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Poesias-->DELÍRIO DE PEIXE -- 20/09/2011 - 05:14 (PAULO FONTENELLE DE ARAUJO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Nada afeta,

o peixe Betta,

da cauda de leque.

Ele não toca

as beiradas do calcário

e nem vê o moleque,

que espeta os olhos

atrás dos limites do aquário.



O Betta não sente dor ou tensão.

Daltônico, decerto,

não distingue a própria cor,

vermelho coração.



Mas o menino, enquanto breve observa o peixe,

atrás do vidro, delira

e pensa que o Betta para algo se presta.



“Ele quer se abrir como pavão, mamãe!”.

“Ele vai tremular para sempre seu rabo de véu!”

“Ele é um super peixe em ação,

voa no céu

e luta mil guelras e peripécias!”



O menino grita,

após puxar para trás

a capa encarnada que trazia:

“Apresenta-se o Betta!”

“Eis o grande cação,

o maior tubarão branco que resta!”



Mesmo pequeno e vermelho,

o Betta é um tubarão branco.



O menino agora sabe porque nada afeta,

o peixe Betta.





DO LIVRO:"CRIANÇA, SUBSTANTIVO SOBRECOMUM"
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