SÃO PAULO DOS MEUS AMORES
São Paulo dos meus amores,
Da garoa caindo,
Da flor que brota no cimento armado,
Das avenidas movimentadas,
do vai e vem da multidão,
das vitrines coloridas e iluminadas,
Da diversidade racial e
Amada por todos nós.
São Paulo das minhas angústias,
Da criança abandonada,
do velho asilado,
da favela pedindo justiça,
do corpo estendido no chão,
dos presídios superlotados e
Dos nossos corações dolorido.
São Paulo dos meus prazeres,
cinemas e teatros lotados,
musical e balé assistido,
dos museus, parques e bibliotecas visitados,
Do bar e boate com néon,
Do chopp gelado,
Da gastronomia variada,
café expresso sem pressa e
Do bate-papo descompromissado.
São Paulo dos meus cantos e encantos,
Da saudosa maloca
Que não cruza a Avenida São João,
Da Paulicéia desvairada
Que não ronda mais a cidade,
Do Narciso que não acha feia
A Avenida Paulista,
Do inverso dos versos
Que o poeta escreveu.
São Paulo dos meus anseios,
Da modernidade e dos contrastes,
trabalho árduo,
do homem que labuta e vence,
artéria que rega o país e
Do coração que pulsa...
São Paulo meu amor,
beleza vertical,
amanhecer enevoado,
orquestra de sons e ruídos,
dia a dia corrido,
muitas caras e bocas,
anoitecer iluminado e
coração solidário.
A cidade de São Paulo que amo
É assim...
Coração enorme que sempre
Cabe mais um...
Cidade dos versos e inversos
Que eu amo tanto!
Getúlio Silva 25/01/2012.
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