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Erotico-->TODOS OS CAPÍTULOS DE UMA ELETRIZANTE HISTÓRIA DE AMOR -- 01/03/2005 - 11:35 (Carlos Higgie) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
TODOS OS CAPÍTULOS DE UMA ELETRIZANTE HISTÓRIA DE AMOR
1 UMA NOITE COM DIANA 1
2 AINDA NAQUELA NOITE 7
3 TODA A VIOLÊNCIA DE ALFREDO 12
4 UMA EXCITANTE DESPEDIDA 16
5 DIANA E PIERRE 22
6 DEPOIS DO JANTAR 25
7 A NOIVA 29
8 O MESMO MOTEL 35
9 PIERRE QUE AMA DIANA QUE AMA... 42
10 ATO FINAL? 45
11 OUTRA MULHER NA VIDA DE ALFREDO 53
12 O ANIVERSÁRIO 57
13 RAIOS DE SOL BEIJANDO O CORPO DE PATTY. 65
14 PATTY LIGA PARA ALFREDO 67
15 DIANA, PIERRE E PATTY 71
15 AS SOMBRAS DO ENTARDECER 75
16 CHUVA DE VERÃO 78
17 DIANA NÃO RESISTE E MAIS UMA VEZ SE ENTREGA 83
18 PIERRE BATE EM DIANA 85
19 NAQUELE DOMINGO 88
20 ALFREDO NAVEGA PELO CORPO DOURADO DE PATTY 93
21 UM DIA NA PRAIA 97
22 UMA FESTA NO APARTAMENTO DE ALFREDO 101
23 OS TRÊS NA MESMA CAMA 106
24 O DESEJO FERVE NA PELE DE CAMILA 108
25 ALFREDO E CAMILA, NO HOTEL 113
26 ANTES DO AMANHECER 118
27 CAMILA 120
28 ALMOÇANDO NO MOTEL 124
29 PATTY VOLTOU 128
30 NO APARTAMENTO DE CAMILA 132
31 TODAS AS MULHERES 140

1 UMA NOITE COM DIANA

Alfredo estacionou o carro no lugar combinado. Desligou o motor e respirou profundamente. Pelo espelho retrovisor procurava a figura inconfundível de Diana, chegando com seu andar de bailarina russa, quase flutuando no ar da noite.
Ela estava atrasada. Uma música, cuja letra ele não entendia, enchia de melosas melodias o interior do veículo. Os pensamentos do homem voavam.
Depois de muitas ameaças e desistências, tinham combinado aquele encontro. O homem, maduro e sério, perguntava-se o quê queria aquela menina com ele. Não era rico, não era muito bonito ou elegante, não tinha uma grande eloqüência nem sem distinguia pelos seus dotes de conquistador. Considerava-se um homem normal, carregando as mesmas ilusões e problemas comuns a todos os homens da sua idade.
Diana, com seu frescor primaveral, invadiu definitivamente sua vida quando começou a insinuar-se para o homem. Ela trabalhava como garçonete no restaurante que Alfredo freqüentava regularmente. Claro, depois das diretas e indiretas da garota, ele passou a freqüentar diariamente o local.
Alguma coisa, batendo insistentemente no seu cérebro, prevenia-o contra a garota. Pensou que, no fundo, era só uma brincadeira, talvez simples curiosidade de uma jovem mulher.
Submerso naqueles pensamentos, não viu a garota aproximar-se. Só percebeu a sua presença quando ela bateu no vidro da porta, abrindo um sorriso enorme e maravilhoso.
Entrou no carro, deu-lhe um beijo rápido no rosto e falou:
__ Pronto! Estou aqui.

__ Posso escolher o local?

__ Durante esta noite, com todos seus segundos, minutos e horas, sou sua prisioneira.

Ele foi direto para um motel. Quando entraram ele percebeu que ela tinha perdido um pouco daquela segurança habitual. Pegou sua mão e constatou que estava suada e fria.
__ Nervosa?

__ Um pouco...- respondeu ela.

__ Vamos com muita calma – falou ele -, ninguém precisa fazer nada que não queira fazer. Quer beber alguma coisa?

__ Água – murmurou ela e sentiu-se tola pela sua resposta -. Ou qualquer outra coisa ou aquilo que você vai beber.

__ Acho que um pouco de champanha vem bem. Vamos festejar este esperado encontro.

__ Eu gosto, mas com chocolate.

__ Tudo bem, gatinha, gostos não se discutem- falou Alfredo.
Bebendo e conversando, mastigando displicentemente uma barra de chocolate, Diana foi se soltando e abrindo seu sorriso de sempre, um sorriso que enfeitiçava qualquer um.
Ele, quieto, deixava-a falar, contar e emendar um assunto no outro, falando sem parar, rindo e fazendo ele rir.
O quarto do motel tinha sido decorado com muita classe e bom gosto. As luzes indiretas criavam um clima romântico, a música suave mexia com as emoções, o bar, com um frigobar bem sortido, uma cama enorme, redonda e com cheiro de amaciante, esperava por corpos suados e ardentes. Duas poltronas colocadas estrategicamente e um espaço simulando uma discoteca dos anos 60 davam um toque especial ao ambiente.
Diana parou de falar e ele aproveitou para pegar sua mão. Seus olhares se encontraram. Ela tinha um olhar doce e, ao mesmo tempo, esperto e alerta.
__ Diana- falou o homem -, eu sou um amante da beleza, das coisas lindas de este mundo. E você é uma das mulheres mais belas com a qual eu tive algum tipo de contato, nos últimos tempos. Você, apesar de ser quase uma menina, é muito bela e, com o tempo, vai se transformar numa mulher deslumbrante.
__ Hey, assim eu fico constrangida!- exclamou ela.

Alfredo ficou de pé e, sem soltar a mão da garota, aproximou-se dela. Ela permaneceu sentada. Ele entrou no meio do ângulo formado pelas pernas femininas, pegou o rosto dela, afundando suas mãos no cabelo castanho e liso e, com toda a paciência do mundo, começou a beija-la: com carinho, com delicadeza, sem pressa, pressionando suavemente os lábios, introduzindo sem agressão a língua, trabalhando com as mãos a nuca, as orelhas, o pescoço, descendo até a cintura e puxando-a para que os púbis ficassem mais próximos. Diana deixou-se levar por aquela corrente de ternura, foi soltando o corpo, abrindo a boca, buscando a língua de Alfredo, arrepiando-se toda cada vez que a língua masculina deixava sua boca e percorria o delirante caminho que ia dos lábios até a nuca, passando pela orelha. Ele sussurrava palavras melosas, elogios para seu cheiro, sua pele, sua beleza. Ela flutuava num universo maravilhoso. Com habilidade ele soltou os botões da blusa feminina e avançou com uma mão buscando o calor daquela pele macia. Diana suspirava e emitia quase inaudíveis gemidos.
Com um movimento rápido e perfeito, ele a levou até a cama. Começou a tirar sua roupa. Os tênis primeiro, as meias, as calça apertada e rasgada na perna esquerda, a blusa, por último. Estava só de calcinha e soutien. Rapidamente ele ficou nu e veio para cima dela. Era pesado e cabeludo, diferente de qualquer outro namorado. Mas beijava muito bem e sabia mexer com as mãos e provocar deliciosas reações por todo o seu corpo. Quase sem perceber estava nua e o sexo duro e grande do homem batia na porta sagrada da sua sensualidade. Ele não procurou entrar, mexia-se sobre ela concentrado nos beijos e caricias, mas tinha plena consciência do encontro dos seus sexos. Alfredo abandonou os lábios de Diana e foi descendo, deteve-se nos seios, beijou, sugou, mordeu, tentou colocar um deles, inteiro, na boca e quase conseguiu. Ela delirava. Com delicadeza ele a fez girar e deitar boca abaixo. Ela estremeceu-se quando sentiu os lábios, a língua e os dentes dele na sua nuca, nos seus ombros, descendo num trabalho perfeito e sincronizado, pelas suas costas e chegando nas suas nádegas. Mordeu e beijou aquelas nádegas duras e macias, um beijo e um pequena mordida na parte detrás do joelho, encerrou o percurso. Fez ela girar novamente e voltou a beijar aquela boca carnuda e juvenil e depois um seio e o outro e novamente a boca. Demorou uma eternidade prazerosa para descer até o umbigo. Dali passou para a virilha, trabalhando magistralmente com as mãos (que seguravam firmes os seios) e com a boca. Então ele foi até onde Diana queria que ele fosse. Sentiu a língua dele invadindo-a, transformando aquele momento em algo único e inesquecível. O orgasmo chegou e ela não soube se gritou, berrou ou chorou. Aquele homem a tinha conquistado e ela já não tinha restrições nem medos. Estava pronta para o amor.
Alfredo ficou muito tempo ali, desfrutando daquele sexo jovem e cheiroso. Ela sentia que ia desmaiar a qualquer momento. Parecia que uma poderosa reação em cadeia tinha se desatado dentro dela: estava irremediavelmente perdida pela aquela boca sábia que a levava a um oceano de loucuras. Ele parecia incansável, devorando com prazer o seu sexo, fazendo coisas incríveis com a língua, com os dedos, com os lábios, com os dentes.
__ Mete! Me crava! – suplicou ela.

__ Não –murmurou ele, bem perto do ouvido da garota -. Só quando você desejar muito, muito mesmo.

__ Estou desejando, eu quero!

O sexo do homem estava entre as pernas de Diana, perto da sua gruta. Ela tentava achar o movimento certo que o levasse para dentro dela, mas Alfredo negava a penetração, fugindo com movimentos precisos e retornando imediatamente, só para provocar mais a garota.
__ E não vou meter- mussitou novamente ele -: vou fazer o amor contigo, vou te mostrar como é, minha garota.

__ Me come, Alfredo! Me come, por favor!

Ele voltou a atacar com beijos e mordidas, trabalhando com os dedos, provocando até além dos limites, mexendo com o desejo de Diana. Ela só queria aquele membro dentro dela, queria aquele homem maluco mexendo-se sobre ela, perfurando sua intimidade, massacrando-a, jogando seu corpo e sua alma num universo pleno de prazer e luxuria.
__ Eu quero, eu quero! – gritava ela, com sua voz subitamente enrouquecida.
Nenhum de seus namorados, nem mesmo o Gabriel, que ela adorava e idolatrava, tinham mexido tanto com sua sensualidade. Aquele homem descobri nela molas propulsoras que, num instante, a jogaram no meio da luxuria e da loucura.
Quando ele percebeu que ela já não agüentava mais e ia passar do ponto, acomodou-se entre as suas pernas, encaixou o membro com delicadeza e começou uma suave e prolongada penetração. Diana delirava e jogava a cabeça para um lado e para o outro, batendo com seus cabelos no rosto do homem. De joelhos, entre as pernas da garota, tomando-a pela cintura, ele iniciou um mágico e prazeroso vaivém, mexendo com muita experiência o corpo da menina, deixando que ela marcasse o ritmo e fizesse os movimentos que, definitivamente, a levariam à loucura total. Diana empinava o corpo, separava e apertava as pernas, empurrava, recuava, sentia-se uma folha levada por um rio violento, sentia-se um brinquedo nas mãos do homem. O orgasmo chegou e se prolongou: ela gritava e xingava sem nenhum pudor. Foi um orgasmo inédito, único, algo que ela nunca tinha sentido.
Por alguns instantes perdeu o sentido ou navegou por dimensões desconhecidas. Quando acordou ou voltou à realidade, Alfredo estava saindo dela e deitava ao seu lado, encostando seu sexo, ainda duro e firme, nas suas nádegas. Pensou que ele ia querer outra coisa e, intimamente, estava convencida que, depois daqueles momentos, não negaria nada.
Mas ele não tentou nada. Abraçou seu corpo de animal jovem com aqueles braços fortes e cabeludos, como se quisesse protege-la do mundo. Então, como querendo dirimir uma questão muito complicada, perguntou por que ela tinha saído com ele. Não hesitou:
__ Foi uma aposta com minha colega de trabalho- respondeu e acrescentou: Mas foi a melhor aposta que já ganhei na minha vida. Nunca ninguém me fez sentir tantas coisas gostosas ao mesmo tempo.
__ Nós estamos recém começando – sentenciou ele.

E ela se apertou contra ele, querendo mais.


2 AINDA NAQUELA NOITE


Abraçados, alheios ao mundo e seus pesadelos, Diana e Alfredo adormeceram. A música suave, a iluminação cálida, a temperatura agradável, os desejos satisfeitos e a fadiga natural pós amor, contribuíram para que eles navegassem pelo universo do sono e do relaxamento.
Diana acordou quando sentiu a ausência de Alfredo. Ele não estava na cama. Levantou e foi até o banheiro. Ele estava preparando a banheira de hidro-massagem.
__ Perfeito! – pensou ela, sem perceber que estava falando em voz alta.
__ Perfeito vai ficar contigo aqui dentro – sorriu ele, enquanto pegava a garota no colo e a levava até a banheira.
Ligou os jatos da hidro e entrou, jogando espuma e água para fora.
__ Sou delicado como um elefante numa loja de cristais – brincou, acomodando-se perto da garota.
Ela procurou a firmeza de seus braços, encaixando-se entre as pernas masculinas e apoiando suas costas no peito cabeludo. As mãos deles foram buscando pontos para segurar, segurando um seio e a cintura de Diana.
Ficaram ali, desfrutando da calidez da água, deixando que o barulho do motor abafa-se seus pensamentos. Ele brincava com o seio dela e mexia devagar, como quem não quer a coisa, no sexo juvenil. Diana percebeu que a brincadeira começou a mexer com ele e já estava pronto para outra batalha amorosa. Incorporando-se, girou e buscou a boca de Alfredo. Lábios e línguas encontraram-se num beijo carregado de luxuria. Ela saiu da banheira, levando o homem com ela. Passaram pela ducha e um foi secando o corpo do outro, aumentando cada vez mais o desejo.
Com as bocas unidas num beijo interminável, caíram na cama e Alfredo repetiu e criou novos carinhos, transformando Diana numa fêmea deliciosa e no cio.
__ Você me deixa louca!- murmurou ela, sentindo que a língua masculina abria novos e excitantes caminhos no seu corpo.
Ele deitou de costas e pediu para ela vir por cima. Beijaram-se e ele foi levando lentamente a boca de Diana para seu sexo. Ela entendeu o que ele queria e não se fez de rogada. Beijou, mordeu de leve, sugou, colocou e tirou da boca como se fosse uma mulher muito experiente. Quando percebeu que ele já não resistia mais, acomodou-se sobre ele, encaixou seu sexo no dele e começou uma alucinada cavalgada que a levou diretamente para o orgasmo, um orgasmo suado e intenso.
Caiu sobre o peito do homem falando palavras sem nexo.
Alfredo não lhe deu tempo para reagir, girou e ficou encima dela.
__ Vem!- pediu ela- Agora é para você.

Ele deixou cair seu peso sobre a garota, enquanto se cravava nela devagar e num ritmo lento. Entrava e saía, arrancando suspiros e gritos de Diana.
Quando ela pensou que ele iria gozar, Alfredo parou de se mexer e saiu de dentro dela. Puxou-a, então, pelas pernas até à beira da cama. Fez com que ela ficasse de quatro, com os joelhos apoiados em almofadas e o restante do corpo ( da cintura para cima ) apoiado na cama. Ela já tinha percebido o que viria e sentiu um pouco de medo.
__ Eu nunca fiz... – falou baixo, como tentando impedir o inevitável.
__ Sempre tem uma primeira vez – assegurou ele, com muito tesão e, ao mesmo tempo, segurança na voz.

Diana se preparou para o sacrifício. Primeiro sentiu as mãos separando suas nádegas, depois a boca inventando um carinho, a língua entrando de leve e molhando o caminho, preparando o terreno. Girou a cabeça e viu seus corpos refletidos no espelho da parede. Ela estava entregue e a visão do homem explorando, com sua boca deliciosa, seu corpo, sem respeitar lugares proibidos, aumentou seu desejo.
Pelo espelho, ela viu que ele terminou a preparação e se posicionou para tomar posse do que já considerava seu. Ela apertou com força o lençol e mordeu sua mão quando sentiu o falo do homem abrindo caminho.
__ Não, não! –gemeu, assustada pelo tamanho e imaginando que não seria possível a penetração.

__ Relaxa, meu amor – falou Alfredo, sem deixar de empurrar aquela cabeça enorme que parecia não ter fim.

__ Ai, não, não! – repetiu ela, sentindo que seu corpo era rasgado ao meio e percebendo, ao mesmo tempo que tinha entrado um pouco.
Ele parou, sem deixar sair nem um centímetro, acariciou a cintura e as nádegas de Diana. Pelo espelho ela viu que ele estava incorporando-se lentamente, levando com ele suas ancas, cada vez mais para o alto. Tentou fugir do sacrifício, mas ele a segurou firme, sem deixar seu membro escapar daquele pequeno receptáculo.
__ Não, é muito grosso! – protestou ela.

Alfredo já não a escutava, buscando um ponto de apoio, levantou mais seu corpo, levando os joelhos da garota para à beira da cama. Com as duas mãos na cintura feminina, foi trazendo a garota pouco a pouco para o encontro final e total.
__ Ai! Ai! Ah – gemia ela, mas sentindo cada vez menos dor e percebendo que o prazer começa a brotar daquele preenchimento.

__ Pronto, bobinha – falou Alfredo, respirando com dificuldade. Já está tudo dentro!
__ Dói, amor, ele é muito grande ! – reclamou Diana, vendo no espelho suas ancas totalmente levantadas, receptivas e prontas para o ato final.- Mas é teu...
__ Só meu? – perguntou Alfredo.

