VOO RADICAL SEM ASAS
Jan Muá
Ribeira de Pena, Bustelo/Lamelas, Portugal
20 de maio de 2011
O belo quadro brotou nítido e delirante
Na distância
Em pleno Alvão
Quando os olhos cobrindo em cores
E estesia desvairada
As fauces do abismo
Sentiram que de verdade
A leveza da poesia acompanhante
Cedia ao movimento da velocidade imperiosa
Na rota do solitário cabo
Para dar lugar à sensação vertiginosa
E pressionante
Da gravidade motora e deslizante
Que empurrava o corpo do piloto aventureiro
Para a sensação de uma figuração
De Ícaro de asas recolhidas
Que numa tarde primaveril de maio
Escolheu os domínios serranos
Do Pena Aventura em Bustelo
Para uma experiência de voo radical.
Jan Muá
Ribeira de Pena, Bustelo
20 de maio de 2011
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