Para melhor assimilar a palestra
em vídeo de Eckhart Tolle,
que me chegou por mão destra,
deixo-a em versos pra meu console.
Em "Guerra nas estrelas", filme de ficção,
há um viajante entre pessoas que, de repente,
notam que ele veio do futuro, pra observação
de um desastre com milhões de pessoas iminente.
Ele estava aqui apenas como observador,
viu um registro histórico universal e o colheu.
As pessoas, então, lhe perguntaram, com muito temor,
se ele interviria no processo pra evitar o que se deu.
E ele então respondeu que não interviria no acontecido,
pois, já estavam todos mortos. Pra quem veio do futuro
o desastre já se deu, ele visitava o passado, o já ocorrido.
A razão de lhes contar tal fato é o real que há nele sem furo.
E, no real, a vida da forma é curta, efêmera, fugaz.
Ela é tão impermanente que pode ser mais satisfatório
que você pense em si mesmo, desde já, totalmente incapaz,
uma vez que falta muito pouco tempo para o seu velório.
Isso é coisa negativa? Talvez, sim, para a mente.
Mas não estou lhes dando uma desdita indevida.
E é simples sugestão sobre o momento presente,
que tomem uma atitude interior para com a vida.
Tal atitude implica num desligamento do pensar
as formas, inclusive seu corpo físico, ao redor de você,
como sendo chance para sua vida experimentar;
é tão curta esta experiência que só resta obedecer...
Basicamente, não interessa o que de real aqui acontece,
e desligar-se das formas já é legítima libertação
quando você se dá como morto, quando você já perece,
por exemplo, ao não fazer mais nenhuma avaliação.
Quando você se dá como morto, não precisa mais julgar
o que acontece, e isso é uma grande liberação;
ao não julgar o que acontece, algo em você morrerá,
e o que morre em você é aquela que julga, a avaliação.
É a personalidade, que é parte de você e que vive
através de reação e de julgamento, que morre.
Afirmando-se a si mesmo, seja como fôr que se adjetive,
a todo momento você somente a sua forma recorre.
Algumas vezes, quando a pessoa é muito reativa,
ela enfatiza muito a sua presença física...
numa discussão, ou em qualquer coisa competitiva,
toda aquela raiva gasta de forma tísica.
Aquela antiga série de tv, "O incrível Hulk", exemplifica
como você se enraivecem e como se infla sua forma;
quando ele por alguma razão com raiva fica,
ele se agiganta, se infla, e seu corpo se deforma.
E todos querem isso. Então, há o ego que necessita
enfatizar sua identidade-forma, inflar a forma material
e, mais importante, a forma psicológica do mim, que espirita,
quando você se queixa, critica, ou reage, diante de qualquer mal.