__ Só teu, amor, ninguém nunca tocou nele...

O homem começou um movimento suave de retirada e ela foi sentindo um certo alivio e, ao mesmo tempo, um desejo maluco de que ele preenchesse de novo o espaço. Com extrema delicadeza ele se movimentou quase saindo fora dela e voltando imediatamente com um pouco mais de energia.

__ Ah! Ah! – exclamava Diana, desejando que aquele jogo não terminasse nunca.

Ele começou a imprimir mais força e velocidade nos seus movimentos. Ela gritava como uma doida, pedindo para ele parar e para ele não parar.
__ Agora vai, minha garota!- gritou ele, fora de si cravou com força e sem piedade, iniciando um movimento enérgico, entrando e saindo sem parar, aumentando o escândalo de Diana, que já não cabia dentro de seu corpo de tanto tesão. Quando ele gozou, já estavam na metade da cama, a cabeça dela batia contra a cabeceira, enquanto ela mordia desesperada o lençol e o colchão. Caíram lado a lado, ele manteve-se firme, sem sair de dentro. Começou uma massagem firme no clitóris de Diana, que ainda não tinha se recuperado da cena anterior. Num instante ela sentiu um fogo inusitado nascendo das suas entranhas. Ele não se mexia, permanecia dentro dela, enterrado, acariciando o sexo da garota. Só parou quando ela começou a dizer palavrões e a gritar que estava gozando de novo.
Ficaram assim por muito tempo, deitados. Alfredo pensando que aquela garota era fantástica e Diana perguntando-se se não tinha enlouquecido de vez.


3 TODA A VIOLÊNCIA DE ALFREDO

Depois daquela noite, Diana e Alfredo encontram-se várias vezes. A garota estava deslumbrada com o carisma e o carinho de Alfredo. Ele fazia tudo para que ela ficasse a vontade e desfrutasse dos momentos que passavam juntos.
Pouco a pouco, ela abandonou os namoradinhos que rondavam sua vida e passou a pensar intensamente em Alfredo. Algumas coisas do homem permaneciam misteriosas. Não sabia se ele era solteiro, casado ou separado. Ele evitava o assunto e sempre descobria uma maneira de desviar a conversação para outros caminhos, longe da sua vida pessoal.
Encontravam-se regularmente, jantavam em restaurantes quase secretos, caminhavam por lugares solitários e acabavam sempre no mesmo motel, do qual já conheciam quase todos os quartos.
Naquela tarde ela preparou-se especialmente para ele. Pediu para sair mais cedo do trabalho, passou numa loja de roupas íntimas e comprou uma calcinha bem ousada, que escondia quase nada. Foi até a depiladora, passou por casa e tomou um banho demorado. Vestiu uma saia curta e leve, uma camiseta bem informal, a calcinha safada e umas sandálias coloridas. Correu para o ponto de encontro e pulou para dentro do carro feliz.
___ Meu amor!- exclamou, enquanto o beijava, afoita.

___ Estamos nadando na felicidade hoje! – sorriu Alfredo.

___ Sim, descobri que estou apaixonada por você! – falou, entusiasmada.

___ Apaixonada?

___ Sim! E agora, o que você vai fazer?

___ Tirar a tua roupa e te amar até o cansaço chegar.

___ Estou falando sério, Alfredo.

___ Eu também – concluiu ele.

Foram direto para o motel. Alfredo pediu um lanche rápido, pois percebeu que ela estava com fome, e abriu uma garrafa de vinho tinto. Ela permaneceu calada enquanto comiam e bebiam. Vestidos ainda, Alfredo a puxou para a cama.



___ Eu não quero mais assim – mussitou ela.

___ Assim como?

___ Você só quer me usar.

___ Você só quer ser usada – falou ele.

___ Quero amar, quero ser amada – respondeu Diana.

___ Não devemos confundir amor com sexo. São coisas diferentes, às vezes se completam, às vezes não.

Como ela mergulho num silencio pesado, Alfredo começou a inventar caricias, ao mesmo tempo que tentava liberá-la das roupas.

___ Não quero! – protestou ela.

Ele continuou empenhado na sua tarefa. Então Diana o empurrou, saiu da cama e gritou:
___ Já falei que não quero, seu velho!

Com toda a calma do mundo, Alfredo se levantou e caminhou até ela. Quando chegou perto, e antes de que ela falasse qualquer coisa, abriu a mão e deu-lhe uma sonora e forte bofetada. Diana perdeu o equilíbrio e caiu na cama. O homem pulou sobre ela insensível aos protestos da garota: levantou a saia, baixou a calcinha, segurou firme a garota e num sincronizado jogo de movimentos rápidos e precisos, penetrou-a com fúria, sem piedade.

___ Não, não, seu safado!- gritava ela, tentando ver-se livre dele.

Posicionado entre as pernas femininas, Alfredo parecia transtornado, imprimindo movimentos cada vez mais rápidos, jogando todo o peso do seu corpo sobre a garota. Ela tentava bater nele, mas pouco a pouco foi sentido que a fraqueza e o prazer tomavam conta da sua razão.

___ Canalha! – exclamava, num tom mais baixo, separando as pernas para receber melhor aquele homem maluco e dominador.
___ Fica calada, safada! – ordenou ele -. Mexe, mexe, usa teu corpo, vagabunda!

___ Não, não, não! – repetia ela, enquanto aumentava o ritmo dos seus quadris, desejando cada vez mais aquele homem, adorando seu cheiro, seu gosto, suas pernas fortes, seus braços poderosos, seu peso e seu vaivém.

Ele a levantava pela cintura, cravando-se sem piedade, gritando obscenidades, desfrutando do corpo de Diana como se ela fosse um objeto, uma escrava pronta para atender seus desejos.
O orgasmo chegou primeiro para ela, foi algo diferente, mais profundo, com uma força assustadora que fez vibrar o corpo da garota.

Ela mexia a cabeça para um lado e para o outro, batendo com seus cabelos no rosto do homem que, determinado, entrava e saia, entrava e saia e voltava a entrar, com movimentos vigorosos e profundos.
Quando começou a gozar, tirou o membro e obrigou Diana a recebê-lo na sua boca delicada. A força do homem pode mais que a resistência da garota e ela acabou engolindo e afogando-se. Então começou a chorar. Alfredo levantou-se, tirou a roupa com irritação, foi até o banheiro e entrou debaixo do chuveiro.
Ao retornar, encontrou-a adormecida, vestida ainda, na posição fetal. Nu, deitou e encostou nela. Diana se deixou envolver pelos braços cabeludos, choramingando de novo, mas mexendo lentamente suas nádegas e excitando o homem. Ele deixou-a nua e, sem dizer nenhuma palavra, colocou-a de quatro, bateu nas suas nádegas, arrancando um suave protesto da garota, beijou cada centímetro daquela região e, sem cerimonia, penetrou-a do jeito que ela mais gostava. Ela estava viciada naquele homem e no jeito dele fazer amor. Vibrava a cada toque, sentia intensamente cada gesto, cada movimento. Os orgasmos chegavam com uma facilidade incrível, quando ele a dominava e fazia dela sua escrava.
O homem, sem preocupar-se com a garota, brincou até que seus músculos foram percorridos por intensos choques elétricos. Gozou mais uma vez e caiu para um lado. Diana, acomodou-se sobre ele e ficou silenciosa.
___ Você me deixa doida. Estou ficando doente de tanto tesão e amor.
___ Não fala em amor, Diana – ordenou ele.

___ Você bateu com força – protestou ela, como se lembrasse repentinamente da bofetada do homem.

___ Foi necessário – argumentou ele e, mudando o tom: Às vezes as gatinhas, como você, precisam levar um tranco.
___ Eu gostei – sorriu ela -. Gostei de ser dominada e possuída daquele jeito.
Alfredo ficou olhando para suas figuras refletidas no espelho imenso, pendurado no teto. Aquela garota estava mexendo com seus sentimentos.


4 UMA EXCITANTE DESPEDIDA

Depois daquele dia, Alfredo procurou manter-se afastado de Diana. Viajou, inventou desculpas muitas vezes esfarrapadas, tratou de encontrar novas companhias. Seu lado machista e independente rejeitavam a paixão da garota. Os anos não tinham passado em vão sobre seu corpo, prezava muito sua liberdade e não queria atar-se, enforcar-se e limitar seu campo de ação.
Diana, que repentinamente descobrira que gostava intensamente daquele homem maduro, caiu num buraco sem fim, desejando cada vez mais encontrar-se com ele. Ligava, mandava recados, procurava-o pelos lugares que costumavam freqüentar. Mas raramente conseguia contato com ele que, sempre com subterfúgios, dava um jeito de desencorajar a garota.
Uma tarde, depois de um telefonema dramático de Diana, Alfredo resolveu encontrar-se com ela. Passou no bairro da garota e foram direto para uma estrada que beirava a praia. Num canto da praia, debaixo de uma árvore frondosa, Alfredo estacionou o carro, soltou o cinto de segurança e preparou seu espírito para ouvir as reclamações de Diana. Estranhamente ela não estava reclamando nada, cobrando nada, simplesmente falou que estava com uma vontade louca de vê-lo.
___ Sabe, os primeiros dias, quando você se afastou, foram muito difíceis. Uma solidão imensa tomou conta da minha alma e me senti muito, muito triste. Depois fui saindo daquela coisa ruim, pouco a pouco, fui descobrindo que a vida continuava, que eu sou jovem e tenho toda a vida pela frente. Na semana passada, numa festa, conheci Pierre e agora estou namorando com ele.

Alfredo olhou perplexo para Diana.

___ Já sei. Está se perguntando: “o que esta maluca quer comigo?” Nada. Não quero nada. Só acho que uma coisa tão bonita, tão intensa, não deveria acabar assim e resolvi me despedir de você. E aqui estou!

Alfredo sorriu e abraçou a garota. A noite já tinha descido sobre o mundo, o mar batia nas rochas, na areia e voltava, repetindo o mesmo movimento. Naquele embalo do mar, eles começaram a se beijar. Delicadamente ao principio, aumentando a pressão depois. Diana estava com uma blusa preta e uma saia, também preta, leve e solta. O homem levou a mão até suas pernas, subiu sem muitos preâmbulos e chegou até onde qualquer toque fazia com que ela amolecesse, tornando-se escrava dos desejos masculinos. A calcinha também era preta.; soutien, ela não estava usando.
Diana acomodou-se no colo do homem, separou as pernas e, entre beijos e mais beijos, gemidos e suspiros, deixou ele brincar com sua doce intimidade. Alfredo sabia que ela estava prontinha para o amor. Totalmente entregue. Propôs uma visita ao motel de sempre, mas ela disse que não queria.

___ Quero aqui e agora!- reforçou, esfregando-se no peito de Alfredo e já mexendo nos botões da camisa do homem. Passaram para o banco do carona. Ela abriu sua blusa e seus seios, mamões durinhos e deliciosos, clamaram pela boca do homem. Esforçando-se para coordenar seus movimentos, Alfredo beijou e mordeu os seios, enquanto liberava a garota da sua calcinha.

___ Para!- falou ela, separando-se dele. Num movimento rápido soltou a cinta, abriu a braguilha da já amarrotada calça social e pegou com a mão direita o sexo do homem. Começou a trabalhar delicadamente, subindo e descendo, deixando escapar, às vezes, dos pequenos dedos aquele instrumento que, com certa preguiça, pouco a pouco aumentava de tamanho. Quando alcançou um tamanho que ela considerou aceitável, desceu com seus lábios e iniciou uma deliciosa felação que fez o homem fechar os olhos e entregar-se aos carinhos da garota. Por alguns minutos, com os olhos fechados, ficou concentrado naquele estimulo, sentindo um crescente zumbido de abelhas na cabeça, percebendo que Diana estava se esforçando ao máximo para agradá-lo. Ela, com os olhos fechados também, tentava engolir todo o membro, depois deixa que escapasse da boca e, com a língua inquieta, descia até a base, brincava nos testículos e voltava a abocanhar o instrumento do seu prazer. Brincou tanto que Alfredo quase se perdeu e gozou naquela boca maravilhosa. Ela percebeu que ele estava a ponto de naufragar no prazer. Então, numa atitude totalmente inesperada, pegou uma camisinha da sua bolsa, rasgou o envelope com os dentes, ajustou na cabeça que olhava, com um olho só, para ela e, com os lábios, com a boca, foi empurrando até colocar totalmente.
Alfredo, com o olhar, questionou aquela repentina preocupação.

___ É que agora não sou só tua, meu amor- explicou ela, com um sorriso debochado.

Sem deixar que Alfredo respondesse ou tentasse responder, acomodou-se sobre ele e começou uma lenta, no começo, e enérgica, depois, cavalgada. Abraçando o banco, firmemente instalada naquele pino mágico, controlando todos os movimentos, seus e do homem, ela ofereceu seus seios para a boca sedenta, que não negou carinhos, beijos e mordidas. Ela imprimiu cada vez mais força, mais velocidade, mais pressão, gritando e xingando, até cair sobre o homem, percorrida pela eletricidade de um orgasmo fantástico, desejando e sabiamente trabalhado. Permaneceu sentada sobre as pernas do homem, montada como uma amazona, beirando as fronteiras do desmaio, até que ele começou a movimentar-se, procurando sua parte do prazer.

___ Espera um minuto, amor –pediu ela -. Só um minuto...

___ Eu também quero... – falou ele, no ouvido da garota.

___ Eu vou te dar tudo o que você quiser.

___ Tudo?

___ Tudo e um pouco mais – afirmou, Diana.

Já refeita do orgasmo, mexeu os quadris, ensaiando um movimento suave de entra e sai. Ele começou a respirar com dificuldade, como se estivesse próximo do clímax. Diana parou, abriu a porta e saiu de cima dele. Alfredo reclamou e ela sorriu. Pediu para ele descer do carro. Ele hesitou.

___ Vem!, você não vai se arrepender – assegurou ela.

Alfredo desceu, segurando as calças, para não caírem. Diana deitou no banco, os pés apoiados na areia, o bumbum redondo e arrebitado para cima, levantou a saia até a cintura, separou as pernas e virou a cabeça em direção do homem.

___ Ele é todo seu... Vai com carinho, tá?- falou e levantou mais os quadris, esperando o momento da tortura e do prazer.

Alfredo olhou ao redor: escuridão total, a praia deserta, o barulho ensurdecedor do mar agitado. Não duvidou nem um instante, deixou cair a calça e as cuecas até o tornozelo, beijou com volúpia o objeto do seu desejo e lentamente, com ternura, foi penetrando e arrancando gritinhos agudos de Diana. Avançou pouco a pouco, apoiando-se no corpo da garota e firmando bem seus pés na areia macia. Quando esteve totalmente cravado naquela carne quente e macia, aproximou seu rosto do rosto da garota.

___ Você gosta, sua safada! – afirmou.

___ Sim...- falou ela, num fio de voz apenas audível -. Agora mexe, devagar, assim, ai, assim, ai, ai! Eu adoro isso!

___ Eu sei, minha garota. Por isso eu te dou esse prazer!

___ Mete!- pediu ela.

___ Assim?- gemeu ele e cravou com força, arrancando um grito da garota.

___ Cala a boca! – gritou ela -. Mexe, mexe, tira, bota, mexe. Aiii! Ai!

Se alguém pudesse ver a cena com certeza ficaria muito excitado ou escandalizado. A porta aberta do carro iluminava o interior do mesmo. Um homem de meia idade, com certo excesso de peso, acomodado sobre uma garota linda e aparentemente frágil, praticava um desvairado sexo anal, segurando com força a garota pela cintura e penetrando-a sem piedade, quase com violência, não parando nem mesmo quando o orgasmo, quase simultâneo, envolveu os dois corpos, jogando-os numa realidade diferente, mágica, fantástica, surrealista.
Depois de alguns minutos de perplexidade e relaxamento, Alfredo se desencaixou dela e caiu na areia, respirando com dificuldade e olhando, sem olhar, para o céu escuro, sem estrelas, sem lua.
Dois séculos depois escutou a voz de Diana.

___ Você me arrombou, seu tarado!

Ele sorriu e pensou que era uma pena perder uma garota como Diana e, se aquela era uma despedida, seria o mais excitante e doce adeus da sua vida.
E o mar, como concordando, bramou contra as rochas e estourou várias ondas na areia branca.

5 DIANA E PIERRE

Diana acordou no seu quarto cor de rosa. Pela janela entreaberta entrava toda a luz do sol, rasgando a quase penumbra do recinto. Pensou, com um sorriso maroto, na noite anterior, quando num momento de loucura tinha entregado o melhor de si para Alfredo. Se Pierre, seu namorado, soubesse do seu comportamento certamente mudaria sua opinião sobre ela. Para o garoto Diana era um ser muito próximo da pureza, apesar de já ter provado seus encantos.
Comparou, juntando lembranças, os dois: o velho e o jovem. Pierre, claro, por ser mais jovem levava bastante vantagem na parte física. Era lindo, um jovem apenas saído da adolescência e cheio de vida e vigor. Vestia do jeito que ela gostava, falava sua linguagem, pensava como ela, sonhava as coisas que ela sonhava e era, sobre tudo, bastante meigo e delicado. Bem, naqueles doces momentos do prazer era um pouco egoísta e apressado.
Alfredo, seu velho, já rondava, ou passava?, a barreira dos cinqüenta. Era delicado do seu jeito e tentava ser romântico. Parecia encarar tudo com calma e segurança e pedia dela, na hora do amor, mais que Pierre. Depois, porém, se retraia e quase desaparecia dos seus dias.
Pegou o telefone celular e ligou para Pierre. Ele dormia, demorou para atender. Perguntou para o garoto se podiam se encontrar. Marcaram o horário: ela iria até a casa dele, pois os pais estavam viajando. Não dava para perder aquela oportunidade.
O dia já tinha esquentado quando chegou na casa de Pierre. Ele estava só de calção, preparando um suco que, segundo ele, era fantástico. Diana bebeu um pouco, sem muito entusiasmo, e depois se convidou para dar um mergulho na piscina.
___ Eu não fiz o tratamento ainda – desculpou-se Pierre

___ Então vamos dar um mergulho na banheira dos teus pais – propôs a garota e, sem esperar resposta, caminhou até o quarto dos donos da casa.

