Sem malas.
Assusta-me a memória
por seus anzóis pontiagudos.
Nela você bate à porta
eu crio coisas de festa
vou aos planetas em volta
chovo em molhado
reitero.
Toda existência sem cotas:
todas então esvaziadas
bate e rebate
nas portas.
Vou caminhar nos andaimes
não porque queira o presente.
Mais por falar com meu fundo
desses limites que açoitam.
Meio do fio e alturas
um equilíbrio
sem tempo.
cristina
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