caso queira, compatilhe sua opinião.



Valentina Fraga
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