Pierre foi atrás, juntando as peças que a maluca da sua namorada ia jogando pelo caminho. Quando chegou na suite dos pais ela já estava só de calcinha, abrindo as torneiras e mexendo nos sais da mãe.

___ Você é muito doida – falou Pierre. Ela não o deixou continuar. Procurou os braços do rapaz, a boca com gosto de suco de sabor indefinido. Seus seios apertavam-se contra o peito dele. Tinha acordado com uma vontade louca de fazer amor, de ser possuída.


___ Acho que vou dispensar a banheira – sussurrou no ouvido dele -. Estou pegando fogo, amor!
Com a mão comprovou que ele também estava entrando em combustão. Baixou o calção com um movimento rápido e seguro, deixou o sexo jovem e rígido exposto, pronto para ser beijado, mordido, usado.
___ Eu gosto dele... – falou e introduziu-o todo na boca.
___ Doida! – gemeu ele e afundou as mãos no cabelo perfumado da garota.

Ela brincou bastante com Pierre, sem deixar que o gozo chegasse, controlando perfeitamente a situação. Quando percebeu que o garoto estava no seu limite, carinhosamente empurrou-o até a cama e, sem sequer retirar a colcha, sentou sobre aquele falo desejado. Apoiando as mãos no peito do namorado, dominando totalmente a situação, Diana mexeu com maestria seu corpo febril, demorando o prazer, buscando a explosão gloriosa e única, o torvelinho que confundiria seus pensamentos e traria a satisfação para seu corpo sedento. Pierre, completamente transtornado pelo prazer, não resistiu, mexeu-se energicamente, girou e conseguiu ficar por cima, apesar dos protestos de Diana. Perfeitamente cravado no meio das pernas receptivas da namorada, Pierre entrou e saiu quase com fúria, alcançando em minutos o gozo final.
___ Não! – gemia Diana, enquanto tentava aproveitar a rigidez do membro para alcançar seu prazer.
Pierre pulou da cama, preocupado com uma possível mancha na colcha. Ela ficou ali, as pernas separadas, esperando o falo total que calmasse sua sede, que acabasse com sua cordura e a transformasse definitivamente em mulher. Repentinamente, e apesar do calor do ambiente, sentiu frio. Encolheu-se na posição fetal e ficou quieta, como se tivesse adormecido.
O garoto voltou com uma esponja na mão e procurou a tal da mancha. Não havia nada. Diana encolheu-se mais, protegendo os seios e o sexo com braços e mãos. Um bafo cálido de sonho mordeu sua existência. Adormeceu.
A boca carnuda de Pierre a acordou. Ela sorriu. Gostava dele.
___ Você foi egoísta – recriminou-o, sem muita convicção.

___ Vou te retribuir, princesa – falou ele -. Vamos para a banheira.
Foram, mas não ficaram muito tempo dentro dela. Pierre já estava pronto para outro combate e não se fez esperar. Ela pediu para ele sentar no vaso sanitário e veio por cima. Pierre beijava um e outro seio, que, com o movimento suave a compassado da garota, aproximavam-se e afastavam-se da sua boca num ritmo cadenciado e excitante. Diana chegou finalmente ao gozo, emitindo um grito animal, rouco, maravilhoso, que assustou ao garoto. Ficaram grudados por um bom tempo, até que se olharam e começaram a rir. Com excessivo cuidado ela saiu de cima dele. Percebeu, com alegria, que ele ainda estava cheio de desejos. Ela apoiou-se na bancada da pia, olhando para o espelho, separando as pernas, empinando o bumbum e chamando, com seu olhar mais sacana, a Pierre. Ele não entendeu totalmente o que ela queria, mas veio por trás e enfiou prazerosamente seu sexo no sexo feminino. Ela se sentiu preenchida, empinou mais a bunda, levou a mão até seu clitóris, sentiu as mãos firmes do garoto tomando-a pela cintura e entregou-se ao doce embalo do prazer, sem deixar de pensar que Alfredo, com sua fome antiga, teria sido mais ousado e não a pouparia do sexo anal. Porém, no instante seguinte, os seus pensamentos se embaralharam, pois o ritmo de Pierre, buscando seu próprio prazer e o trabalho que ela realizava no seu clitóris, levaram a garota ao delírio total.
O dia tinha começado muito bem.



6 DEPOIS DO JANTAR

Naquela mesma semana, Diana ligou para Alfredo e marcou um encontro. Ele brincou com ela: “ Se não me falha a memória já nos despedimos, garota”. Diana, sem hesitar, respondeu que nunca se deve desprezar uma mulher com vontade de amar.
Alfredo fez tudo diferente naquela noite. Procurou um restaurante discreto e afastado e levou-a para jantar. Aparentemente, naquela noite, ele tinha todo o tempo do mundo e nenhuma pressa. Ele escolheu o cardápio e o vinho, apesar de que Diana não era muito fã da bebida. Preferia um bom suco de laranjas ou refrigerante. Mas acompanhou o homem em tudo, bebendo moderadamente.
Terminaram no mesmo motel de sempre. Ele desligou todas as luzes, exceto as vermelhas e acendeu velas perfumadas por todos os cantos, inclusive perto da banheira de hidromassagem. Ela olhava para tudo, divertida, deitada na cama redonda.
Alfredo tirou a roupa e aproximou-se. Beijou-a com desejo e sem pressa. As línguas se tocavam e brincavam. Diana sentiu o cheiro dele e ficou toda arrepiada. Os cheiros mexiam com ela: a excitação tomava conta do seu ser. Pacientemente, o homem retirou cada peça da vestimenta da garota, deixando-a só de saia e calcinha. Aquela imagem o excitava. Deitou de costas e pediu para Diana vir por cima. O cabelo da garota batia no seu rosto. Os seios pediam sua boca e ele não negou nenhum carinho. Beijou, chupou, mordeu, voltou a beijar com ternura, com paixão, com força, quase com raiva.
Ela gemia e se esfregava contra o corpo masculino. Sentiu que ele separava para um lado sua calcinha e ajeitava o membro no seu sexo. Pronto! Entrava tudo de uma vez, num gesto agressivo e delicioso ao mesmo tempo. Ela gemeu, arfou, procurou apoio e começou um movimento que imitava ao de um pêndulo. Sentava e fugia, entrava e saia, pulava quase sobre aquele membro grosso e firme. O primeiro orgasmo chegou e arrancou da sua garganta um gemido prolongado e rouco. Por um instante ela desabou sobre o peito cabeludo do homem, depois reiniciou o movimento, com mais calma, recebendo profundamente o sexo masculino. Sabia que, naquela posição, dificilmente ele gozava e resolveu tirar o máximo proveito da situação.
Alfredo no se importou, deixou que ela continuasse sobre ele, desfrutando daquele momento de paixão. O que tinha em mente, para aquela noite, com certeza deixaria a garota realmente excitada. Quando ela gozou de novo, agora com um gemido mais fraco, mas com igual intensidade, ele deixou-a cair para o lado. Ela permanecia com a calcinha e a saia, uma saia leve que voava perigosamente quando encontrava uma corrente de ar ou um ventinho mais forte. Alfredo enfiou as mãos por debaixo da saia e tirou a calcinha. Diana, relaxada, sorriu e murmurou algo que ele não entendeu. Ele levantou a saia até a cintura e começou a navegar por aquela região, saboreando a pele fresca e cheirosa da garota. Num instante estava no sexo de Diana que, alucinada, separava cada vez mais as pernas e empurrava a cabeça do homem contra seu sexo.

___ Safado! – gritava – Assim você me deixa louca! Louca!

___ Abre bem, meu amor – murmurou ele, enquanto procurava um pouco de ar.

___ Estou toda aberta, pra ti! – gemia ela, mexendo a cabeça para um lado e para o outro, como se estivesse sendo torturada.
Alfredo beijou, mordiscou, lambeu, apertou, até que ela gritou um “Sim” magnífico e amoleceu todo o corpo.
Ele levantou-se e voltou com algo na mão. Como Diana estava virada para um lado e com os olhos fechados não viu o que era. Alfredo posicionou-se de lado e forçou o corpo da garota para que encostasse no seu. Beijou lentamente aquela boca que o enlouquecia, levantou delicadamente uma perna da garota e penetrou-a com um movimento calculado e firme. Ela se apertou mais contra ele. Estava tudo dentro. Mas ele não se mexeu. Então Diana percebeu um zumbido e algo que vibra encostando no seu anus.
___ O quê...? – quis saber.

___ Relaxa meu amor, relaxa e goza – sussurrou ele.

Alfredo começou a entrar e sair e ela foi se mexendo no seu compasso. Ao mesmo tempo o vibrador abria lentamente o caminho na sua traseira. De repente ele parou e foi empurrando o vibrador. Ela se concentrou naquela sensação. Aquela coisa vibrava e avançava.
___ É enorme! – gemeu ela.

___ Grosso e grande, garotinha – falou ele, no seu ouvido –Tão grande que você não vai resistir. Ele é duas vezes maior que o meu.
___ Bota tudo, meu amor, bota devagar! pediu ela.

Parecia realmente enorme: grosso, grande e duro. Estava alargando tudo e mexendo com todas suas emoções. Ele desligou o vibrador e a coisa não pareceu menor, pelo contrario: parecia crescer dentro dela. Diana suava e mexia devagar o bumbum, tentando agasalhar de uma vez tudo.

De repente, Alfredo parou a penetração e começou a se mexer, entrando e saindo, vigorosamente, arrancando gritinhos da garota. Depois de alguns minutos ele combinou os movimentos e a dupla penetração levou Diana ao êxtases.

___ Mete, desgraçado, mete tudo – gritava, totalmente fora de si – Me rasga, mete que eu agüento tudo. Aaah!, vai, vai, enfia mais, rasga, me rasga, tarado! Me enraba, me come, me raaasga!

Gozaram ao mesmo tempo, gritando os dois, liberando todas suas energias, desmaiando de prazer e felicidade.
Muito tempo depois, quando reagiu, Diana viu que o vibrador não era tão grande assim, mas o fato de não ver o instrumento da sua tortura, tinha mexido com sua imaginação.
Cansados, adormeceram.

7 A NOIVA

Dormiram no motel. Ao amanhecer Alfredo deixou-a perto da sua casa, perguntando-se quais explicações esfarrapadas ela daria aos seus pais.
Recebeu algumas ligações da garota, mas resolveu afastar-se lentamente: aquilo estava se prolongando demais. Passadas algumas semanas ela parou de ligar: cansou.
Dez meses depois, numa noite em que estava sozinho e vendo um programa na tevê, que o deixou totalmente sonolento, o telefone celular tocou insistentemente. Não estava com vontade de falar com ninguém, mas o aparelho não parava de tocar e vibrar. Atendeu. Era Diana. Tinha noticias incríveis e não estava magoada, entendia a atitude dele e não guardava ressentimentos. A grande novidade era que uma semana depois estava celebrando seu casamento com Pierre. Alfredo era um dos convidados e ela esperava que ele fosse e participasse da sua alegria.
Ele foi. A festa, realizada num clube social, estava animada e agradável. Os pais de Pierre e de Diana não tinha economizado: boa decoração, excelente música e melhor comida. Alfredo, inicialmente, ficou um pouco fora de lugar, mas uma senhora simpática aproximou-se e iniciaram uma longa conversa que fluiu até que ela ficou bêbada e, elegantemente, desapareceu de cena. Alfredo achou que ela deveria estar bebendo desde muito cedo, pois a festa estava recém no inicio quando ela começou a trocar e enrolar palavras.
Diana estava radiante, belíssima no seu vestido de noiva. Cumprimentaram-se na chegada e, depois, encontraram-se duas ou três vezes durante a festa. Em determinado momento, Diana percebeu que ele estava sozinho e deu um jeito de aproximar-se.
___ Você está muito linda e feliz – falou ele, quando ela chegou perto.

___ Eu estou muito feliz – sorriu Diana -, nunca pensei que iria gostar tanto de casar.

Ele não respondeu, buscou no olhar da garota algo, uma reação diferente, uma expressão qualquer que desmentisse aquelas palavras. Não encontrou. Ela estava realmente feliz.

___ Posso te dar um beijo de despedida? – perguntou.

___ Você está louco! – riu ela -. Quer acabar com meu casamento antes dele começar?

___ Não, quero que você seja muito feliz ao lado do seu maridinho – respondeu Alfredo -. Porém, agora, neste exato momento estou morrendo de vontade de te dar um beijo. Só um beijo, nada mais.

___ Só um beijo? – hesitou ela -. Um beijinho de despedida?

___ Isso, um simples beijo – afirmou ele.

___ Eu não presto mesmo! – exclamou Diana, sorrindo – Estou louca para receber esse beijo!

Ela olhou ao seu redor. As tias fofoqueiras estavam de olho nela. Pierre brindava e bebia com os amigos, os seus pais pareciam em um outro mundo, os convidados bebiam, comiam, dançavam e se divertiam.

___ As minhas tias estão olhando – falou Diana -. Vou dar uma curva nelas. Você dá um tempo, cuida pra onde eu vou e depois me segue. Olha, malandro, é só um beijinho, tá?

___ Só um beijinho, minha garotinha – sorriu ele.

Diana foi até a mesa ocupada pelas três tias fofoqueiras. Conversou com elas por alguns minutos, fez elas rirem bastante, depois passou rapidamente por outras mesas próximas, foi até onde estava Pierre, deu um beijo longo nele, falou alguma coisa no ouvido e saiu por uma porta lateral.
Alfredo esperou uns minutos, percorreu com o olhar o seu entorno, percebeu que ninguém prestava atenção nele e caminhou até a porta pela qual tinha desaparecido Diana. Apenas entrou ela pegou sua mão. Era um corredor com portas fechadas à direita e à esquerda. Ela já sabia qual estava aberta. Entraram: era uma espécie de escritório muito desorganizado, com um computador, duas mesas e muitos papéis espalhados. Ao fundo uma janela com uma cortina de lona, amarelada pelo tempo.
Diana fechou a porta por dentro e aproximou-se, ofegante.

___ Só um beijinho, meu adorado tarado!- murmurou, apertando-se contra ele e buscando sua boca.

Foi um beijo longo e demorado, com as línguas e os lábios buscando novos movimentos, novos contatos. As mãos de Alfredo trabalhavam buscando um pouco da carne oculta pelo vestido de noiva. Estava difícil: era muito tecido e pouco espaço para o toque, para a caricia. Por cima da roupa ele procurou, e encontrou, o sexo da garota. Era só tocar ali que ela sentia as pernas afrouxarem, o corpo todo vibrar de uma maneira diferente.

___ Me larga, seu safado – protestou ela, separando-se dele –. Sou uma mulher casada!

___ Casada, linda, gostosa, desejável, deslumbrante, maravilhosa – atacou ele, procurando de novo a boca feminina.

Ele conseguiu enfiar uma mão pelo apertado decote, mas não avançou muito: era realmente apertado, empurrando para cima e para frente os dois deliciosos seios, mas complicando qualquer gesto de carinho.

___ Preciso voltar... –gemeu ela.

___ Deita na mesa e levanta o vestido – ordenou ele.

___ Não... não! Você é louco! Eu não posso... – resistiu ela.

___ Não demora! – falou ele, com autoridade -. O tempo é curto.

Enquanto falava, abriu a braguilha e tirou seu sexo para fora, pegou a mão da garota e obrigou-a a pegar aquele instrumento que ela tanto conhecia.

___ Não posso, amor – gemeu ela, enquanto mexia com a mão no sexo dele.

Alfredo não estava disposto a aceitar um não, virou a garota, deitou-a de bruços sobre uma das mesas, levantou o vestido de noiva e descobriu, alvoroçado, que ela estava sem a calcinha.

___ Putinha!- exclamou –. Estava esperando seu macho?

___ Não... não – gemeu ela.

___ Estava sim – concluiu ele, enquanto ajeitava seu sexo no da garota.

Puxou-a bem contra ele e introduziu devagar. Ela gemeu mais forte e se segurou firme na mesa. Sabia que ele viria com tudo e não a pouparia de nada. Alfredo pegou-a pelo púbis, abrindo, ao mesmo tempo, as nádegas da garota. Foi uma penetração profunda. Depois começou a mexer violentamente, sem importar-se com os gritos e gemidos dela.
Ela estava receptiva, pronta para o amor, desejando um falo enorme dentro dela, um homem que a fizesse chorar de prazer. Alfredo não negou nada, foi violento e carinhoso, entrando e saindo rapidamente, arrancando da garota gritos que, se não fosse o som alto da banda, seria escutado em todo o prédio. Ela gozou xingando e gemendo.
Alfredo não lhe deu tempo para reagir. Mantendo-a na mesma posição deu-lhe o que ela mais temia e mais desejava. Como ele não preparou a penetração, ela foi dolorosa, arrancando um grito prolongado e um insulto de Diana.

___ Devagar, seu filho da puta! Devagar!- gritou ela -.

Ele parou um instante, para recuperar o fôlego e afirmar-se sobre suas pernas. Inclinou-se sobre Diana e falou: “Já está tudo dentro, garota, agora é só gozar!”

