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Artigos-->A sociedade dos poetas (quase) mortos? -- 06/01/2003 - 21:00 (Jacques Madean) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O texto que se segue trabalha uma análise crítica, em especial o caráter estimulador (social), do filme "A sociedade dos poetas mortos". Ressalto que não há nenhuma pretensão "filmológica-jornalística", mas reflexiva. Espero que desfrutem.



* * *



Me intriga a maneira de representação de como a brutalidade pode influenciar negativamente no indivíduo, mantendo o cidadão com suas mãos atadas. A desigualdade rompe, então com o sistema democrático, e a "micro-opressão" - digo isso por se passar apenas no ambiente do filme e não o global - nos mostra claramente uma forma de exclusão intelectual em A sociedade dos poetas mortos.



Seria de meu agrado, antes de qualquer coisa, analisar a simbologia dos termos que dão nome ao filme. O que mais me chamou a atenção foi o termo "mortos". Pois bem, conforme conseguimos perceber, ele expressa mutilação, dente outras coisas do próprio pensamento. Isto talvez se deva ao fato de que o sistema político vigente tentasse evitar que as mentes sábias ou sabiamente esclarecidas dessem gênese a motins e/ou ameaçassem a "ordem" do estado (no caso a escola). Felizmente, a arte sendo própria da criatividade humana, se faz saltar o muro da ignorância, colocando o júbilo do racionalismo livre como alternativa alcançável.



O sistema do mundo (econômico-social) provavelmente representa, no filme, o do sistema educacional e acadêmico da época, e vice-versa. Temos esta impressão porque todos poderiam se exilarem para um outro lugar ou escola melhor, porém esta possibilidade é totalmente remota, uma vez que não há perspectiva no roteiro. Isto sem contar com os motivos pessoais de cada estudante. Em suma não nos parece existir fuga a não ser mudar para que se torne cabível o "felizes para sempre". Convenhamos que, se fosse o contrário a história não teria sentido algum.



Com relação à sanidade dos personagens no rolar da história, não conseguimos (ou: “não consigo”) ver especificamente problemas orgânicos nos indivíduos opressores, nem mesmo nos oprimidos. Nestes últimos vemos uma luta introspectiva e conjunta, que acaba por formar um grupo unido pelo qual se expressa a revolta de se ser sufocado, enquanto que os opressores utilizaram de todos os meios para se manterem no poder, inclusive o abuso de autoridade.



O fato é que o filme chega a emocionar, pois a luta por se ter direito reflete o princípio de conquista de uma cidadania. O artista, ou melhor, a arte liberta não apenas as mentes, mas os corpos de suas prisões sócio-culturais desniveladas. Esta forma de atuar faz dela um fluxo dinâmico e regulador do equilíbrio na associação de indivíduos, proporcionando igualdade, sendo esta a temática principal do filme.





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