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Cronicas-->BAGRES DE ESGOTO -- 27/07/2006 - 15:19 (JOSÉ EURÍPEDES DE OLIVEIRA RAMOS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
BAGRES DE ESGOTO

José Eurípedes de Oliveira Ramos

No encontro de amigos antigos revivemos os amargos dias vividos após 1963. Foram inevitáveis os comentários sobre o caráter de lideretes que hoje se auto elevam à condição de "revolucionários" e, até, de "heróis".
Não nos lembramos deles, em 1963, nos jornais; em 1964, quando participamos do movimento acadêmico; em 1964, ainda, quando respondemos a inquérito policial; em 1968, quando, candidatos a vereador, criticávamos nos comícios o governo militar; em dezembro de 1968, com o AI5, quando, apavorados, acompanhávamos o desaparecimento de amigos. Particularmente, não sei em que toca se escondiam, quando, Chefe de Gabinete e, logo em seguida, Secretário da Educação do Prefeito Lancha Filho, fui acordado às 2h da madrugada e levado ao Comando da Região Militar para explicar sobre o ensino universitário em Franca. Também não me lembro de nenhum deles, quando, vereador, eu e alguns companheiros, enfrentamos o então oficial do Serviço de Alistamento Militar que pretendia impor ordens à Càmara Municipal.
Também não sei onde estavam os tais "revolucionários" quando, Coordenador Regional do Projeto Rondon e do Mobral, fui denunciado como comunista. Pois é, exatamente eu que sempre preferi ser cabeça de lambari do que bunda de baleia, que nunca me adaptei a doutrinas, a cadeias de comando e à submissão física e moral, que detesto todas as formas de "ismos", "istas", "istos", etc. E como é difícil inocentar-se de maldades e calúnias!. Por outro lado, como é fácil auto promover-se, inventar títulos, comendas, honrarias, ostentar o que não é. Quem ensinava a safadeza era Emílio de Menezes que carregava sempre um livro de Goethe, escrito em alemão. Indagado por um amigo se conhecia a língua germànica, respondeu: "--Não!. Mas, conheço o Brasil". A propósito, "O homem que falava Javanês", escrito por Lima Barreto, é um tratado da enganação. É..., temos "heróis" às pencas!. Na verdade, heróis, não! Revolucionários, nem tanto! Sequer navegadores de cabotagem! Poucos lambaris! Bundas de baleia, um montão! E bagres de esgoto pra todo canto!!!

José Eurípedes de Oliveira Ramos
Da Academia Francana de Letras

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