___ Safado, tarado... tarado! – falava ela, enquanto sentia que o sexo do homem iniciava um movimento apertado de entra e sai. Relaxou um pouco a musculatura e sentiu que ele a penetrava até a alma.

___ Você adora isso, putinha! – exclamou ele, entrando e saindo da garota sem nenhum tipo de cuidado, abrindo-a totalmente com seu falo enlouquecido.

___ Ai, ai, ai – queixava-se ela, sem deixar de abrir-se cada vez mais para aquele tarado que a possuía com tanta paixão e violência – Ai, seu louco, está me rasgando, está me rasgando toda, seu tarado!

Alfredo gozou cravando-se repetidamente nela, mexendo-se com rapidez e violência, usufruindo tudo daquela garota safada. Ficou dentro dela, apoiando-se sobre o corpo de Diana.
Um século, ou alguns minutos, depois voltaram à realidade. Chorosa e feliz ela se abraçou nele.

___ Você acaba comigo, seu louco – falou e beijou a boca do seu carrasco.

Alfredo puxou um lenço branco e deu para que ela se limpasse. Diana, depois de limpar-se, mostrou-lhe o lenço manchado de sêmen e sangue.

___ Viu o que você fez? Mais uma vez me rasgou toda!- falou e devolveu o lenço para o homem, que se limpou com o mesmo lenço, enrolou numa folha de papel e guardou no bolso do casaco.
Trocaram um último beijo, rápido e fogoso. Ela saiu antes, depois de ajeitar um pouco o cabelo e o vestido. Ele ficou no escritório, pensando que tudo aquilo era uma grande loucura.
Sorriu, saiu da sala, passou rápido pelo corredor, abriu a porta, passou pelo salão que fervia no melhor da festa e foi embora, sem olhar para trás.

8 O MESMO MOTEL
Diana encarou com seriedade a sua nova vida, desempenhou com prazer seu papel de mulher casada. Pierre era delicado e agressivo, ao mesmo tempo, e a juventude e a alegria de viver substituía qualquer deficiência, qualquer coisa que pudesse faltar entre eles.
Cultivaram novos amigos e mergulharam num mundo diferente, com mais responsabilidades, a pesar que os pais dos dois ajudavam e praticamente afastavam qualquer preocupação de ordem econômica, exceto quando Diana, consumidora contumaz, resolvia sair de compras e esquecer o mundo.
Alfredo desapareceu da vida da garota. Meses depois do casamento, ela recebeu uma ligação no celular, viu que era ele, mas como estava com Pierre e uns amigos, não quis atender. Depois, envolvida pela vida, esqueceu de ligar e ele não ligou mais.
Dois anos depois do casamento, deu de cara com Alfredo numa loja de roupas íntimas femininas. Os dois se olharam e começaram a rir.
___ O que você está fazendo aqui, Alfredo?
___ Comprando calcinhas – respondeu o homem.
___ Não me diga que você virou...!- perguntou a garota.
___ Bem, você sabe, a idade, essas coisas...- brincou ele.

Largaram tudo e foram tomar um café. Escolheram um cantinho discreto. Conversaram bastante e depois se despediram com um abraço e dois beijos de amigos.
Naquela noite, enquanto Pierre se esforçava para alcançar o prazer, ela gemia, separava as pernas, abraçava o marido e imaginava que estava fazendo o amor com Alfredo, seu velho e querido amante.
Pierre estava dentro dela, mexendo com toda sua energia de jovem, querendo entrar todo para dentro dela, chamando-a de “meu amor”, “meu doce”, “minha vida”. De tanto ir e vir, dentro de Diana, Pierre explodiu num gozo prolongado e barulhento, deixando a mulher decepcionada.
___ Não pude resistir, amor- desculpou-se o marido.
___ Sem estresse, Pierre, depois a gente tenta de novo – acalmou-o ela.
Na manhã seguinte acordou perturbada, excitada, com vontade de explodir num grito diferente, de puro prazer. O marido estava trabalhando, trabalhava meio horário, na empresa do pai, e ela resolvera faltar às aulas da faculdade. Tinha a disposição, então, uma manhã e um pedaço da tarde. Tomou café sem pressa, leu parte do jornal, passeou pelo apartamento, vendo tudo o que tinha para ser feito e sem vontade de fazer, ligou a televisão e comprovou que não só no horário noturno passavam programas chatos.
Cansada de não fazer nada, resolveu tomar sol na sacada. Deitou despreocupada: pelo fato de não ter outro edifício daquele lado de seu prédio, ela conseguia certa privacidade. Nua, deitada num pequeno colchão, forrado com uma toalha de banho colorida, fechou os olhos e começou a divagar. O sol, batendo de leve, mexia com sua imaginação, as mãos procuraram seus pontos mais sensíveis, os dedos foram trabalhando com perfeição e sabedoria e, num instante, ela estava pisando no umbral do prazer, alcançando o orgasmo que tinha fugido na noite anterior. Relaxou, deixou que o sopor tomasse conta do seu corpo. Adormeceu.
Quando acordou, o primeiro pensamento que bateu na sua mente trouxe-lhe a imagem de Alfredo. Decidida, pegou o celular e ligou para ele. Estava trabalhando. Ela perguntou se poderiam se encontrar ainda naquela manhã. Não dava, só depois do almoço, lá pelas duas da tarde.
___ Combinado! - falou ela, entusiasmada -. Te espero as duas e meia, no estacionamento do shopping.
___ ...?
___ Sim, no estacionamento – confirmou, respondendo a alguma pergunta de Alfredo -, não esquece que sou uma mulher casada, não posso andar por aí, dando bandeira, dando motivo para falarem.
Logo depois das duas, ela chegou ao shopping, estacionou perto da entrada pela que, ela supunha, ele entraria. Alfredo foi pontual, cinco minutos antes do horário combinado, o carro dele entrou. Diana fez sinal de luz e ele parou do lado, sorrindo. Imediatamente ela entrou no carro dele e saíram do shopping.
Alfredo, sorrindo, não perguntou nada, simplesmente dirigiu até o motel mais próximo. Ela olhou para ele e, debochada, perguntou:
___ Você não sabe que sou uma mulher casada?
___ Uma mulherzinha casada, deliciosa, gostosa e com tesão.- respondeu ele.
___ Não é bem assim – argumentou ela, enquanto ele estacionava na garagem da suite -, só queria conversar contigo, seu malandro.
___ Existe um lugar mais tranqüilo, agradável e privativo que um quarto de motel, para conversar?
Ele tinha escolhido uma boa suite, com uma pequena salinha, com sofá, poltrona e mesa de centro. Subindo as escadas, estava a cama e, saindo da sala para o lado direito davam de cara com o banheiro e a banheira de hidromassagem.
Alfredo foi até o frigobar e pegou dois energéticos. Serviu e beberam. Diana começou a falar, contou em minutos sua vida nos últimos dois anos, falou que era feliz e que, naquela manhã não sabia o que tinha dado nela. Sentiu uma vontade louca de estar com ele, conversar, abrir-se.
O homem não falou nada. Levantou-se, venceu o espaço que os separava e pegou o rosto dela com as duas mãos.
___ Minha garotinha! – murmurou -. Eu também senti saudades.
Ela não respondeu, simplesmente baixou as pálpebras e deixou que o charme do homem a envolvesse. A boca masculina fechou-se sobre a sua, a língua inquieta abriu caminho, o beijo foi intenso, prolongado, como se não precisassem respirar. Ela adorava aquele coroa!
Quase sem perceber, ela já estava sobre a cama, nua, aberta e receptiva. A boca do homem avançava sobre seu corpo excitado, percorria centímetro a centímetro sua pele, arrancando a música mais deliciosa e sublime: as notas do amor.
Alfredo avançou e seus lábios se perderam no sexo exposto, aberto de Diana.
___ Sim – gemia ela -, sim, assim...
Ele sabia o que fazer com uma mulher. Com os lábios, a língua, os dedos, o queixo e o nariz, fez ela gozar até ficar rouca e relaxada, totalmente entregue. Quando ela suplicava para ele parar, Alfredo entrou devagar e firme dentro dela. Num movimento rápido, girou junto com Diana e fez com que ela ficasse por cima. Ela estava tão mole que nem se mexeu. Ele queria prolongar ao máximo aquele momento, não queria gozar logo, por isso não se importou com a moleza da garota, começou a mexer-se ritmicamente, penetrando fundo e devagar. Ela pareceu reagir e buscou a boca do homem, ele girou novamente e ficou sobre ela, separando totalmente suas pernas, abrindo-a, expondo ao máximo sua intimidade. Começou, então, uma penetração rápida, vigorosa, pegando a garota pela cintura, apoiando-se nos joelhos, levantando o corpo dela como se fosse uma pena.
___ Goza, amor!- pedia ela – Goza, por favor!
O sexo do homem entrava cada vez com mais força, com mais rapidez, com mais violência. Ela gritava que não agüentava mais, que ia desmaiar. Alfredo apoiou os cotovelos sobre a cama, jogou parte do seu peso sobre ela, começou um novo movimento, desenhando um círculo, enquanto se afundava profundamente no sexo de Diana.
___ Goza, seu tarado! – gritava ela – Mete tudo e goza!
Ele sentiu que toda a eletricidade do mundo se concentrava no seu corpo, no seu sexo, e uma explosão maravilhosa jogou seu sêmen para dentro dela. O prazer foi intenso, ele caiu sobre ela, amassando-a com seu peso. Depois caiu para um lado e ficou olhando para o espelho no teto, achando engraçado seu corpo, algo fora de forma, contrastando com o corpo esguio, belo, sedutor, de Diana.
___ A bela e a fera – falou baixinho.
___ A garota e o urso tarado – completou ela, mexendo no peito cabeludo dele.
Pouco depois foram tomar banho. Alfredo preparou a banheira, mas na ducha começaram a se tocar e beijar e, ainda molhados voltaram para a cama. Diana, molhada e excitada, sentou sobre o sexo do homem e cavalgou magistralmente, apoiando as mãos no peito dele, mexendo com sabedoria os quadris, aproveitando ao máximo aquele falo cravado nela. Gozou de novo, caindo desmaiada, sobre o homem.
Ele deixou ela se recompor. Ela caiu para um lado e ficou de costas para ele. Alfredo encostou bem nela, seu peito cabeludo pegado nas costas femininas, sua boca mexendo na nuca perfumada, suas coxas encostadas na bunda dela, as mãos trabalhando lenta e pausadamente o corpo de Diana.
___ Nem tenta! – falou ela – Faz tempo que não dou...
___ Está na hora de recomeçar, minha garotinha – disse ele.
___ A última vez você me arrombou – queixou-se ela -, não pude dar para meu marido: doía demais, seu louco!
___ Não tem que dar para ele, mesmo! – afirmou Alfredo – É minha propriedade exclusiva. É só meu.
___ Hoje não, seu louco – falou ela, sem muita convicção.
Alfredo não prestou atenção às últimas palavras dela, estava concentrado no movimento dos seus quadris e no toque do seu sexo no meio das nádegas dela. Lentamente foi envolvendo-a naquele jogo, naquele movimento calculado e excitante. Quando já tinham brincando bastante e as coxas dela estavam babadas pelo líquido que saía do sexo masculino, Alfredo se ajeitou e penetrou o sexo úmido e quente de Diana. Ao mesmo tempo, separava com as mãos as nádegas dela, deixando escorregar, de vez em quando, um dedo para o orifício proibido. Então ele começou a tirar e pincelar com seu sexo toda aquela sensível região, voltando para o sexo que o esperava, penetrando, mexendo com todo o corpo dela e, depois, saindo novamente, pincelando, de cima para baixo, de baixo para cima.
___ Você adora esse rabinho!- exclamou ela, deixando que ele continuasse a brincadeira.
___ Sou louco por ele!- confirmou Alfredo.
A brincadeira continuo, pouco a pouco ela foi se entregando ao inevitável, sabia como tudo terminaria e estava desejando que ele continuasse adiante.
Em determinado momento ele encostou no pequeno e apertado orifício.; com um movimento suave ele introduziu um pouco. Ela gemeu, mas não tentou afastar-se, ao contrário, movimentou-se devagar para atrás, forçando um pouco mais a penetração.
___ Ele parece mais grosso!- espantou-se ela.
___ Está grosso, inchado de tesão por ti – falou ele.
___ Vai devagar, amor, não sei se agüento.
___ Agüenta, sim, minha putinha – disse Alfredo e empurrou um pouco mais.
Aquela coisa grossa e dura estava entrando devagar, ia abrindo caminho, decidida, firme, conquistadora. Doía e ardia, mas ela queria tudo dentro e abriu-se um pouco mais. Sentiu que o sexo do homem alargava tudo e avançava.
___ Entrou tudo? – perguntou, hesitando, sentindo-se dividida, rasgada.
___ Só a metade, garota – disse ele -, mais vai entrar tudo, até o talo, safada!
___ Não dá! – gritou ela – Não vou resistir.
Ele não escutou mais, forçou e foi penetrando devagar mas com firmeza.
___ Aaaaah! – gritou ela.
Alfredo parou. Apertou sem piedade os biquinhos do seio da garota, arrancando gritos e palavrões dela. Com a outra mão alcançou o sexo feminino e começou a mexer no clitóris. O clima começou a ficar mais quente, ela já não reclamava de nada, queria que ele começasse a entrar e sair, com força, com energia, levando-a ao prazer indescritível.
___ Mete tudo, amor – choramingou ela -, mete tudo, vai amor, vai, mete, mete tudo!
___ Vou meter, sua puta! – falou ele e começou a mexer, aumentando o ritmo, entrando e saindo, sentindo que ela envolvia seu sexo, apertando-o cada vez mais.
___ Tira, tira! – pedia ela e, quando ele tirava : Bota, bota, mete, come teu rabo, seu cafajeste.
___ Sente como ele entra, putinha! O corno de teu marido não sabe te comer assim!
___ Me come, amor, me enraba, me come, me rasga toda, seu puto!
Ele aumentou o ritmo, meteu com força, entrou e saiu, cravou sem piedade, arrancando gritos de dor e prazer de Diana. Depois, num instante mágico, gozou com todas suas energias, derramando-se dentro dela. Cravado nela, abraçou-a com carinho. Só então percebeu que ela estava chorando.

9 PIERRE QUE AMA DIANA QUE AMA...
Pierre notou, naquela semana, que Diana estava esquisita. Como se alguma coisa estivesse se apagando dentro dela. Pensou imediatamente no que alguns amigos, mais experientes, tinham lhe falado: “após um ou dois anos, a paixão morre e o amor vai se apagando”. Seria assim?
Diana sempre tinha sido sempre uma garota fogosa, cheia de imaginação, fervendo de desejo e exigindo cada vez mais dele. Mas, repentinamente, começou a encolher-se, a fazer amor sem muita inspiração.
Não tinham grandes problemas: a parte econômica estava estável, principalmente porque o pai de Pierre tinha dinheiro e ajudava muito, cobrindo mensalmente quase todas as contas do casal. Diana, que antes trabalhava num restaurante, agora se dedicava exclusivamente à faculdade, esforçando-se bastante para concluir seu curso de Psicologia. Pierre fazia administração, estava preparando-se para tocar os negócios do pai.
Pierre e Diana gostavam muito um do outro, sobre isso não havia dúvidas. O quê estava acontecendo, então?
A garota também estava preocupada com seu casamento. Após pouco mais de dois anos, num momento de loucura, procurou e se entregou para Alfredo, seu antigo e adorado amante. Alfredo tinha o dobro da sua idade, mas exigia tanto dela na cama, fazia as coisas com tanta segurança e energia, botava tanto carinho em cada gesto, que ela nem se preocupava com o detalhe da idade. Porém, inevitavelmente, após uma extenuante sessão de sexo com Alfredo, comparava o velho com o jovem Pierre.
Seu marido era lindo, jovem, cheio de energia e com muito tesão por ela. O que faltava? Talvez a idade e a sabedoria de Alfredo. Comparando-os, Diana caia num oceano de dúvidas. Se tivesse que escolher não saberia com qual ficar. Adorava o corpo jovem e firme de Pierre, sua pronta disposição para possuí-la, para entrar noite adentro entrando e saindo dela com força e paixão. Gostava do jeito sereno de Alfredo, da sua violência quando era contrariado, da maneira que explorava seu corpo de fêmea faminta por sexo, de como sabia exatamente o que fazer para arrancar de seu corpo as melhores notas do amor.
Já tinha se acostumado a Pierre, já tinha absorvido a idéia de que era uma senhora casada, a pesar de extremamente jovem, quando repentinamente Alfredo reapareceu na sua vida. Agora queria ficar com os dois. Como fazer isso sem levantar suspeitas, sem deixar pistas?
Naquela noite Pierre, depois do jantar, perguntou a queima-roupa se ela não gostava mais dele, se o amor tinha acabado.
___ Que é isso, meu amor!?- perguntou ela, respondendo -. Eu te adoro, você é o homem dos meus sonhos.
___ Não parece, Diana – falou ele -. Nos últimos dias você tem me evitado, parece que não quer mais a coisa...
Ela sorriu e aproximou-se dele. Pierre permaneceu sentado na cabeceira da mesa. Ela chegou perto, entrou debaixo da mesa e foi direto na braguilha dele.
___ Eu adoro a coisa!- exclamou enquanto mexia na braguilha e deixava exposto o sexo, ainda adormecido, de Pierre.
Com delicadeza ela brincou com aquele bichinho que começava a acordar. Usou os lábios, os dentes, a língua, os dedos, as bochechas e o cabelo, para acordar o adormecido e deixá-lo a ponto de bala. Pierre respirava com dificuldade, com os olhos fechados, segurando a cabeça de Diana com as duas mãos e obrigando-a a aumentar a velocidade dos movimentos. Ela sentia o sexo rígido e nervoso batendo no interior da sua boca, tentando chegar até a garganta: aquele animalzinho estava realmente excitado! Procurou mais espaço ali, debaixo da mesa e entre as pernas do marido, e movimentou-se com energia. Logo, logo, ele explodiu um jato poderoso, que escapou da boca da garota, bateu no seu rosto e colou-se na parte interna da mesa. Ela enfiou de novo na boca e continuou como se Pierre não tive gozado. O sexo do garoto amoleceu um pouco, mas permaneceu pronto para um novo ataque. Diana largou o objeto de seu desejo, saiu de debaixo da mesa, girou a cadeira e Pierre com um movimento rápido, deixou cair sua calcinha, levantou o vestido e encaixou-se sobre as pernas de Pierre. Entrou tudo de uma só vez: ela estava molhada e muito excitada. Cavalgou lentamente aquele falo jovem e rígido, enquanto baixava a parte superior do vestido e deixava os seios expostos.
___ Beija!- ordenou, cavalgando sem parar.
Pierre beijou um e outro, enfiou um quase inteiro na boca, demorou-se nos biquinhos duros e alertas.
___ Morde, morde! – falou ela, quase gritando.
Ele cravou os dentes num dos bicos e ela gritou, sentindo uma mistura de dor e prazer. Aquele grito, os gestos desesperados de Diana, o cavalgar nervoso e rítmico sobre seu sexo, mexeram com Pierre. Pegou a garota pela cintura, levantou-se com dificuldade, jogou no chão pratos, copos, talheres e sentou-a na mesa. Dava certinho para seu jogo de entra e sai. Ela deitou sobre o restante da louça, da comida e dos talheres.
___ Você parece uma vagabunda! – exclamou ele, vendo-a sobre a mesa, exposta, cheia de luxuria, pronta para receber seu macho.
___ Eu sou uma puta! – gritou ela, gemendo quando ele se cravou com força nela.
___ Puta? – perguntou ele, sem esperar resposta, socando com mais força, querendo chegar até o mais profundo da sua mulher.
___ Sou puta, sou puta! – gritava ela, separando as pernas e abrindo-se para aquele instrumento que a torturava e a enlouquecia de prazer.
___ Toma então, piranha! – socava ele, sem piedade, arrancando dela gritos de puro tesão, as mãos cravadas na cintura feminina.
Gozaram quase ao mesmo tempo. Pierre caiu para trás e sentou na cadeira, ela ficou ali, na mesa, as pernas obscenamente separadas, o sêmen escorrendo por uma delas, os seios para fora, o cabelo revolto e os olhos fechados. Naquele preciso instante ela pensou em como seria bom que outro homem, Alfredo quiçá, entrasse dentro dela e buscasse outros gritos de prazer. Quando percebeu o que estava pensando, estremeceu-se e pensou se não estaria ficando louca ou ninfomaníaca.


