Não consigo rever aquilo que me assoma a alma, num momento de destruição e encanto.
Arremedos de poemas caem do nada, como chuvas sem sentido pela minha mão a deslizar no amplo deserto de linhas.
Não sei o que faço, mas tenho que fazê-lo.
Poderia se chamar a isto um outro, que de mansinho – mas não mansamente – chega para me mostrar algo que não sei o que é.
Pode ser um caminho que tenho que percorrer agora.
Pode não ser nada além da minha tola imaginação, que anseia a amplidão dos lugares onde os sábios de mim se escondem.
Pode ser que seja apenas um imenso vagar de minha mente desonesta e faceira, que a um só tempo brinca com meu sorriso e me acusa com sardônicos dentes de pérolas.