Agenir Maria Correia, moradora de vila Nhocuné , vinda da Bahia, onde nasceu, em Quintana, vivendo em São Paulo desde os quinze anos, sendo 23 como moradora da Rua Silvio Lisboa. Aposentada após trabalhar anos como governanta, passa seu tempo livre pintando belas telas.
Copos-de-leite, paisagens e casarões compõem o tema de Agenir. A sua arte é apreciada por muitos. Um médico de Santos já comprou dois quadros de sua autoria. Fato do qual ela muito se orgulha. Sempre sorridente, amável e irradiante, a artista plástica da comunidade da igreja Nossa Senhora Aparecida fala de sua arte para o jornal Imprensa da Zona Leste. A entrevista foi realizada pelo escritor Marciano Vasques.
VASQUES: Como e quando a senhora começou a se interessar por pintura?
AGENIR: Em 1993 me aposentei. Alguns anos depois, após me aposentar, entrei num grupo maravilhoso de terceira idade chamado É SÓ ALEGRIA., da Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Participando, comecei a pintar em tecido. Dois anos depois comecei a pintar telas. Já estou pintado ha quatro anos.
VASQUES: Já participou de alguma exposição?
AGENIR: Sim, aqui no bairro, na praça ao lado da EMEI, um local chamado Praça dos Aposentados. Já vendi alguns quadros, que para mim é motivo de muito orgulho. Duas pessoas de Campinas compraram, também a secretária Silmara, da Igreja, comprou dois quadros.
VASQUES: Fale um pouco da sua participação no teatro.
AGENIR: Através da Secretaria de Cultura, participei de uma peça que foi encenada no Teatro Mazzaropi, no Brás. O nome da peça é “Pedro Malazartes”. Participei como atriz fazendo o papel “Mãe Preta”. Além da apresentação no Brás também me apresentei no Salão da Igreja Nossa Senhora Aparecida. A renda do espetáculo foi toda para a igreja. Um outro espetáculo foi Guerra Santa, também com o apoio da Secretaria de Cultura. Sempre fui muito feliz tendo contato com o povo todo.
VASQUES: E por que parou com o teatro?
AGENIR: Não pude conciliar. Tive que escolher entre o teatro e a pintura. Fiquei com a segunda. Além do mais, participo ativamente do grupo de terceira idade, como primeira conselheira fiscal.
VASQUES: Quais os temas que gosta de pintar?
AGENIR: Copos-de-leite, casarões, paisagens, cavalos, casas de praia. Um de meus quadros recebeu o nome de Riacho Fundo. Nunca levei os meus quadros para a Secretaria de Cultura.
VASQUES: O que significa para a senhora pintar?
AGENIR: Pintar é coisa muito boa, você viaja. Com o pincel esquece de tudo, entra dentro da pintura. É uma coisa muito prazerosa. É uma excelente distração, tranqüiliza a mente, você não pensa em mais nada, é uma benção de Deus em minha vida. Além da amizade que tenho com o grupo, que é para mim uma coisa muito boa.