10 ATO FINAL?

Durante muitos meses, Diana foi martelada pela aquela idéia maluca: reunir num só lugar o marido e o amante, fazer amor com os dois, entregar-se totalmente a aquela loucura total.
Abriu o jogo com Alfredo, mais velho, mais experiente. Ele não gostou muito da proposta. Preferia fazer com a garota e com uma amiga dela, alguém que ela gostasse muito, com a qual tivesse muita intimidade. Diana afirmou que poderia ser feito em outra ocasião, mas que naquele momento a fantasia era dela e queria que se transformasse em realidade. Alfredo deixou a resposta no ar, mas ela entendeu que ele toparia.
Com o Pierre, o marido, o assunto era mais difícil. Em algumas sondagens ela tentou descobrir o quê ele pensava sobre esse tipo de encontro. Induziu algumas situações, procurou na Internet alguns relatos que falavam de encontros desse tipo. Pierre, assim como Alfredo, deu a entender que se fosse com ela e outra mulher, não teria nenhum problema, seria fantástico. Porém, com outro homem na jogada...
Diana não desistiu. Pouco a pouco convenceu Alfredo e foi mencionando, para Pierre, a existência de um “tio” afastado, em realidade um amigo, que estaria voltando para a cidade e iria jantar com eles. Pierre ficou meio desconfiando, mas olhando nos olhos claros e sinceros de Diana, afastou qualquer dúvida. Depois lembrou que o tal amigo tinha estado no casamento deles, sumindo, misteriosamente e sem se despedir, no meio da festa.
Preparado o terreno, Diana marcou o jantar para um sábado pela noite. Seria no apartamento deles. Ela se encarregou de organizar tudo. Como não cozinhava muito bem, contratou os serviços de uma senhora do bairro, que era excelente cozinheira.
A excitação tinha tomado conta do seu ser. Aquilo era algo extraordinário para ela.
Alfredo chegou no horário marcado. Tomaram uns aperitivos, conversaram bastante e ela percebeu que, pouco a pouco, Pierre ia se liberando e tratava Alfredo como um velho amigo. Ele nem desconfiava dos planos da sua mulher.
Jantaram sem pressa, beberam um bom vinho e depois tomaram café e licores. A conversa, lentamente, foi derivando para o sexo, para as loucuras que aconteciam no mundo, quando homens e mulheres decidiam mergulhar no sexo, sem respeitar limites. Pierre parecia um careta, defendendo certas normas que, para ele, deveriam ser eternas. Alfredo argumentava que tudo se transformava, as culturas, também.
Diana quis queimar etapas e começou a contar anedotas, verdadeiras ou inventadas, de amigas ou conhecidas. Mas, para sua decepção, a noitada não deu em nada. Pierre mostrou sinais de cansaço e deu a entender que tinham um compromisso, com a família, no dia seguinte. Quando ele foi até o banheiro, Diana olhou, desiludida, para Alfredo. Ele falou que deveriam dar tempo ao tempo e deu-lhe um beijo de língua na boca deliciosa.
___ Tudo o que desejar, vai conseguir, gatinha! – sussurrou na orelha dela, antes de que Pierre voltasse.
A noite terminou sem que as coisas acontecessem como Diana tinha planejado. Quando mais tarde, o marido a procurou, ela mostrou-se carinhosa e, ao mesmo tempo, distante. Fez o amor como se fosse uma burocrata: sem muito entusiasmo.
Tempo depois, já quase desistindo da idéia, mas sem deixar de dividir seu corpo e seu desejo com os dois, amante e marido, Pierre chegou feliz e disposto: tinha encontrado uma amiga da infância, almoçaram juntos e marcaram uma janta para alguns dias depois. Ela, com seu sexto sentido, percebeu que havia algo mais naquilo tudo. Durante dias foi forçando o assunto, buscando decifrar o pensamento do marido. Até que ele, num dia que beberam um pouco demais, abriu o jogo: gostava da Jane e, se Diana aceitasse, gostaria de traze-la para a cama e “brincar” com as duas. Ela fingiu estar ofendida.
___ Então, eu não dou conta do recado? – perguntou, fazendo seu melhor olhar de raiva.
___ Não é isso, meu amor – defendeu-se Pierre -. Somos jovens, temos a cabeça arejada, devemos provar novas coisas, abrir novos caminhos que fortaleçam nossa relação.
Ela não discutiu. Silenciosa, pensava como ampliar o campo da discussão, levando para o assunto que lhe interessava.
Naquela noite, Pierre esteve brilhante, fez dela uma boneca, brincando com seu corpo, provocando prolongados e ruidosos orgasmo na sua mulher. Em realidade ele já estava pensando no corpo dourado de Jane, nas pernas longas e perfeitas, na boca carnuda, nos peitos duros e médios, cheios de tesão.
Um dia, enquanto conversavam, Diana, descaradamente, introduziu sua proposta: topava um encontro com Jane se Pierre aceitasse um encontro com Alfredo.
___ Com quem? – surpreendeu-se ele.
___ Com nosso amigo Alfredo – repetiu Diana.
___ Mas... ele é um velho! – exclamou o marido.
___ Tudo bem, mas ele deve saber das coisas. – argumentou ela-. Você não vai querer chamar algum boboca amigo seu!
___ Por que não, Diana? – quis saber Pierre.
___ Pensa comigo, meu amor: eles são amigos de muito tempo, falam demais e não sinto nada por eles, nenhum deles me atraia sexualmente. Será que depois terei que deitar com todos eles, para ficarem quietos? Não é isso que eu quero. Alfredo é um homem discreto, velho é verdade, mas deve saber o que eu estou querendo. Depois, deve ser alguém mais velho e mais feio que você, assim não corro o risco de me apaixonar!
___ Olha só – falou o marido -, algo me diz que você está cozinhando essa idéia faz muito tempo.
Continuaram falando sobre o possível encontro e, finalmente, chegaram a um acordo: convidariam Alfredo para um jantar e veriam o que iria acontecer. Depois, seria a vez de convidar Jane, sempre e quando tudo funcionara bem no primeiro encontro e nenhum deles se sentisse mal, agredido ou frustrado. O acordo foi totalmente conduzido por Diana, que, a partir daquele momento, não cabia dentro de si, de tão excitada que estava.
Uma semana depois aconteceu o jantar. Pierre estava muito tenso e Diana chegou a pensar que tudo iria por água abaixo. Porém, depois dos aperitivos, do jantar, do vinho e do licor, o rapaz se soltou e estava mais receptivo. Diana modificou o ambiente: diminui luzes, acendeu algumas velas, colocou uma música lenta para dançar. Nenhum deles tocavam no assunto, mas todos sabiam o que iria acontecer ali.
Decidida, Diana, chamou Alfredo para dançar. Pierre ficou com uma cara de bobo, olhando para os dois. Ela colou no amante, sem pudor, oferecendo-se num abraço indecente. No meio da música a mão da garota alisava, por cima das calças, o membro duro de Alfredo. Ele mordiscava, de leve, sua orelha e murmurava palavras que só ela podia entender e que a excitavam profundamente.
Sem se mexer do sofá, Pierre viu como Alfredo enfiava uma mão debaixo da blusa de Diana, segurando-a firme com a outra, como a beijava, enfiando a língua na boca da sua mulher, perdendo o ritmo da música, esfregando-se contra ela. Quando a canção terminou, Diana se separou do amante e puxou Pierre para dançar.
Foi a vez de Alfredo ver o trabalho de Pierre, mexendo com estudada lentidão no corpo de Diana. Não resistiu muito tempo, caminhou até eles, encostou na garota por trás, colando na bundinha gostosa, passando as mãos pela cintura e chegando, com as duas mãos, até o púbis dela.
Diana gemeu de tesão e beijou com força a boca do marido, que mexia nos seus seios, liberando-os para os lábios ávidos. Ela nem percebeu como, mas em poucos minutos estava quase nua: só de calcinha e com um colar que Pierre tinha lhe dado no seu aniversário. Eles permaneciam vestidos. Ela virou-se para Alfredo e começou a abrir sua camisa. Enquanto isso, o marido ficava nu e baixava sua calcinha, deixando-a totalmente nua. Alfredo permanecia quieto, deixando-a fazer. Ela tirou a camisa do amante, cravo os dentes nos mamilos do homem, desceu até o umbigo, soltou a cinta, tirou sem pressa a calça do homem, os sapatos, as meias e deixou-o só com a cueca samba-canção. Pegou o sexo de Alfredo e, de joelho, enfiou lentamente na boca, iniciando um delicioso trabalho de degustação.
Pierre, impaciente, a empurrou-a um pouco para, acomodando-se, meter por trás. Ela levantou um pouco a bunda e ele meteu, de uma só vez, no sexo úmido e quente da sua mulher. Ela deixou ele entrar e sair algumas vezes e depois, por temor de que ele gozasse logo, propôs que passassem para o dormitório.
Lá, ela sentou o amante, já nu, na beira da cama, separando bem as suas pernas, colocou umas almofadas no chão, ajoelhou-se sobre elas, empinou bem a bunda para que Pierre fizesse seu trabalho sem problemas e dedicou-se a chupar com prazer o membro de Alfredo.
O marido, comodamente instalado sobre outras almofadas, entrava e saía do sexo de Diana, cravando com raiva e tesão. Segurava-a pela cintura e metia sem piedade, arrancando gritos afogados, pelo que tinha na boca, da garota safada. Gozou logo, excitado pela situação, vendo sua mulherzinha adorada grudada na vara de outro macho. Permaneceu dentro dela, esperando que Alfredo gozasse, mas ele permanecia firme, sem dar sinais de gozar.
Quando Diana percebeu que ele estava ficando fora do jogo, parou de trabalhar no sexo do seu amante, fez Pierre deitar na cama e começou a sugar o sexo do marido. Sabia que ele logo estaria pronto para outra investida. Alfredo, sem perder tempo, enfiou três dedos nela, cortando-lhe o fôlego. Começou a mexer energicamente os dedos, entrando e saindo dela, enquanto, com o polegar, mexia de vez em quando no seu rabo. Ela teve seu primeiro orgasmo assim, chupando o marido e recebendo os dedos grossos e sábios do amante no sexo ardente.
Pierre ficou pronto e ela sentou na vara do marido, mexendo com os quadris, passando de um orgasmo ao outro, iniciando uma cadeia de orgasmo que faziam com que ela perdesse a noção de tudo.
Alfredo, para não perder o embalo, beijava e mordia os seios da garota, que pulava sobre o sexo do marido, como se estivesse possuída.
Ela gozou mais uma vez e caiu sobre Pierre. Os dois ficaram abraçados, enquanto Alfredo lhe beijava as costas e passava a mão pela bunda e pelas pernas.
Diana saiu do sexo ainda duro do marido e dedicou-se a sugar novamente, acomodando-se entre as pernas dele e levantando bem os quadris, insinuando-se para Alfredo. Ele não se fez de rogado.; de joelhos, posicionou-se atrás dela, lubrificou bem o buraquinho e meteu devagar, percebendo a louca excitação da garota. Ele foi devagar e firme, enterrando tudo, parando um pouco para ela sentir quanto ele estava cravado, depois começou a mexer, aumentando gradativamente a velocidade, enlouquecendo-a.
Pierre percebeu o que estava acontecendo e, entre excitado e ciumento, segurou com força a cabeça dela, obrigando-a a engolir todo o seu sexo, gritando palavrões e xingando-a .
___ Chupa, puta, chupa –gritava -. Chupa e leva no rabo, sua vadia. Era isso que você queria? Era isso? Agora agüenta, safada. Chupa, chupa com vontade! Vai, putinha, vai, assim, isso, mais, mais, chupa, aaaaah....!
Ele gozou, mas Diana, concentrada no acontecia na sua traseira, não soltou o sexo do marido, engoliu o sêmen e continuou chupando, enquanto Alfredo metia sem piedade.
Pierre fechou os olhos e soltou a cabeça de Diana, desfrutando daquela boca insaciável, que procurava no seu sexo o que já não tinha.
Escutava a voz rouca de Alfredo, pedindo, ordenando, coordenando os movimentos da sua mulher.
___ Abre esse rabo, garota! – gritava o homem -. Abre que quero meter mais! Mexe essa bunda, putinha, mexe, sente o pau entrando, te rasgando.
Ela tirou da boca o membro do marido e, segurando-o com a mão direita e continuando a masturbação, apoiou o rosto no púbis dele, procurando com a outra mão o seu clitóris. Masturbava o marido, mexia com energia no seu clitóris e sentia a penetração agressiva, constante, enérgica de seu amante, rasgando-a .
___ Sente como ele entra, putinha – gritava Alfredo.
___ Mete, mete tudo! – pedia ela – Enterra esse caralho, me rasga, me raasga que vou gozaaaaaaaaaar....!
Quando ela voltou a si, estava no meio dos seus dois homens. Teve a vaga noção de que Alfredo tinha gozado ao mesmo tempo, mas não tinha certeza disso. Só quando levou a mão entre suas pernas percebeu que ele tinha gozado também.
Levantou-se, foi até o banheiro, tomou um banho demorado, excitando-se novamente ao passar o sabão pela vagina. Demorou bastante debaixo da ducha. Sua cabeça era uma confusão de pensamentos: medo e excitação se misturavam. Que iria passar a partir daquele momento? Como iria reagir seu marido? Será que sentiria ciúme no dia seguinte? Será que Alfredo tinha gostado?
Olhando-se no espelho, sorriu e percebeu que era uma mulher feliz, realizando seus desejos. Secou-se com calma, colocou um baby-doll excitante e voltou para o dormitório. O que viu quase a fez desmaiar: Alfredo, firmemente instalado sobre seu marido, entrava e saía do rabo do Pierre, que gemia feito mulher, abrindo as nádegas com as mãos, levantando-as e empurrando para cima, para receber mais profundamente aquele falo grosso e duro, que o fazia delirar e esquecer quem era e onde estava.

