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Poesias-->Poemas Antroposóficos -- 12/03/2012 - 10:29 (Márcio Filgueiras de Amorim) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Poemas Antroposóficos



De onde viemos?



De onde viemos?

Para onde vamos?

De longe! Tão perto!

Da casa do Pai!



Nascer e aqui despertar.

Esquecidos por um tempo de lá!

Adormecer e nos sonhos voltar.

Pelos astros poder caminhar.



Por estrelas caímos,

Para nesse planeta habitar.

Sem lembranças do caminho a voltar.



A vivência do denso e do peso,

E a reminiscência do vôo

Que só a poesia nos dá.



Quem sou eu?



Tenho um Eu maior,

Que de longe veio me inspirar.

Um bocadinho do divino,

Que me permite ao divino antever.



Um átomo da perfeição celeste,

Que a esperança do perfeito me dá.

Trazendo-me o pouquinho da graça,

A que eu possa aspirar.



Um eu menor tenho eu,

Egoísta, pequeno, imperfeito

E que tenho que burilar.



Oscilando entre um e outro eu,

Me acho e me perco outra vez,

Com a esperança divina que há.



O homem trimembrado...



O homem pode ser dividido,

Na cabeça pensante,

No tórax em que sente,

E no ventre, fonte do seu querer.



Esse trimembrado homem,

Pensar, sentir e querer

Tem a cabeça no céu

E o querer mais perto do chão.



Sentir no meio do peito,

Com a alma no ritmo cardíaco.

Respirar entre o interno e o externo.



Querer função metabólica,

Que brota no escuro do ventre,

Forte força inconsciente.



A criação...



Grande arquiteto planeja,

Sua meta está clara,

Começam esboços, rascunhos.

Mas já sabe onde vai chegar.



O homem foi a idéia primeira,

A criação aos poucos ocorreu,

Até ao homem chegar,

Houve a pedra, a planta e o animal.



O homem a tudo repete,

Cada homem em si uma síntese,

Um milagre integral do divino.



Esquecido de por onde veio,

Sem lembrança de onde vai chegar,

Caminha adormecido este homem.





Senhor de dois mundos...



Vive o homem o dilema,

Oscilando entre pólos opostos.

Tendo os pés no peso terreno

E a cabeça voando no céu.



Senhor de dois mundos,

Terreno e celeste é o homem.

Quando na terra saudoso do céu,

No céu ansiando pela terra.



Inconsciente, tem seus olhos,

Vedados pelo véu de Isis.

Anda as cegas entre pedras e nuvens.



Tropeça nos astros, voa na poesia.

Nada em seus sonhos em molhar

Seca- se no sol do espírito.



Os sete planetas...



Passando pelos planetas supero,

Absorvo a força guerreira de Marte,

A justiça de Júpiter, adquiro,

Aspiro a sabedoria madura de Saturno.



Mergulhando nos planetas ínfero,

Absorvo o refletir da esfera Lunar,

A harmonia de Vênus, adquiro,

Aspiro o fluir e transformar de Mercúrio.



Da terra transito ou mergulho

No ínfero ou no supero e retorno,

Ao denso, ao árduo, ao evoluir.



Ir e vir e o eterno retorno

Minha casa é o céu, exilado estou,

Sou viajante do tempo, do espaço e do Eu.



Véu de Isis



Do céu cai como Hefesto

Atirado por Hera do Olimpo.

Exilado na ilha de lemos,

Forjando metal, arma e jóias.



Aos poucos meus olhos vedaram,

Coberto pelo véu de Isis.

Cego para as coisas do espírito,

Mal vejo a pedra, o peso e o denso.



Tenho lampejos do Olimpio na arte.

Acerco-me da beleza de Vênus.

Preparo-me para a luta com Marte.



Aspiro o transformar de Mercúrio.

Absorvo, de Júpiter, a justiça maior.

Libertado do corpo por Saturno.



Quem sou?



Sou uno com pedra primeira.

Vital como só um vegetal.

Tenho todo um lado animal.

Com simpatia e antipatia a vibrar.



Recebi uma chispa divina entrentanto,

Que tudo me permite pensar e fazer,

Nas asas do amor, da arte criar,

Ser partícipe até com o criador.



Possibilidade por ínfima que seja,

Transcender tanta dor me permite,

Tanto peso, orgulho e infância.



Sou uno com o pior criminoso,

Fraterno ao santo e ao artista.

Sou homem para o melhor e o pior.





Hierarquias Espirituais



Sozinho, não, isto é ilusão.

Cercados estamos por hierarquias.

Por anjos, arcanjos e querubins.

Tronos, vontades e potestades.



Console-se e abra-se a sorte,

De que a musa lhe sopre no ouvido,

Um canto inspirado, um poema

De dor e êxtase se constrói a vida.



Escolha aspirar a beleza,

A harmonia e a guerra santa,

Ponha-se no bom caminho.



Combater o bom é necessário.

Aspirar a mais que só ao pão do corpo.

Tua pátria, são os astros, não esqueça.



Os quatro elementos



Sou denso, sou corpo, sou terra.

Sou uno com a pedra e a montanha.

Sou um peso, sou melancolia e dor.

Sou um corpo que a gravidade prende.



Sou fluido, um rio, sou água.

Sou parte do mar, chuva e cascata.

Sou um ir e vir até o oceano.

Sou o vital que me move.



Sou vento, sonho, sou ar.

Sou quem sopra as velas.

Sou um movimento eterno.



Sou vulcão, forja, sou fogo.

Paixão, sou calor, me inflamo.

Sou ação, luta, sou guerreiro.



O homem tetramembrado



Sou homem, sou corpo e pedra.

Fraterno coma pedra e o solo.

Com o peso, o denso e a matéria.

Com a dor e a melancolia



Sou homem, sou vital, vegetal.

Fraterno com o vivo e o verde

Com subverter a gravidade

Permitir o verdadeiro milagre.



Sou homem, sou alma e animal.

Fraterno com a paixão e a emoção.

Sou alma, sentimento e pulsão.



Sou homem, sou espírito e Eu.

Fraterno com o que transcende

Busco o bom, o belo e o justo.



A busca...

Quem sou se confunde com o que

Busco? Serão ouro, dinheiro, jóias?

Tesouro minha meta ultima? Sou um

Buscador de pedras, inda que preciosas?



Quem sou se confunde com o que

Busco? Será o poder, glórias?

Grandeza efêmera de momentos?

Brilho, aplausos que enfim cessam?



Distinguir entre o que fica e o que passa.

O que se detém, de fato, e o que vai.

Um por de sol, um abraço, um olhar.



Moedas, tesouros, jóias e posses.

Sou homem cego, a vagar a esmo.

Esquecido do belo, do bom e do justo?

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