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cronicas-->Preconceito e opinião -- 19/07/2006 - 11:05 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nestes tempos politicamente corretos vê-se uma evolução razoável dos costumes. Caem os paradigmas, as pessoas se abrem para o novo e todas estas coisas de que nos falam os manuais de auto-ajuda. Não que os leia aos borbotões. Não, mas um que outro a gente sempre lê e no início da carreira, confesso, fiz um bom número de cursos à época chamados "desenvolvimento organizacional". Felizmente nunca tive que subir em árvores, pular corda nem uma série de coisas que hoje fazem com os executivos, não entendo bem se como estímulo ou castigo. Deve ser castigo disfarçado para quem não cumpriu a meta de vendas. Só pode ser.

Infelizmente, muitas vezes emitimos opiniões baseadas em preconceitos arraigados, alguns deles inconfessáveis. É a vida, o ser humano a despeito de suas inúmeras qualidades, tem algumas coisas que não consegue explicar. Ficam lá no fundo, pacientes, esperando a hora de aflorar e, quando menos se espera, elas aparecem surpreendendo-nos, traindo-nos. Há que ter cuidado para não pagar mico.

Bem, comigo não é diferente. Hoje, depois de alguma insistência explícita e uma campanha subliminar, para não arranhar minha imagem de homem progressista, aberto para a melhoria da qualidade de vida mas respeitoso com as tradições e os velhos hábitos de nossas avós, cedi. Cedi, chega uma hora em que qualquer um cede. Cedi e pronto. Não vou ficar me culpando por isto.

Provei o suflê de chuchu.

Não ria, amanhã você pode se ver comendo chuchu na salada e achando ótimo. Só quero ver você descrevendo o gosto do chuchu. Contenha-se.

Bem, talvez você já tenha passado por isto e neste caso, deve se divertir com um neófito em matéria de chuchu. Tudo que eu sabia sobre chuchus é que dão na cerca e uma certa piada de mau gosto que não me atrevo passar adiante. Aliás, duas. Sei também que a erradicação de chuchus na cerca pode ser feita pela simples substituição desta cultura sem gosto pelo maracujá que, além de acalmar os cães da casa, permite um saboroso suco para o almoço. Mais recentemente falou-se muito em picolé de chuchu, mas há que reconhecer que o picolé de chuchu deu uma boa rasteira no companheiro Serra.

Nunca entendi que alguém pudesse empregar o salário da extinta classe média na compra de chuchus, embora antigamente alegassem sua falta para justificar o galope inflacionário. Nos diziam cada coisa e achavam que acreditávamos. Hoje continuam falando besteiras, mas nem quem fala acha que alguém vá acreditar. Simples retórica, jogo de palavras. Coisa de quem não vê nada, de nada sabe.

Voltando ao suflê feito por Weni, a pedido de Inajá, sou obrigado a reconhecer de público que gostei. Estava ótimo, quase brigo com minha sogra pela última porção.

Pronto falei. Eu gostei do suflê de chuchu.

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O autor mantém uma lista de leitores que recebem suas cronicas assim que são escritas, não raro ainda com muitos erros. Para inscrever-se basta enviar solicitação para renato.rossi@terra.com.br. Para sair, o procedimento é o mesmo sem demora ou questionamento.
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