11 OUTRA MULHER NA VIDA DE ALFREDO

Alfredo, um pouco assustado pelos acontecimentos daquela noite, quando Diana, o marido dela e ele tinha feito loucuras, embalados pela paixão e a bebida, decidiu afastar-se do casal. Diana também não o procurou e ele resolveu tocar sua vida, seguindo a mesma rotina de sempre.
Semanas depois conheceu, num jantar que misturava trabalho com lazer, uma mulher muito interessante. Chamava-se Cristiane e tinha um olhar que derrubava qualquer resistência. Terminaram a noite num bar, bebendo whisky com gelo e falando sobre tudo, sem dizer nada. Alfredo acreditou que ela já estava prontinha para o amor, mas, no momento decisivo, ela recuo, falou que já era tarde, deu seu cartão de visitas e, sem dar tempo para que o homem tentasse qualquer coisa, saiu do bar e pegou um taxi, que parecia estar esperando por ela.
No dia seguinte, depois do almoço, Alfredo ligou. Ela foi gentil, mas falou que não poderia atender, pois estava numa reunião de trabalho. Quando ele ligou, mais tarde, ela não atendeu.
Dois dias depois, ela ligou. Marcaram um jantar num restaurante que os dois conheciam. Alfredo, já sem paciência para encarar todo um longo processo de sedução, foi ao encontro sem muitas esperanças.
Jantaram tranqüilamente, beberam vinho e licores na hora do café. Conversaram bastante e Alfredo foi descobrindo detalhes da vida daquela mulher, que começava a mexer com ele.
___ Já é tarde – falou Cristiane, depois de saborear o café -. Amanhã trabalho e tenho algumas coisas importantes para resolver.
___ Só que hoje, você não vai fugir! – exclamou Alfredo -. Vamos no meu carro.
___ Não, Alfredo. Eu pego um táxi.
___ Negativo, você vai comigo! – falou com firmeza o homem.

Ela não morava muito longe. Alfredo estacionou na frente do edifício e, num gesto rápido, pegou o rosto dela com as duas mãos e beijou carinhosamente aquela boca carnuda. Ela não resistiu, separou os lábios e recebeu a boca masculina, correspondendo completamente ao beijo.
___ Você é muito rápido!- comentou ela, depois que recuperou o fôlego.
Alfredo não comentou nada, simplesmente sorriu. Ela iniciou o movimento para sair do carro, soltando o cinto de segurança e abrindo a porta. Ele, noutro movimento rápido, foi para cima dela, sem permitir que reagisse. O beijo foi mais prolongado e intenso, as línguas dialogaram livremente, enquanto as mãos de Alfredo foram buscando os caminhos que levavam até a carne deliciosa da mulher. Enquanto seus lábios permaneciam unidos, a mão esquerda dele avançou sob o vestido, percorreu parte das coxas e chegou na calcinha já umedecida. A outra mão, envolvendo o pescoço de Cristiane, mantinha a mulher colada nele. Quando ela sentiu os dedos masculinos trabalhando no seu sexo, com delicadeza e determinação, sentiu que começa a amolecer, a entregar-se a aquele homem que transpirava paixão e desejo.
___ Vamos subir – propôs ela, com um fio de voz, tremendo que nem vara verde, sentindo que o primeiro orgasmo, produzido pela mão experta de Alfredo, aproximava-se em louca carreira.
Ele se fez de surdo e continuo mexendo no sexo dela. Com a outra mão procurou e liberou um seio: redondo, cheio, duro, com o biquinho ereto, pedindo aos gritos que sua boca o tocasse. Encheu a boca com aquele peito maravilhoso, sem deixar de estocar o sexo da mulher com dois dedos, imitando os movimentos que pretendia fazer mais tarde, quando a penetrasse. Ela gemeu mais forte quando ele cravou os dedos sem piedade e beijou com força seu seio. Depois, com o polegar e sem tirar os outros dedos de dentro dela, começou a mexer no clitóris. Num instante ela soltou os cavalos do seu orgasmo, que correram enlouquecidos por um campo maravilhoso, arrancando dos seus lábios todos os gritos contidos, todos os gritos imaginados e reprimidos.
Momentos depois ela recuperou-se, afastou-se um pouco, arrumou o vestido, escondeu o seio e sorriu sem jeito.
___ Todo o bairro deve ter escutado – falou, como se estivesse recriminando-se.
Alfredo olhava-a, divertido. Ela estava precisando daquele momento, ela precisava de um macho que despertasse no seu corpo, que arrancasse da sua pele o desejo, o tesão.
___ Vamos tomar outro café? – convidou Cristiane.

Subiram. No elevador Alfredo tentou reiniciar a brincadeira, mas ela afastou-se para um canto. Ele não insistiu. Percebeu que algo não estava funcionando bem e resolveu esperar.
Era um apartamento pequeno, sala, quarto, cozinha e banheiro. Tinha também uma pequena sacada que dava para os fundos do terreno.
Alfredo acomodou-se na sala, mexeu nos CDs dela, escolheu um de uma banda que ele não conhecia, enquanto Cristiane foi realmente preparar um café. Quando ela chegou com a bebida, Alfredo sorriu e, debochado, falou que não era bem aquilo que ele queria beber.
___ Como assim? – fez-se de boba ela.
___ Queria beber da tua boca – respondeu Alfredo, sem intimidar-se com a aparente distancia que Cristiane tentava impor -. Queria beber dos teus seios, do teu sexo...
Ela se engasgou com o café e olhou para ele divertida.
___ Eu já falei, você é muito ligeirinho – comentou ela -. Mas as coisas não são assim, devemos ir devagar, não fica pensando que eu sou uma mulher fácil, que você chega, pega, usa e joga fora!
___ É o mais devagar que eu posso ir e não estou pensando em nada. Só sei que você precisa tanto quanto eu – falou, Alfredo, aproximando-se dela.
___ Alfredo, eu... – tentou falar, mas o homem já tinha fechado sua boca com um beijo apaixonado e quase violento.
Cristiane fechou os olhos e deixou que o homem brincasse com seu corpo. Num instante eles estavam nus. O corpo dela brilhava iluminado pelo abajur da sala. Ele sentou numa cadeira e fez com que ela se cravasse o membro até o talo.
Cristiane gostou da penetração, gemeu alto e murmurou alguma coisa: logo já estava subindo e descendo, firmemente preenchida por aquele falo. Pressionava seus quadris contra as coxas cabeludas, forçando cada vez mais a penetração. Apertando-se contra ele, esfregando os seios naquele peito cabeludo, apoiando-se nas pontas dos pés, iniciou um jogo excitante, enfiando e tirando aquele membro duro e agressivo, procurando o seu prazer, enlouquecendo quando ele chegou e tomou conta de todas as suas células.
Permaneceu abraçada, fundida num abraço suado e gostoso, sentido que o membro dele permanecia rígido, esperando uma nova sessão, outro round.
Sem falar, ela saiu de cima dele e, puxando-o por uma mão, levou-o até o banheiro. Entraram os dois debaixo da ducha. Brincando, debaixo da água morna, ela percebeu que o sexo dele permanecia duro e inchado. Pegou-o entre seus dedos finos e longos e iniciou uma suave massagem. Alfredo procurou sua boca: beijou e mordeu com carinho, depois beijou, lambeu, chupou e mordeu os seios da mulher. Ela apertava o sexo de Alfredo quase com fúria, passando do carinho inicial para carícias mais agressivas.
Com paciência, ele segurou a mão que apertava seu sexo e, apoiando as mãos nos ombros dela, forçou para que ela ficasse de joelhos.
___ Eu... – quis argumentar Cristiane, mas Alfredo não permitiu: num movimento firme, e calculado, enfiou o sexo na boca dela. O instrumento preencheu o espaço interno e ela não teve mais saída que começar a chupar. Em realidade tinha vontade de morder aquele membro que forçava e invadia sua boca, mas resolveu ser carinhosa.
Alfredo desligou a ducha e concentrou-se no trabalho de Cristiane. Ela sabia das coisas, a pesar de mostrar-se reticente. A língua dela trabalhava com sabedoria, os lábios e, as vezes, os dentes, completavam o excitante jogo. Ela enfiava quase tudo na boca, pressionava com os lábios, mordiscava com carinho a base do falo, depois enfiava tudo outra vez, lambia, chupava, mordia. Alfredo sentiu que não ia resistir e pediu para ela parar. Contrariando o pedido, ela passou uma mão pelas nádegas, enfiando a ponta do dedo indicador no ânus dele e segurando o membro com a outra, para que ele não escapasse da sua boca. Usando a cabeça, empurrou o homem contra os azulejos e aumentou os movimentos, pressionando com força, chupando com vontade e energia. Alfredo não resistiu e, arfando e gemendo, gozou na boca quente e macia de Cristiane. Um mar branco e quente brotou dele e inundou a boca da mulher, que, como se estivesse possuída, gemia e arfava, tentando engolir todo o líquido que brotava do pênis.

12 O ANIVERSÁRIO

Porém, e apesar de tudo, Diana não saía da sua cabeça. As aventuras, os encontros amorosos e definitivamente sexuais que tivera com a garota, marcaram para sempre a vida de Alfredo.
A pesar de sua liberalidade e sua maneira despojada de encarar o mundo, o último encontro com a garota e seu marido Pierre, tinha afetado o equilíbrio emocional do homem.
Mesmo com certos receios, decidiu ligar para Diana. Ela atendeu com a alegria de sempre, foi cordial, mas recusou encontrar-se com ele. “Estou noutra”, alegou ela, “numa bem diferente!”, concluiu com entusiasmo. Depois mandou beijinhos e abraços e falou que tinha que desligar.
Alfredo não se conformou. Não era possível! Ela sempre tinha corrido ao seu encontro, separando as pernas, suplicando para ser possuída, mordida, beijada, amada. Resolveu, então, aproximar-se da garota, vigiando seus passos de longe. Assim começou a rondar a faculdade onde ela estudava, o supermercado onde ela comprava, os lugares onde ela costumava divertir-se. Poucos dias bastaram para descobrir no que andava a garota. Outra menina, tão linda quanto ela, andava sempre com ela e, pelo que pode perceber Alfredo, até dormia no apartamento de Diana e Pierre.
Um dia seguiu-as até o shopping. Forçou, na praça de alimentação, um encontro. Elas estavam devorando comida chinesa, como se tivesse toda a fome do mundo. Diana pulou da cadeira quando enxergou Alfredo, abraçou-o efusivamente, depois obrigou o homem a sentar e conversar.
A outra menina se chamava Patrícia, “mas todos me dizem Patty”, esclareceu ela. Alfredo não estava com fome, mesmo assim foi até o balcão quente, serviu-se um pouco de cada coisa e pediu uma cerveja. Voltou rapidamente para junto das garotas, não queria perder um minuto, não queria perder a ponte que Diana tinha tendido entre eles.
Conversaram bastante. Descaradamente, Alfredo jogou seu charme sobre Patty, que era realmente bonita e parecia deslumbrada com tudo: com a vida, com o shopping, com o encontro.
Diana, que sempre foi ciumenta, acusou o impacto e, repentinamente, lembrou que tinha um compromisso, isto é: elas duas tinham. Patty fez cara de quem não entendia, mas levantou, beijou duas vezes o rosto de Alfredo, que aproveitou para tocar com os lábios as orelhas da garota e sorriu, meio sem jeito. Diana ficou um pouco para atrás, esperando que eles se despedissem, depois aproximou-se do homem, beijou-o duas vezes, também, mas apertou-se contra ele, murmurando baixinho: “Estou com saudades”!
Naquela mesma noite, Alfredo recebeu uma ligação de Diana, falando de tudo sem dizer nada, um pouco confusa, um tanto insegura.
___ Pensei que tinha te esquecido – argumentava ela -, mas te vi e tremi na base. Estou muita confusa: gosto do meu marido e... bem, sabe a Patty?, eu gosto dela também...

___ Como assim? – quis saber Alfredo.

___ Gosto dela, a gente... está tendo um caso – explicou Diana.

___ Você não tem jeito, garota! – exclamou Alfredo -. E o teu marido? Não diz nada?
___ Bem... ele não sabe – respondeu ela -. Depois do nosso encontro aquele, você sabe qual, as coisas ficaram um pouco complicadas. Ele não conseguia entender nem aceitar como tinha ido tão longe. Sabe?... Você quase acabou com meu casamento, Alfredo.

___ Eu só segui o movimento das águas e fui até onde elas me levaram.

___ É, mas você poderia ter poupado o Pierre... Ele é muito imaturo ainda. Ah!, deixa prá lá! Agora está tudo bem... Principalmente porque eu realizo minhas fantasias com Patty e ele nem desconfia.

___ Diana: quando a gente vai se ver?

___ Não sei, Alfredo! Tenho medo!

___ Medo do quê, menina?

___ De ficar louca, doida, tarada por você, de novo. Acho que se isso acontecer, o Pierre vai me dar um chute na bunda!

___ Ninguém precisa saber, garotinha.

___ Olha: semana que vem é o aniversário da Patty. Estamos planejando uma festinha. Eu vou falar com o Pierre, se ele não achar ruim, eu te convido. Tá? Mas é só um festa de aniversário, nada mais.

___ Está bem, espero tua ligação, Diana.

Dias depois ela ligou novamente e convidou Alfredo para a festa que fariam em homenagem à Patrícia. Ele foi. Quando chegou lá, sentiu-se como um peixe fora d’água. Todos eram muito jovens, todos conhecidos, a maioria companheiros da faculdade. Diana estava radiante e muito bonita, vestida com uma saia muito curta e uma blusa solta, quase transparente, deixando suas costas nuas e mostrando, dependendo do movimento, a base dos belos seios. Por outro lado, o decote também era revelador.
Patty, com sua beleza discreta, não ficava para atrás, Todos os machos da festa estavam de olho nelas.
Pierre começou a beber cedo, misturando caipirinha com cerveja e, talvez, com alguma outra coisa. Ele não estava a vontade, a presença de Alfredo, talvez, era o motivo do desconforto. Na metade da festa já não falava coisa com coisa. Discretamente, Diana levou-o para a cama e, repentinamente, sentiu-se livre para festejar e divertir-se.
Alfredo deu um jeito de aproximar-se de Patty. A garota corria a todo instante para a cozinha, trazendo de lá bebidas e comida. Ele cuidou e, quando ela foi até lá novamente, foi atrás. Ofereceu-se para preparar as caipirinhas.
___ Você é convidado, Alfredo – sorriu ela.

___ Eu sou da casa – respondeu o homem.

Na cozinha, que não era muito grande, os seus corpos se tocavam quase que obrigatoriamente. Alfredo aproveitava e sacava o máximo proveito dos encontros, dos toques. Em determinado momento, e depois de preparar muitas caipiras, servir muitos marmanjos, tirar e colocar cerveja da geladeira, Patty e Alfredo já pareciam íntimos. Em determinado momento, Diana que, misteriosamente, estava desaparecida da festa, entrou na cozinha e viu Patty, já um pouco alta, abraçando-se a Alfredo e rindo sem parar.

___ Hey! – exclamou Diana – Vocês já estão aprontando?

___ Estamos trabalhando – respondeu Alfredo -, enquanto você estava perdida na noite...

___ Estava com Pierre. Ele bebeu demais e não passou bem. Agora está dormindo.

___ Não sei, não – falou Patty -. Você está com uma carinha de safada!

Diana riu, entre divertida e incomodada, e saiu da cozinha.

Lá pela meia noite a festa perdeu força e os últimos convidados resolveram esticar a noite em alguma discoteca. Diana e Patty se desculparam e falaram que tinham que levantar cedo no outro dia, por isso não iriam.
No final restaram Diana, Patty e Alfredo, pois Pierre tinha caído num pesado sono, depois de vomitar até a alma.
Alfredo procurou uma música lenta e romântica, apagou algumas luzes e convidou Patty para dançar. Diana, com cara de brava, juntava garrafas e copos, guardanapos molhados e pratos sujos. Levava tudo para cozinha e jogava, fazendo barulho, na pia.
Os dois dançarinos, submersos num mundo mágico de música, movimentos e toque dos corpos, pareciam ausentes e não percebiam ou não queriam perceber a irritação de Diana. Pouco a pouco Alfredo foi trabalhando com as mãos, com os lábios, com a voz, com o corpo todo, excitando e provocando reações maravilhosas em Patty.
Ela sentia que estava cedendo, que todo seu corpo estava pronto para entregar-se àquele homem. Entregar-se sem limites, sem perguntas, sem reservas.
Diana fez mais uma viagem até a cozinha e voltou decidida a acabar com aquele “esfrega-esfrega” na sala. Quando entrou na habitação não encontrou ninguém. Correu até o quarto da garota. A porta estava apenas encostada. Ela entrou e viu o que tanto temia: sentada na beira da cama, as pernas separadas, a sainha levantada, Patty entregava-se aos lábios sábios, experientes, ousados, de Alfredo. Segurava, como se estivesse aflita, a cabeça do homem, apertando-a contra seu sexo.
___ Sim, sim, sim... – gemia Patty, enquanto deitava sem soltar a cabeça de Alfredo.
Diana, entrou no quarto, fechou a porta e encostou-se nela. De longe via como sua amiga separava cada vez mais as pernas, para que o homem, como um fauno possuído, arremetesse com sua língua, com seus lábios, com seus dentes, com seus dedos, com seu queixo, com seu nariz, levando sua amiga-amante à loucura total O orgasmo chegou violento, estremecendo o corpo jovem, fazendo-o vibrar, dobrar-se, arquear-se e elevar-se para depois cair sobre a cama.
Alfredo não parou, continuou trabalhando no sexo da garota, sentindo como ela gozava, como ela explodia orgasmos magníficos e barulhentos. Dominando-a completamente, ele beijava, mordia, chupava, enfiava a língua, enfiava os dedos e, com premeditação, trabalhava o ânus da garota.
Diana, colada na porta, já totalmente excitada, esperava não sabia bem o quê. Viu como Alfredo, fazendo uma curta pausa no seu trabalho, ficava nu e tirava toda a roupa de Patty.

