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Poesias-->CONFESSADO -- 01/01/2012 - 15:43 (JOSE GERALDO MOREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CONFESSADO



Antes que as noites durmam

na ilusão de outra lua

não saberás por mim, o confesso,

que habitavas todos os versos

Os escritos e os pensados

Vivias em cada palavra

dita, omitida ou imaginada



Tudo que ligava o mundo

ao homem e seus sonhos

tinha por única moldura

um sorriso de encanto

Não, não o que davas

que teu tudo era nada

mas o amor que eu embalava.



Amei no caos

nas noites de nada;

amei teus dias claros

quando tudo era táctil.

Deliciaram tuas tristezas

tanto quanto as alegrias:

em mim algo, apenas, adorava.



Sei que nada entenderás

de um amor que não vivestes

Mas, exatamente por isso

poderás tentar perceber,

se fores atento expectador,

todas as evoluções do amor

que não exigia teu sacrifício



Era apenas amor que ama

sem desforço ou esperança

Era além de mim, aquém de ti

vivia no justo espaço

que lhe permitia sorrir

por apenas saber que existias:

isso o alimentava. E sofria.



Nunca creu nas tuas palavras

portanto, singelo passarinhar

que vai de canto a canto

querendo flores despojadas

para fecundar outras flores

É o que se espera dos amores

que alimentem sem se alimentarem.



Não saberás que serás lembrança

Serás eterna em todas as vidas

que houver para serem vividas

Ultrapassarás o tempo: eterna

Frente a ti, tudo será pequeno

Até o meu amor, enorme sem caber

se o percebesses, sería mísero.



Amei em silencio, jura secreta

Amei por ofício, dedicação

Amei além das coisas, semblant;

As ausências chamei de falta,

omissão, para não dizer decepção.

Amei até me dar por liberto.

O que restou, fátuo, a si consome.

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