Haurindo-a (A Voz da Poesia) *
Amor, quanta ventura reflorida
Nutri ao conhecê-la! Foi tão lindo
Pra mim aquele dia, em que, sorrindo,
Me anunciava esse encanto, sem medida.
Contemplei-a demais, musa querida,
Como se em sonho , solto, alto e dormindo
(Acaso que não quero seja findo!)
E... enamorado estou pra toda a vida.
Sim. Dessas ilusões que o moço tem,
Vivi a sensação de possuir
E amá-la, mesmo em versos, doce bem!
Sei, formosa, que tudo foi porvir
E ainda é; mas, lembrança me convém:
Revivo o que me fez (e faz!) sentir...
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(*) Brasília, DF, 31/12/1965. Fibra, Campinas (SP): Komedi, 2009, p. 62; jornal A Voz da Poesia, São Paulo (SP), ano XXXV, outubro a dezembro de 2011, nº 65, p. 1.
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