A tal frinchinha lunar
Das pregas de meu vestido
Quis abrir-se ao teu olhar
Que curioso adentrava
Por melhor esmiuçar
Meu sentimento embutido
Sei que viaja a poesia
Por céus e nuvens de anil
Por que então tu não subiste
À rede em que tu me viste
Pra aliviar tua sede
Do coco do meu Brasil?
Ouvi teus sonhos por certo
Mas de caída tão leve
Julguei que estava na neve
De da América em dezembro
Sem perceber a magia
De um sonho que não me lembro
Assim teu doce momento
Da fantasia sem fim
Na manobra de teu “feito”
Já nem sei o que é direito
Estou a arder na labareda
Que fez o sonho de mim!