___ Eu quero mais! – falava ela -. Eu quero mais!

O homem deitou sobre a garota, fazendo com que ela sentisse todo seu peso. Beijou-a com lentidão, aproveitando cada movimento, enquanto se acomodava sobre ela. Quando encontrou a posição certa, incorporou-se um pouco, apoiou-se nos cotovelos e meteu tudo de uma só vez, arrancando um grito de dor da garota.
Diana abriu os olhos, assustada. Sabia que Patty era toda apertadinha, quase não transava com homens e não gostava de usar meios artificiais para alcançar o prazer. Aquela penetração violenta, com certeza, tinha sido dolorosa. Mas viu como a garota gemia e abria-se a medida que Alfredo bombeava, metia, sacava, enterrava, mexia e brincava dentro dela.

___ Mete tudo... tudo... mete mais! – delirava a garota.
Orientada por Alfredo, levantou as pernas, separou-as e as cruzou aprisionando o corpo do homem e forçando uma penetração mais profunda.

___ Aaaasssim ! Isso, mete, crava! – suplicava ela.

Gozou outra vez, escandalosamente, gritando sem parar e chorando. Ficou como se tivesse desmaiado. Alfredo, que já tinha percebido a presença de Diana, saiu de cima de Patty, e caminhou até onde ela estava.
___ Você me trocou... – começou a falar Diana, mas não conseguiu terminar a frase, pois Alfredo fechou sua boca com um beijo apaixonado, molhado, com o gosto do sexo de Patty.
Ele meteu-se entre as pernas da garota, empurrou-a contra a parede e fez ela sentir o seu membro duro, bem encostado na sua gruta. Num instante ela estava nua, com o rosto, as mãos e os seios encostados na parede, o bumbum arrebitado, esperando a penetração alucinada do homem. Ele forçou-a a levantar um pouco mais a bunda, deixando exposto seu sexo, já úmido e receptivo. Penetrou-a com força, jogando-a contra a parede. Ela abafou um grito e empinou mais a bunda, deixando que o homem se servisse a vontade. Ele entrou e saiu com força, repetindo varias vezes o movimento, imprimindo força e velocidade. Quando sentiu que estava prestes a gozar, parou e levou a garota para a cama. Patty, que já estava atenta a tudo, deu o lado para amiga deitar. Olharam-se nos olhos e beijaram-se apaixonadamente, como faziam sempre. A novidade era que agora tinham alguém olhando. Isso as excitava muito.
Alfredo, afastando-se um pouco, deixou-as fazer. Viu como pouco a pouco os corpos femininos se acomodavam, buscando o prazer. A cena era realmente excitante. Diana tomou a iniciativa e ficou por cima da amiga. As bocas, os seios, os sexos, as pernas, os corpos belos e jovens, encontravam-se e cresciam no prazer.
O homem percebeu que estava ficando fora da brincadeira e resolveu agir. Naquele momento, Diana mordia sem piedade os seios de Patty, que reclamava e suplicava. Ele pegou as nádegas de Diana, abriu-as e enfiou a língua. Ela reagiu imediatamente, descendo até o sexo de Patty e enfiando a língua também. Alfredo preparou-se com calma, buscando pontos de apoio. Diana oferecia descaradamente seu bumbum. Como ele se demorava, ela virou e falou: “Come meu rabinho, amor!”
A penetração foi lenta e prazerosa. A pesar de Diana não parar de mover-se, tentando forçar a introdução do membro, Alfredo soube controlar os movimentos, prolongando ao máximo aquele momento. Quando Diana sentiu que o púbis dele encostou nas suas nádegas, gemeu com mais força, abriu-se ainda mais e empurrou suas ancas contra ele. Alfredo foi aumentando a velocidade sem pular estágios, com calma, fazendo com que a garota gemesse de prazer e suplicasse a todo instante que ele cravasse com força. A penetração ficou cada vez mais rápida e violenta. Diana já não conseguia atender os desejos de Patty, que optou por masturbar-se enquanto via como sua amiga era sodomizada. Pegando a garota pela cintura, Alfredo imprimiu mais força e mais velocidade nos seus movimentos: estava buscando o seu prazer. Diana percebeu perfeitamente quando ele começou a gozar e deixou-se levar por um orgasmo eletrizante.
O homem permaneceu dentro dela, mesmo depois de ter gozado e Patty a abraçava, como se a estivesse consolando.
Assim, abraçados e cansados, adormeceram.


13 RAIOS DE SOL BEIJANDO O CORPO DE PATTY.

Os raios do sol, tímidos e recém amanhecidos, entravam pela cortina branca, entreaberta, beijando o corpo formoso de Patty. Encostado nela, pegando um seio com a mão direita, Alfredo acordou sem saber, num primeiro instante, que quarto era aquele e quem era aquela bela mulher.
Amanhecer assim, colado numa linda garota era tudo o que ele podia desejar para começar o dia. As nádegas macias e firmes da garota estavam bem encostadas no seu púbis. Uma forte ereção matinal, alimentada pelo seu desejo de urinar, começou a mexer com o homem. Movimentou-se devagar, esfregando lentamente o peito nas costas da garota e separando um pouco as nádegas que, também, começavam a movimentar-se.
Ela já estava acordada quando Alfredo, carinhosamente, começou a penetra-la. Aquilo era uma delicia! Aquele membro grosso e duro, exigente, mexendo-se lentamente, entrando devagar no seu sexo, as mãos dele trabalhando nos seus seios, no seu sexo.; as suaves mordidas na nuca, a respiração que pouco a pouco se fazia ofegante. Num piscar de olhos ela já estava sendo sacudida por aquele falo doido, que a perfurava sem piedade. Ainda molhada, pela refrega amorosa da noite anterior, Patty sentiu-se como nunca desejada e com vontade de deixar-se amar por aquele homem maduro e tarado.
Com tudo dentro dela, começou a gemer baixinho, preparando-se para o primeiro orgasmo, provocado principalmente pelos dedos ágeis e atrevidos de Alfredo, que mexiam sem nenhum pudor ou medo no seu sexo. Patty contorceu- se um pouco mais, melhorando o ângulo de penetração e sentindo dentro dela todo o poder daquele macho. O orgasmo subiu pelo seu corpo e explodiu no seu cérebro, irrigando-a de felicidade e satisfação.
Alfredo sentiu que a garota tinha gozado, mesmo gemendo baixinho e sem alarde, então, segurando-a pela cintura, imprimiu mais velocidade e força no seu jogo de vaivém, deleitando-se com aquele corpo jovem e sensual. Penetrava com força e sem piedade, sacudindo o corpo da garota, que, quase sem perceber, naufragou noutro orgasmo, que espargiu pela sua pele o brilho do amor e do sexo feito com prazer. Alfredo gozou aferrando-se ao corpo de Patty e cravando os dentes no ombro direito dela. Depois caiu para um lado, suando e respirando com dificuldade. Quando abriu os olhos, encontrou o olhar rancoroso de Pierre, fulminando-o, condenando o prazer que ainda navegava pelo seu corpo.
14 PATTY LIGA PARA ALFREDO
Pierre olhou para os dois e saiu do dormitório. Alfredo deu um beijo em Patty, tomou uma ducha rápida e saiu. Diana ainda o convidou para tomar café, mas ele não tinha gostado do olhar raivoso de Pierre.
Diana ligou naquela tarde, falou que tinha se divertido muito e que o marido não tinha percebido nada. Pelo menos não tinha comentado nada. Seu único comentário tinha sido: “ A putinha da Patty amanheceu dando para o velho”. Diana não entendeu muito o comentário do marido, mas Alfredo adivinhou que, num futuro próximo, os problemas cairiam sobre o casal, principalmente se Pierre não abrisse o jogo e falasse o quê estava sentindo.
Alfredo insistiu com a garota para que marcasse um novo encontro, longe do olhar do marido e de Patty. Diana estava dividida, desejava o encontro, mas não queria magoar o marido.
___ Você está ficando careta – falou ele.
___ Não é isso, eu tenho medo que Pierre fique chateado e me bote no olho da rua. Ele não é tão tranqüilo como parece. Às vezes tem uns ataques de raiva que me apavoram.
___ Está bem, garota, não vou insistir. Liga de vez em quando, assim conversamos um pouco.
Quem ligou, semanas depois, foi a Patty. Queria conversar com ele. Marcaram no estacionamento do shopping. Alfredo chegou um pouco antes e ficou olhando para a porta do elevador. Ela chegou logo e subiu rapidamente no carro. Parecia com medo. Alfredo arrancou e levou o carro para o bairro dos motéis.
___ Eu só queria conversar – falou a garota, quando percebeu para onde estavam indo.
___ Tudo bem, eu não conheço um lugar mais reservado, fora meu apartamento, claro. – argumentou Alfredo.
No quarto do motel, ele serviu um refrigerante para ela e abriu uma garrafa de água sem gás, para ele. Patty estava realmente nervosa, disse que estava pensando em mudar-se, que não suportava mais o clima da casa. Pierre estava super agressivo e bastante perturbado: uma noite tinha entrado no quarto dela.
___ Ele não sabe nada do que acontece entre Diana e eu, mas parece que descobriu algo sobre eu e você...
___ Ele entrou no teu dormitório, naquela manhã – informou Alfredo.
___ É, alguma coisa ele falou, naquela noite, quando entrou no meu quarto.
___ O que aconteceu? – quis saber Alfredo.
___ Eu estava dormindo, sempre durmo só de calcinha e uma camiseta bem solta. No meio da noite senti as mãos dele, mexendo nos meus seios, entrando para dentro da minha calcinha. Pulei e fiquei sentada, encostada na cabeceira da cama. “Vai, Patty, deixa eu fazer”, sussurrou ele, insistindo. Eu não queria, até tinha vontade, mas não queria trair a confiança de Diana. Se ela quisesse que eu deitasse com o marido, teria falado alguma coisa. Você não acha? O Pierre não aceitou minha negativa e veio pra cima, me segurou com força e tentou beijar-me. Eu não queria gritar, não queria fazer escândalo, não queria que Diana acordasse e visse aquela cena. Pierre é forte e safado. Me dominou, baixou minha calcinha até os tornozelos e, sem nenhuma preparação enfiou aquela cabeçona dentro da minha coisinha. “Agora mexe devagarinho”, pediu ele e eu só dizia “não, não, não”, mas o meu corpo já estava pedindo sacanagem e, depois da dor inicial, fiquei bem molhada e tinha vontade de que ele metesse tudo de uma vez e um pouco mais. Sabe?, a carne é fraca. Eu resisti mais um pouquinho, só para não parecer tão fácil e depois comecei a mexer devagar, enquanto ele enfiava cada vez mais. Naquele instante eu queria ter os tornozelos livres da calcinha, para poder levantar as pernas e receber aquele bicho nervoso inteirinho, bem lá dentro. Foi nesse momento que ele começou a ficar agressivo, perguntava se você fazia tão bem quanto ele e, como eu não respondia, começou a bater no meu rosto, sem parar de meter e tirar, meter e tirar, sem piedade. “Não bate!”, suplicava eu, mas ele não escutava. Me virou, de bundinha para cima, e começou a bater no meu bumbum com uma cinta de couro. Eu comecei a ficar assustada e gritei. Ele me tapou a boca com uma mão e com a outra dirigiu seu pau para meu buraquinho e meteu de uma vez só. Eu chorava e morria de dor, mas ele não parou até gozar, falando todo o tempo que fazia melhor que você e que eu ia querer todos os dias. Eu quase desmaiei de tanta dor, ele botou em seco, me arrebentou! Fiquei deitada ali, chorando, até que senti as mãos delicadas da Diana. Não quis falar nada, mas ela entendeu tudo. No dia seguinte começou o tormento com Pierre, ele me agride por qualquer coisa e, ontem, escutei os dois discutindo. Ele quer que eu vá embora. Bem, eu estou sem dinheiro, não posso pagar nem uma pensão de estudante, preciso de uns dias, mas ele está muito nervoso e eu não quero passar por outra experiência ruim. Chega de sofrer!
___ Calma, garota! – falou Alfredo – Vamos solucionar teus problemas. Primeiro você faz as malas e sai de lá. Vamos encontrar um lugar legal para você morar. Mas, é importante que você converse com a Diana, ela precisa saber da sua decisão, para que a amizade não morra.
___ Alfredo, você vai me ajudar? – perguntou, angustiada, a garota.
___ Sim, no que for possível. Acredito que resolveremos seus problemas “habitacionais”.
Ela se abraçou ao homem. Ele sentiu todo o calor da garota, colado no seu corpo. Estavam ali, num quarto de motel, suavemente iluminado, abraçados, num momento que misturava amizade com desejo, com dúvidas. Alfredo não queria se aproveitar daquele momento, mas a garota mexia com ele e, numa noite não tão distante, tinha se entregado totalmente a ele.
O homem pegou o rosto da garota e levantou-o até ficar bem perto do seu. Ela sorriu, olho bem nos olhos dele e falou com muita doçura: “ Vamos fazer amor”. Alfredo enterneceu-se. Há muito tempo não escutava alguém falar assim. Todos faziam sexo, ninguém falava em amor. Sorriu e, lentamente, foi livrando-a das roupas. Nua, ela deitou na cama, mexendo-se como uma gatinha, mexendo-se como se estivesse no cio. Quando Alfredo ficou nu, ela percebeu que ele já estava excitado e qual era o tamanho daquele excitação.
___ Minha mãe! – exclamou – Isso tudo entra aqui dentro?
___ Tudo, meu amor – murmurou Alfredo, enquanto separava as pernas femininas e acomodava-se entre elas.
Percorreu o corpo de Patty com sua língua. Usou os dentes e os lábios, os dedos, o peito cabeludo, esfregou-se nela até o cansaço. Beijou, sugou, mordeu, lambeu o sexo da garota, arrancando dela mais de um orgasmo.
Ela choramingava de puro prazer, abria-se cada vez mais para as caricias poderosas do homem. A língua dele explorava seu íntimo, mexia com o vulcão do seu desejo e explodia rios de prazer. Ela já não resistia, tanto prazer poderia levar à loucura!
___ Vem, amor! – suplicava ela, tratando de tirar a cabeça do homem do meio das suas pernas.
Ele continuava firme, explorando o sexo feminino com a língua, enfiando um dois dedos, procurando orifícios para botar e tirar seus dedos grossos.
___ Assim eu morro! – gritava Patty e outro orgasmo magnífico vibra no seu ser, mexia com suas células, esticava e relaxava seus músculos, iluminava e molhava sua pele deliciosa.
Alfredo veio para o beijo.
___ Prova teu sabor, garotinha. – falou num sussurro e beijou a boca carnuda da garota. Depois encostou seu sexo no sexo dela e começou uma lenta e calculada penetração. Ela se desesperava, queria tudo lá dentro, de uma só vez, até o fim. Depois de brincar bastante com a parceira, Alfredo girou e deixou que ela ficasse por cima. Ela se acomodou e sentou no membro do homem, suspirando forte quando entrou tudo. Apoio as mãos no peito de Alfredo e cavalgou com maestria, soltando o corpo, a alma, liberando-se de toda preocupação, centrada, focada, naquele falo que mexia com seu corpo e com sua imaginação. Gozou mais uma vez e caiu sobre o peito dele.
Sem dar trégua, Alfredo girou novamente, ficou por cima, separou bem as pernas dela, abriu o sexo até seu limite máximo, buscou apoio para as mãos e começou a mexer com força, rapidamente, arrancando gritos histéricos da garota, procurando seu gozo. Ejaculou forte, tirando o membro de dentro dela e fazendo que o liquido branco molhasse várias partes do corpo feminino: o púbis, a barriga, um dos seios. Meteu outra vez, aproveitando um pouco mais a rigidez de seu membro, enlouquecendo a garota, que já não conseguia respirar direito. Dentro dela, ele permaneceu, sentido que seus músculos, pouco a pouco, passavam da tensão para o relaxamento.

