“CIDADE GRANDE”.
Adeus pessoá, to indo,
Pra bem longe vou viajá, Com meu primo rico vo mora,
Tic, tac, tic, tac, Chêgo o trem disimbarquei!
Nessa cidade grande pra onde viajei,
Há; meu deusinho!
Se meu primo não encontrá,
-O faço?
Vo ficar preso nu laço!
Nessa istação di vidro,
Uai... Que isso?
Já osso barulho tamanho de grande, Nas intranhas dus ovidu,
É...
Eta cidadão!Mundão,
Tanto buracu pelo chão, Tanta fumaça pelo ar, só pra gente num.
inchergá.
Gente qui si isbarra, gente qui vai, gente qui vem,
Tem lalau, que nunca vi igual.
Ai muié minha, to cum saudadi di ocê,
To saudadi da manada,
Oia, primo...
Aqui dexo esse iscrito,
Tudo aqui é muito isquisitu,
Eu juro por Luca,
Nunca vi tanta gente maluca
Roça minha aqui vó eu,
Seu Jeca tatu,
Primo rico, até, mas vê,
Sô minha descupa,viu!
Nunca mais quero ser como tú.
(Obs:este dialôgo se deu,claro;eu ouvir parte dela,mas procurei ser fiel,no que pude cólher.
Estava dando apoio,a area técnica de transmição de telecomunicações,
Guando um grupo de peões que trabalhavam,estavam no merecido descanso,em sua hora de almoço,e assim conversam,a meio de risos,este grupo,de uns oito a dez trabalhadores na construção do metro do Rio de Janeiro,trexo-bairro do Catete.
Contavão entre sí,desse jeitinho. Eu só enfeitei um pouco.) |