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Erotico-->DELIRANDO COM UMA JOVEM MULHER -- 28/03/2005 - 16:52 (Carlos Higgie) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


DELIRANDO COM UMA JOVEM MULHER
Por Carlos Higgie
O céu estrelado da noite de outono, o clima agradável, nem frio nem quente, a solidão da estrada, abrindo-se para as luzes penetrantes do carro, a musica que brotava das caixas de som distribuídas estrategicamente pelo interior do veículo, davam-lhe segurança, uma deliciosa sensação de bem-estar, algo que não sentia há muito tempo. Sentia-se livre, feliz, protegido.
A viagem era relativamente curta, algo em torno de seiscentos quilômetros, dos quais já tinha percorrido mais da metade. Estava passando por uma região de grandes plantações, que ele via passar rápidas, iluminadas pela lua cheia.
De pronto aquela agradável sensação foi perturbada por um barulho diferente, seguido de uma falha do motor. Alguma coisa não estava funcionando bem. Estacionou o carro no acostamento, ligou o pisca de alerta e saiu. O silêncio da noite o desnorteou, caindo sobre ele como um pesado manto. Era um silêncio profundo e pesado. De vez em quando uns chiados desconhecidos rasgavam o pesado manto, sobressaltando o homem. Abriu o capo do carro e iluminou o motor com uma lanterna. Não adiantava nada: o conhecimento dele sobre mecânica era zero. Mexeu em algumas mangueiras, fios e peças, sem saber o que estava fazendo e queimando-se quando encostou em algo metálico. Fechou o capo, respirou profundamente, sentiu o ar do campo invadindo seus pulmões. Entrou no carro. Girou a chave e o motor roncou, tranqüilo. Retomou ao caminho, aumentando um pouco a velocidade, olhando sempre para o painel iluminado, tratando de descobrir o que tinha acontecido.
Poucos quilômetros depois o motor começou a falhar novamente. Gabriel sentiu uma pontada de inquietude crescendo desde seu estômago. Viu algumas luzes à direita. Uma placa anunciava uma cidade de nome complicado. Entrou. Era um conglomerado de caixas baixas, ao redor de uma rua sem pavimentação, apenas iluminada por três o quatro postes. Não se via nenhum posto de gasolina, oficina mecânica ou algo parecido. O único estabelecimento com ares comerciais era um, na esquina, com um cartaz que afirmava que beber coca-cola era viver intensamente. Como todas as outras casas da rua, estava fechada.
Estacionou perto da esquina, desceu e bateu várias vezes na porta. Já estava desistindo quando a porta se abriu e um velho desgrenhado assomou o rosto.
___ Sim? O quê deseja? Já fechamos – disse de uma vez só, sem respirar, num tom pouco amigável.
___ Boa noite, senhor – sorriu Gabriel -. Estou com um problema aparentemente grave no carro e tenho medo de ficar na estrada. A esta hora é meio perigoso, não passa ninguém.
___ Sim – falou o velho, sem abrir totalmente a porta -. Mas, o quê o senhor quer?
___ Há alguma oficina por aqui? – perguntou Gabriel – Algum lugar onde alguém possa dar uma olhada no motor?
___ Não, não há nada disso. A cidade mais próxima fica a setenta quilômetros e, a esta hora, já deve estar tudo fechado. O pessoal acorda cedo.
___ Não posso arriscar – falou Gabriel, incomodado -. Para completar o meu celular não está funcionando, não posso nem chamar o pessoal do seguro. Existe algum hotel ou pensão na cidade?
___ Não – respondeu lacônico o velho -.
___ Será que alguém poderia me ajudar? – perguntou desanimado, Gabriel.
O velho parou para pensar, olhou para dentro, coçou a cabeça e depois falou:
___ Bem, pode dormir aqui e amanhã, bem cedo, vemos o que podemos fazer.
Gabriel aceitou, apesar de que o velho não lhe inspirava muita confiança. Foi até o carro e voltou com uma mala pequena. Entraram. Era um mercadinho típico do interior, cheirando a erva mate, cachaça e charque. Passaram pelo recinto destinado a servir o público, seguiram por um corredor estreito e chegaram na sala, que servia também de comedor, pois tinha uma mesa com seis lugares e migalhas de pão espalhadas por ela, indícios claros de que eles tinham acabado de jantar.
O homem perguntou se Gabriel estava com fome. Ele respondeu que não, mas aceitava um cafezinho.
___ Claro que deve estar com fome – falou alguém desde uma das portas que dava para a sala. Gabriel identificou a dona da voz. Era uma senhora idosa, provavelmente a mulher do velho desgrenhado.
___ Você senta aí, que já vou preparar algo – ordenou a mulher e Gabriel e o velho obedeceram.
Minutos depois ela serviu um Risoto que, com certeza, já estava pronto, e uma taça de vinho tinto. Gabriel comeu e bebeu, sentindo-se um pouco melhor.
