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Poesias-->Mói de vagabundo -- 11/10/2011 - 14:58 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MÓI DE VAGABUNDO





Marco di Aurélio







Eu num sei porque bixiga



cupim só dá em madeira



deveria dá em gente



comendo assim pelas beira



livran´esse nosso mundo



de um mói de vagabundo



que só pensa em roubalheira.







É muita cara-de-pau



um magote de safado



ter sentado numa escola



uma vaga ocupado



pra dispois passar a mão



e viver feito ladrão



e de doutor ser chamado.







Eu mesmo num sei mais não



só queria entender



como é que uma família



cum seu jeito de viver



educa o destinatário



pra virar um salafrário



que bota o povo a sofrer.







Inda fica orgulhosa



dizendo pra todo mundo



que tem um filho bonito



com saber muito profundo



e que hoje é deputado



sem saber qu´ele é safado



um eterno vagabundo.







É triste ter que ouvir



uma mãe tão enganada



defender um tribufú



das urêia encarnada



de tanto mamar na teta



de viver só de espreita



da nação arreganhada.







Eu aqui acho é pouco



o povo nunca quer ver



pra escolher deputado



que tem honra no viver



é preciso muita luta



pois o cargo se disputa



no dinheiro de correr.







Tem um ditado que diz



pro mundo ficar lascado



é preciso dois jumento



um em pé outro sentado



um dizendo como é



que ele quer o cabaré



com o outro bem calado.







Eu num sei por quanto tempo



tenho ainda de esperar



que o jumento assentado



sinta seu rabo coçar



e levante da preguiça



olhando pra injustiça



de seu jeito de votar.







Quem sabe juramentado



de um novo bem saber



cum o rabo já coçado



sem a perna se tremer



ele aprenda a lição



que é numa eleição



a chance de se eleger.







Eleger o próprio, não!



o camim mal começou



eu num sei qual o pecado



da desgraça do estupor



que mal assina seu nome



já dá ele uma fome



de já ser governador.







Hôme! Lá dê-se o respeito



pegue já o seu atalho



primeiro seja eleitor



um macaco de seu galho



num queira passar os pés



você num vale dois réis



nessa mesa de baralho.







Os eleito me perdoe



ser aqui muito sincero



a maioria da casa



tanto baixo e alto clero



chegou aí de trivela



sendo hoje essa mazela



cum o mesmo lero-lero.







Mundiça! Tome vergonha



deixe de atrapalhar



um país que quer crescer



um povo que quer sonhar



com um futuro melhor



pegue lá seu fiofó



vá pro inferno coçar.







Seja sua serventia



essa sua fulerage



vá de ladeira abaixo



se for capaz de corage



o diabo que te carregue



muntado em riba dum jegue



selado de mudernage.







É esse o teu destino



num venha cum latumia



teu caso num tem remédio



quem disser que tem é fria



pois nunca vi um ladrão



ter calo no mei da mão



ou se acordar cum o dia.







Mas tu vai te arrepender



é pena ter sido tarde



o inferno vai cobrar



cada pedaço de carne



e ainda vai ter troco



e no teu buraco oco



vai ter pimenta que arde.







Eu só queria que um dia



o diabo dissesse assim:



quem tiver cum a molesta



chei de dente no fucim



comendo o que é dos outro



tem vaga pra capiroto



aqui bem junto de mim.







Eu mandava ajuntar



dum lugar que eu conheço



um balaio de ladrão



para servir de começo



juro que esborrava



de safado espirrava



o salão do endereço.







Parece que tou te vendo



cum o rabo entre as perna



acuado pelos canto



de tua casa paterna



pedindo abença o cão



dizendo ser bom ladrão



e o mundo é que num presta.







Ora se eu bem soubesse



se lá o diabo aceitava



receber antecipado



a corja que aqui roubava



eu ficaria cansado



vesgo, estrupiado



pro inferno eu empurrava.







Deixava o roçado limpo



a erva daninha morta



plantava a mãe justiça



bem no meio dessa horta



e o mundo vacinado



com um muro levantado



pra ladrão nunca ter porta.







Mandava passar um cal



no terreno da roubança



pegava aqueles dois pratos



testemunhas da lambança



derramava racumim



tocava fogo em tudim



até mesmo na lembrança.







Ficando lá de vigia



uma trinca de punhal



na hora que o mal viesse



a capada era geral



cabôco ruim num vingava



os ladrão se acabava



bem antes de virar pau.







Por certo esse país



precisa se acordar



precisa tomar vergonha



precisa saber votar



pois quem tem o seu ladrão



num reclame outro não



merece se estrupiar.



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