Soa calma a dança dos ventos lá de fora, levando em suave toque o sabor que adoça o néctar que bebem as abelhas no botão de flor... e depois o mel!
Quem esparramou a grama nos jardins? E fez brotar uvas doces na videira do nosso Pai?
Soam os sinos na capela, e ouve-se um chamado – parece haver hinos de louvor!
Cantam o coro com vozes angelicais; canções que fazem lembrar o barulho do mexer das folhas das árvores plantadas junto às águas de descanso.
Ao longe, plantaram, homens, árvores agitadas, que formam vendaval pelo simples balançar da brisa lenta. Árvores secas que não podem dar frutos, cujas flores nelas nunca nascem... Secas, vivendo à beira do riacho da água – da - vida, cuja sede não querem saciar.
Já não podem, tais homens, encontrar alento ao sofrer. E parecem confusos por falta de vida verdadeira, do vento brando que envolve os traços do coração. E dizem em mil vozes:
“Não há paz em nossa vida”. “Quem foi que plantou uvas as quais não conseguimos saborear? E estendeu sobre o chão gramado macio o qual não podemos pisar?”.
Rege bela a melodia na capela: uma voz de amor, luz e paz... mas eles não querem ouvir. E vão-se em agito em busca de encontrar tranqüilidade as suas almas.
Tantos são os que na planta só enxergam os espinhos, quando flores são esquecidas. No vento só escutam o barulho do mover do ar, quando o som da paz não é ouvido. Na voz de Deus não há nenhum sinal de guerra em seu tom de amor e compreensão, nesse seu tom de paz.