O velho falava pouco, em compensação a mulher falava pelos dois. Depois de especular bastante sobre a vida de Gabriel e a viagem, a velha senhora disse que já era hora de dormir.
Atravessaram um pequeno corredor, Gabriel notou que todas as portas estavam fechadas, exceto uma, entreaberta e pela qual ele acreditou ver, de relance, uma jovem mulher vestida com roupas intimas.
Saíram ao pátio e chegaram a um pequeno quarto, separado do corpo da casa, tão pequeno que apenas cabiam uma cama, um roupeiro e uma cadeira. Ali ele iria dormir.
Ficou sozinho e outra vez o impressionou o silêncio. Era algo pesado, sufocante. Entrou, trancou a porta, deitou e adormeceu.
Acordou com um barulho na porta. Alguém queria entrar. Incorporou-se no preciso instante em que a figura da jovem mulher desenhou-se na abertura. A luz da lua brilhava, ofuscando Gabriel que, mesmo assim, percebeu alguns detalhes do corpo feminino: o cabelo longo, os seios grandes e firmes, as pernas bem formadas.
Ela entrou e fechou a porta. O seu perfume invadiu o recinto. A mulher caminhou até a cama, deixou cair a pouca roupa que vestia, levantou o lençol e deitou ao lado de Gabriel, oferecendo os lábios e fechando os olhos.
Ele tentou falar, mas ela fechou-lhe a boca com um beijo carregado de luxúria. Surpreso, Gabriel pensou em negar-se ao carinho, mas reagiu no instante seguinte, entrando no jogo e beijando com vontade. Ela colou seu corpo ao dele. Tinha um corpo magnífico: firme e suave, ágil e delicado, carregado de energia, com força nos músculos e juventude na pele.
Rapidamente, Gabriel tirou as cuecas e partiu para o ataque. Deteve-se nos lábios, no pescoço, nos seios. Resvalou pela barriga, parou um instante no umbigo e alcançou o sexo da mulher, que se retorceu quando sentiu a língua do homem.
Gabriel posicionou-se entre as pernas femininas e penetrou devagar aquele sexo ardente. Ela gemeu quanto sentiu a penetração, separou um pouco mais as pernas, empinou a pélvis indo ao encontro do membro invasor e falou algo que ele não entendeu.
Estava tudo dentro e ela mexia-se como se quisesse fugir daquele instrumento de prazer, porém seus movimentos acabavam provocando uma penetração mais profunda. Gabriel entendeu a urgência da mulher, apoiou o peso do corpo nas mãos e nos joelhos, aumentando o espaço entre os corpos e permitindo que a mulher se mexesse, enfiando e tirando o membro. O excitante jogo durou alguns minutos, até que ela foi diminuído a velocidade, pegando firme nas nádegas masculinas e atraindo-o e provocando uma penetração total. A mulher suspirou forte, curvou o corpo, abriu-se mais, cruzou as pernas sobre o corpo de Gabriel e gozou, elevando um grito que se fez melodia no final.
Gabriel, sem prestar atenção ao escândalo da mulher, sem preocupar-se com seus anfitriões, que poderiam acordar a qualquer momento com aquela algazarra, cravou-se com força no sexo da mulher e mexeu-se energicamente, mordendo-lhe os lábios, apertando com força as nádegas e um seio da mulher. Explodiu, derramou-se e caiu sobre ela.
Depois de alguns momentos de descanso, ela mexeu com o corpo de Gabriel, sentando ao seu lado. Limpou o membro desmaiado com o lençol e meteu-o na boca, trabalhando com a língua, os lábios e os dentes. Gabriel sentiu que o desejo abria caminhos, relampejando por todo seu corpo. Quando o membro alcançou o tamanho desejado, ela sentou sobre ele, fazendo-o desaparecer. Mexia-se, para cima e para baixo, gemendo sem parar, aumentando a velocidade, girando, enfiando e deixando-o escapar, para voltar a engoli-lo com sua gruta faminta de amor.
Gabriel sentiu as unhas da mulher, rasgando sua pele, afundando na sua carne, quando ela lançou, em louca e espetacular carreira, os cavalos do seu orgasmo pelas pradarias do prazer. A mulher gritou forte, produzindo um grito próximo do uivo de um animal. Não satisfeita com o prazer alcançado, ela girou, como se o pênis fosse um pino, ficando de costas para ele, levantou um pouco o bumbum fazendo com que o membro escapulisse da sua doce prisão, acomodou-se sobre as pernas masculinas e foi descendo devagar, enquanto o membro entrava, com muita dificuldade, no caminho mais apertado. Ela gemia de dor e de prazer, mas não se detinha, descendo devagar e sem parar, cravando-se naquele membro duro e surpreso. Gabriel tentou sair debaixo, para trabalhar com mais liberdade, mas ela não deixou, sentando totalmente, enfiando tudo até o fim, parando um instante para respirar. Depois começou um eletrizante sobe e desce, que provocou no homem um torvelinho de sensações. Ela tirava e enfiava, gemendo forte e respirando com dificuldade. Gabriel separava-lhe as nádegas para facilitar a penetração, desejando montar sobre ela para mostrar-lhe toda sua força e energia. Ela relaxou um pouco o corpo e ele aproveitou para derribá-la na cama, sem sair de dentro, deixando-a de lado. Começou a mexer-se rapidamente, provocando na mulher uma série interminável de gritos, uivos e palavras que ele não compreendia. Pouco a pouco ele a posicionou do jeito que mais gostava e queria, deixando-a de quatro, a cabeça afundada no travesseiro, as pernas separadas, o bumbum arrebitado, o ânus abrindo-se para que o membro entrasse com tudo, até o talo.
Gozaram juntos, unidos os corpos e os gemidos. Gabriel caiu sobre ela, sufocando-a com seu peso e penetrando aquele buraquinho com tudo, arrancado um último gemido, que misturava dor e prazer. Depois adormeceram.
Gabriel acordou com o sol batendo no seu rosto. Pela intensidade da luz solar já deveria ser bem tarde. Levantou-se. A mulher não estava, tinha sumido. Só o seu perfume flutuava no ar. Um aroma que se misturava com o cheiro animal do sexo que eles tinham praticado.
Ele estava constrangido, tinha abusado da hospitalidade dos velhos: deitou e fez amor com a filha, sobrinha ou seja lá o que fosse deles. Como se chamava? Nem sabia o nome dela. Sabia, quase com certeza, que era morena, jovem e não era feia. Afastou os pensamentos que o perturbavam, vestiu-se rapidamente, destrancou a porta, abriu-a e saiu da peça buscando um lugar para lavar-se.
Encontrou a dona da casa na cozinha, ela indicou a porta do banheiro e também qual toalha poderia usar. Ele tomou um banho rápido, secou-se e usou um dedo como escova de dente. Depois parou frente ao espelho: estava desfigurado, denunciando uma noite de loucuras sexuais, no seu peito e nas suas costas viam-se marcas profundas de unhas.
Quando voltou à cozinha, a mulher já o esperava com um delicioso café com leite, pães, doces, manteiga e uma torta de frutas. Comeu com vontade, conversando trivialidades com a dona da casa. Queria perguntar sobre a jovem, mas não encontrava as palavras, não encontrava o caminho.
Depois do café, conversou um pouco com o velho, que já estava atendendo seu negócio e que parecia um pouco mais simpático. O velho falou de uma oficina na próxima cidade, a uns setenta quilômetros.
___ Setenta quilômetros noturnos são muito mais que setenta quilômetros diurnos – brincou Gabriel e o velho não entendeu.
Gabriel levou a pequena mala até o carro, girou a chave de ignição e o motor funcionou perfeitamente, sem nenhum barulho estranho. Deixou-o funcionando e foi despedir-se dos velhos, perguntando se devia alguma coisa, se podia retribuir de alguma maneira a gentileza. O velho grunhiu que não devia nada. Gabriel apertou-lhe a mão, o velho abriu um sorriso tímido e amarelo. Da mulher, ele se despediu com um beijo na face.
Antes de subir ao automóvel, não resistiu e voltou-se: “Um abraço para sua filha”.
___ Qual filha? – perguntou a mulher, com cara de quem não entendia.
___ Sua sobrinha, então.
___ Não, nós não temos filha nem sobrinha, vivemos sozinhos – falou a mulher, olhando-o com curiosidade -. Da onde sacou essa idéia?
___ Não sei... – vacilou Gabriel -. Ontem pela noite me pareceu ver uma garota quando passei pelo corredor...
___ Você estava nervoso ou vendo coisas! – exclamou a mulher, divertindo-se com a situação.
Gabriel subiu ao carro e pisou forte no acelerador. Já na estrada, os pensamentos corriam sem controle pela sua mente. Aquilo deveria ter uma explicação. Não era possível! As marcas das unhas em seu corpo eram uma realidade, tudo aquilo que sentiu durante aquela noite, a maneira como tinha desfrutado daquela jovem mulher, a lembrança viva dos seu carinhos, dos seus suspiros, dos seus gemidos, do seu sexo quente, úmido e acolhedor, nada disso poderia ser negado.
Pisou com força no pedal do acelerador. Queria fugir daquele lugar, afastar-se das perguntas que começavam a pipocar no seu cérebro.
O delicado sabor da mulher navegava pela sua língua e pela sua memória.; o perfume doce que ela usava invadiu o interior do veículo.
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