15 DIANA, PIERRE E PATTY
Quando Patty voltou, Diana convidou-a para “dar uma volta”, beber alguma coisa, conversar. Patty estava cansada, mesmo assim foi com a amiga. Foram a um restaurante da beira mar, praticamente encostado na praia. Sentaram e Diana abriu o jogo. Sabia que Pierre tinha abusado dela, que tinha forçado uma situação e que ela estava muito chateada com tudo aquilo. Diana não queria defender ao marido, mas tentava justificar alguns atos dele, pois não queria perder a companhia da amiga, não queria que ela fosse embora.
___ Bem – falou Patty -, eu estava com Alfredo, dormi com ele num motel e ele prometeu me ajudar...
___ O quê? – espantou-se Diana, exagerando um pouco -. Você está me traindo com o Alfredo?
___ Para com isso, Diana! – defendeu-se Patty – Ele não é seu marido e naquela festa de aniversário entendi que você me liberou para ele e ele para mim...
___ Tá, deixa assim. O que ele prometeu? – quis saber Diana.
___ Vai me ajudar. Você sabe que o clima está muito ruim entre Pierre e eu. Escutei, sem querer, ele falando que queria que eu saísse, fosse embora.
___ Patty, minha linda – interferiu Diana -, Pierre está passando por um momento muito especial.
Diana contou, então, o que aconteceu entre ela, Pierre e Alfredo.; como ela conduziu a situação até fazer amor com os dois, ao mesmo tempo, e como os dois homens acabaram fazendo o amor entre eles, sobrando para Pierre a pior parte. A bebida, a excitação, a loucura e a confusão, tinham levado até aquele ponto. Depois daquela noite muito louca, Pierre não suportava a presença de Alfredo. Diana e Pierre tinha planejado esse encontro “a três”, incluindo Alfredo e depois Jane, uma amiga de infância de Pierre, num segundo momento. Depois que Diana encontrou o marido embaixo de Alfredo, tudo veio água abaixo. Para reconforta-lo ela sugeriu que ele convidasse a Jane para uma festinha particular. Pierre estava tão deprimido que não convidou ou, se convidou, a amiga não aceitou.
___ Mas isso – falou Patty -, não lhe dá o direito de me violentar!
___ Calma, querida! – continuo Diana – Na cabeça dele está se vingando de Alfredo, pois ele viu vocês dois na cama. Eu quero acertar tudo: você, ele e eu vamos viver uma vida feliz, deixando de lado Alfredo e qualquer um que venha destruir nossa felicidade!
___ Diana: você está propondo que a gente vire um super casal? Um casal de três pessoas?
___ Patty, eu te adoro. Eu realmente gosto de você e não quero que vá embora. Eu gosto do meu marido, acho que temos uma vida boa, por que não juntar tudo num só pacote? Tudo bem, o Alfredo fica de fora, mas ele que vá viver a vida dele. Nos somos jovens, livres e poderosos.
___ Isso é uma proposta muito indecente, Diana!
___ Patty – prosseguiu Diana -, eu vou acertar tudo. Só te peço para não sair de casa.
Patty não respondeu nem sim nem não. A sua cabeça, formada na mais tradicional cultura, estava em ebulição. Sua amiga era realmente doida! Aquilo não poderia dar certo.
Nos dias seguintes Diana começou a organizar as coisas para que sua idéia se transformasse em realidade. Conversou muito com Pierre, conversou bastante com Patty e programou uma festa sem convidados: só para eles.
Naquele sábado, depois de uns drinques, Pierre já estava rindo sozinho. Diana colocou música para dançar, diminuiu um pouco a iluminação e provocou os outros dois para dançarem. No meio da terceira canção, eles já estavam se agarrando, gemendo e se esfregando. Diana levou Patty até o sofá, deixou ela nua, entre beijos e abraços, enquanto Pierre olhava tudo com os olhos muito abertos. As duas garotas se beijavam lascivamente, provocando nele um maremoto de sensações e sentimentos. Patty estava sentada, inclinada para atrás, deixando que a amiga se deleitasse no seu sexo e nos seus seios. Pierre caminhou até elas e começou a despir Diana, logo ele ficou nu, também. Então a sua mulher virou-se e abocanhou o sexo dele, deixando-o mais rígido e levantado.
___ Agora, come a Patty! – ordenou, quando percebeu que ele estava a mil.
Pierre caiu sobre a garota e tentou meter tudo de uma só vez. Ela encolheu-se, com medo, lembrando a noite em que o rapaz tinha abusado dela. Diana percebeu a tensão, encostou em Pierre por trás, passando a mão nas nádegas masculinas e segurando, com um movimento suave, o sexo dele.
___ Devagar, amor – sussurrou no ouvido do marido -, devagar que ela é muito delicada...
Ele obedeceu e foi penetrando bem devagar. Patty respirava nervosamente, mas pouco a pouco foi relaxando. Num minuto ele tinha metido tudo.
___ Assim... – gemeu Patty -, assim, Pierre.
O rapaz estava com os joelhos apoiados no tapete, Patty bem aberta e receptiva, sentada, esperando ser perfurada de todo jeito e maneira. Diana posicionou-se detrás do marido, separou-lhe as nádegas e encostou bem nele, passando as mãos pela cintura masculina. Daquela posição começou a controlar os movimentos de todos, aumentando cada vez mais a velocidade e a profundidade da penetração. Quando Pierre estava no auge, penetrando rapidamente o sexo apertado de Patty, Diana molhou dois dedos na sua boca, separou-se um pouco de Pierre e cravou-os, sem piedade, no ânus dele. Pierre acusou o golpe, xingou a mulher, afirmou-se nos joelhos, pegou com força a cintura de Patty e imprimiu mais velocidade para frente e para trás, penetrando e sendo penetrado. Gozou emitindo um som rouco e confuso, ao mesmo tempo em que Patty se soltava em um grito triunfal.
Depois de um banho reparador, os três foram para o quarto do casal. Diana, que reclamou nem ter chegado perto de um orgasmo, foi obsequiada com o carinho dos outros dois. Pierre foi para cima dela, enquanto Patty, estrategicamente instalada, passava a língua no sexo de Diana e no membro de Pierre, aproveitando-se daquele entra e sai maluco. Pierre gozou novamente e Diana deixou-se levar por um orgasmo arrasador. O rapaz caiu para um lado, suando e respirando com dificuldade. Patty aproveitou e foi para cima da sua amiga. As bocas unidas, os seios e os sexos em perfeita comunhão, com carícias delicadas e movimentos ousados, as duas chegaram ao orgasmo. Quando se acalmaram começaram a rir, como loucas, acordando Pierre, que já tinha caído no sono.
15 AS SOMBRAS DO ENTARDECER

Alfredo entrou pela ruazinha de chão batido, procurando o lugar mais discreto nas sombras do entardecer. Poucas casas baixas, vegetação fechada, árvores baixas propiciando o crescimento das sombras naquela hora do dia.
Patty estava silenciosa. Alfredo tinha ligado naquela manhã. Ela já não gostava tanto dele. Diana e Pierre estavam preenchendo a vida amorosa e sexual dela. Mas o homem tinha um certo carisma, algo na pele dele ou no cheiro, que mexia com ela. Sabia beijar e mexer com o seu corpo, descobria em cada curva, em cada entrada, em cada canto, uma maneira de provocar sua sensualidade e levá-la à loucura.
___ Você está muito pensativa, Patty – comentou Alfredo, depois de estacionar o carro num lugar deserto e umbroso, protegido de qualquer olhar indiscreto ou curioso.
___ Acontece que as coisas mudaram – falou a garota, respondendo a uma pergunta não formulada - . Estou me dando muito bem com Diana e Pierre.
___ A última vez que falamos, você comentou que a coisa não estava boa.
___ Pois é, as coisas mudaram. Eu adoro aqueles malucos. Acredito que estamos vivendo num mar de felicidade.
O homem não falou nada. Pegou uma caixinha de suco, de uma sacola plástica, e ofereceu para ela.
___ Você é um homem prevenido – brincou a garota.
Beberam o suco em silêncio. Alfredo queria mesmo era levar a garota para um motel e gozar daquele corpo maravilhoso. Mas ela não queria, estava na defensiva.
Ele começou a acariciar o rosto da garota, que lhe brindava um olhar indecifrável, um olhar que ele não conhecia. Foi passando a mão no rosto feminino, mexendo com o cabelo, com a orelha, acariciando a nuca, mexendo nos ombros. Pouco a pouco ela começou a entrar naquele clima carinhoso. Ele avançava devagar, não queria que ela cortasse seus gestos de carinho.
___ Você é um homem muito doce – afirmou Patty -. Adoro o jeito como você me toca, como mexe comigo.
Ele permaneceu calado, o olhar fixo nos olhos dela, pensando insistentemente em que iria beijar aquela boca carnuda, deliciosa. Já estava trabalhando o rosto da garota com as duas mãos, prolongando as caricias, tocando de leve os lábios, o pescoço, apoiando levemente um dos antebraços num seio dela.
Patty deixou-se envolver por aquela névoa de ternura que emanava do homem. Quase sem querer entreabriu a boca e buscou os lábios de Alfredo. Ele foi delicado e firme, imprimindo no beijo toda sua sabedoria de homem experimentado e sábio. As mãos dele já invadiam a área coberta pela minissaia de Patty, chegando rapidamente à parte mais quente, úmida e sensível da garota. Dois dedos, mergulhando sob a calcinha, aproximaram-se do sexo feminino e alcançaram a chave da felicidade. Ela começava a abrir-se para que o desejo do homem afundasse no seu corpo e explodisse meteoros de prazer.
Sem separar seus lábios da boca da garota, trabalhando bem com a língua, apertando um pouco os seios dela, Alfredo iniciou um delicado e preciso dedilhar no sexo juvenil.
Patty mexeu no banco do carro e deitou-o um pouco, melhorando a posição de seu corpo, separando um pouco as pernas para facilitar o trabalho de Alfredo. Os dedos do homem aumentaram a pressão num dos seios, apertando sem piedade o biquinho e arrancando suspiros e gemidos prolongados da boca rubi.
___ Goza nos meus dedos – sugeriu Alfredo, falando baixinho no ouvido dela.
Ela não respondeu, mas começou a mexer os quadris procurando o melhor contato, buscando o aumento do prazer.
___ Goza, pequenina – incitava Alfredo.
Patty gemia cada vez mais alto, sentindo os dedos grossos do homem, que trabalhavam sem descanso no seu sexo. Sentiu que orgasmo nascia no lugar mais longínquo do seu ser e explodia grandiosidade bem no centro do seu clitóris, espalhando energia e satisfação pelo corpo todo. Ela amoleceu lentamente, desfrutando do momento.
Alfredo não parou: num instante liberou-a da blusa e do soutien, levantou a minissaia, puxou a calcinha, mexeu no seu banco e deu um jeito de alcançar com a boca o sexo da garota. Ela quase pulou quando sentiu a boca, os lábios que chegavam para prolongar o orgasmo. Alfredo foi meticuloso: beijou, mordeu, lambeu, pressionou, usando toda sua técnica, levando a garota à beira da insanidade. Ela gritou como louca quando o orgasmo viajou novamente pelas sua células. Por alguns minutos ela perdeu a noção do tempo.
Quando retornou à realidade encontrou o olhar divertido de Alfredo. Não resistiu e beijou-o com volúpia. Depois desceu com a boca, abrindo a camisa do homem, soltando a cinta, baixando o zíper, liberando o sexo dele da cueca apertada e engolindo, sem nojo nem medo, todo aquele membro: grosso e sulcado por veias inchadas e impressionantes. Beijou e chupou durante muitos minutos. Então, pediu para ele passar para o banco do carona, deitou-o, abriu mais um pouco as calças, levantou sua minissaia e sentou encima do membro, de uma só vez, emitindo um grito apagado, oco. Parou para respirar e sorriu. Seus pêlos encostavam nos dele.
___ Ele é muito grosso!- exclamou antes de começar a mexer o corpo, deixando entrar e sair aquele instrumento do seu prazer. Rapidamente passou dos movimentos lentos e cadenciados, para uma espetacular cavalgada, enérgica e rápida.
Alfredo percebeu que ela já estava no umbral de outro orgasmo. Segurou-a firme pela cintura, empurrando-a para baixo, e começou a movimentar-se com força para cima, penetrando-a totalmente.
Gozaram quase ao mesmo tempo.
A noite já tinha tomado conta da realidade. Os vidros embaçados do carro denunciavam a deliciosa luta sexual que tinha acontecido ali.

16 CHUVA DE VERÃO
Por Carlos Higgie
Chovia torrencialmente, rios de água suja corriam pelas ruas e começavam a criar problemas para os transeuntes e os carros.
Alfredo procurava um lugar para estacionar, precisava atender o telefone celular, que não parava de tocar. Encontrou uma vaga e estacionou.
___ Alfredo! – a voz alegre de Diana ressoou no seu cérebro. – É você?
___ Como assim? – perguntou Alfredo – É claro que sou eu, você não ligou para mim?
___ Sim, lindão! – exclamou Diana -, liguei, mas quero saber se é você que está aí, perto da sinaleira?
___ Onde você está, Diana? – riu Alfredo.
___ Uns cinqüenta metros daí, vi seu carro passar e liguei... Você me da uma carona?
___ Claro! Vou dar uma volta no quarteirão e te pego – respondeu Alfredo.
Fez uma volta cuidadosa, pois a água já estava invadindo o centro da rua e subindo a calçada. Chegou ao local em que estava Diana. A garota subiu ao carro, fazendo um grande escândalo. Estava toda molhada: a blusa transparente colada no corpo e mostrando o soutien rendado, a calça de brim totalmente empapada, o cabelo escorrendo água, um sorriso molhado no rosto. Beijaram-se nas faces.
___ Muito bem, menina: deseja ir para casa? – brincou Alfredo, dando uma de motorista.
___ Sei lá! – exclamou Diana – Quem sabe você me leva para sua casa e me oferece um café bem quente ou algo assim?
___ Para minha casa? – surpreendeu-se ele.
___ É – afirmou Diana -, você já foi muitas vezes na minha e eu nem conheço a sua!
___ Tudo bem! – concordou Alfredo.

Ele morava num apartamento de dois quartos, num bairro um pouco afastado do centro, num edifício típico da classe média: discreto, bem conservado e sem nenhum luxo.
Para a surpresa de Diana o apartamento estava bem arrumado, limpo e com alguns toques pessoais, que denunciavam os gostos do dono.
___ Uhmm! – exclamou ela -, seu cantinho esta bem limpo e arrumado.
___ Você teve sorte, Diana. Geralmente é uma bagunça, mas hoje é o dia da semana em que vem a faxineira. Por isso parece tão limpo e arrumadinho.
Alfredo ofereceu um roupão e sugeriu que ela tomasse um banho e colocasse a roupa para secar. Diana aceitou. Sentiu-se um pouco estranha, invadindo a intimidade do seu ex-amante, mas gostou do que viu.
Enquanto ela tomava banho, Alfredo preparou um café. Não fazia frio, pois ainda era verão, porém um cafezinho sempre vinha bem.
Esperando pela garota, refez na sua memória todos os encontros que tivera com ela e lembrou, com certo pesar, que nos últimos tempos ela tinha se afastado e, até, forçando um pouco as coisas para que Patty se afastasse também dele. Não guardava rancor. Entendia que Diana desejava uma vida que passava longe dele, uma vida que deveria ser excitante, sem dúvidas, pois ela tinha na mesma casa o marido e Patty, sua amante.
Diana sempre tinha sido um grande mistério para ele, já primeiro encontro, que ela forçou, até o dia em que ligou e disse, com toda delicadeza, que gostaria que ele “desse um tempo” e se afastasse um pouco, pois estava tendo problemas com o marido. Isso ele gostava dela: era clara e positiva, segura e direta. Porém, naquela tarde chuvosa, quando estava retornando para seu apartamento, ela se atravessou novamente no seu caminho e agora estava ali, tomando banho no seu banheiro e mexendo com sua imaginação.
Ela apareceu radiante.
___ Não sabia que homem usa secador! – riu, debochando do secador que encontrou no banheiro – Aproveitei e já sequei meu cabelo.
___ Bem – explicou Alfredo -, não fui eu quem comprou o secador, mas já que estava ali, deixei. Tinha certeza que um dia seria útil.
___ Essa desculpa não colou – afirmou Diana.
Beberam lentamente o café, comentando amenidades, falando de tudo, sem falar de nada. Alfredo não tirava o olhar dos seios inchados e tentadores que se insinuavam pela abertura do roupão. As coxas, também queriam mostrar-se e, de vez em quando, com os movimentos descuidados da garota, apareciam uns pedaços generosos que excitavam Alfredo. Já tinha visto aquele corpo nu, mas a idéia de que já não era seu mexia com ele. Parecia um corpo diferente, mais atrativo, mais sedutor.
Diana não estava imune ao olhar do homem. Sabia exatamente o que ele estava pensando. O pior era que, muito a seu pesar, a situação estava mexendo com ela e, quase sem pensar, começou um jogo de sedução, insinuando seu corpo jovem para o homem.
___ Fiz uma tatuagem – falou Diana, disposta a partir para o ataque final.
___ Mostra – disse Alfredo, já adivinhando os pensamentos dela.
___ É uma coruja, bem bonita... – explicou Diana -. Acontece que está num lugar proibido.
___ Corta essa, Diana – falou Alfredo -. Já vi por todos os lados esse teu corpo maravilhoso. Não tem nada que eu não tenha visto e não tenha beijado.
___ A coruja – desafiou ela -. A coruja você não viu nem beijou, seu tarado!
___ Vem cá! – chamou ele, sentindo que o sangue explodia nas suas veias e que o desejo chegava incontrolavel, poderoso, mexendo com todo seu ser.
Ela não foi. Permaneceu sentada na poltrona, com um olhar safado e divertido. Alfredo levantou e caminhou até ela, inclinou-se e buscou a boca feminina. Ela nem tentou fugir do beijo, fechou os olhos, entreabriu os lábios e recebeu o beijo quente do homem.
___ Senti saudades!- gemeu ela, enquanto as mãos do homem entravam por debaixo do roupão.
Ele abriu o roupão, deixando o corpo dela todo exposto. Puxou-a para beira da poltrona e começou a beijar os seios deliciosos. Ela jogou-se para atrás e segurou com as duas mãos a cabeça do homem.
___ Faz...! – suplicou num gemido.
Ele pressionou um dos seios com os lábios, passou a língua e depois mordeu de leve. Diana se contorceu, separando e levantando as pernas.
___ Faz, amor...! – gemeu de novo.
___ Pede, pede de novo – respondeu o homem.
___ Quero sua língua maravilhosa! – disse ela.
Alfredo desceu, percorreu a barriga, deteve-se no umbigo, atacou a parte interna das coxas, fez um vôo rápido sobre o sexo da garota e voltou para os seios.
___ Não me torture! – pediu ela -. Faz, enfia a língua...
Ele incorporou-se um pouco, pegou o rosto dela e olhou bem nos olhos.
___ Você não gosta mais do velhinho – disse.
___ Gosto, meu amor, gosto muito – murmurou ela -, só que não quero perder meu marido.
___ Então pede de novo, putinha – falou Alfredo, mordendo os lábios dela.
___ Faz tudo, amor, eu deixo fazer tudo, mais uma vez, só mais uma vez...
De joelhos, separando as pernas de Diana, Alfredo mergulhou naquele sexo quente, explorando cada detalhe, com conhecimento do que fazia, mordendo levemente, sugando, chupando, lambendo, separando cada vez mais as pernas longas da garota, abrindo aquele sexo úmido de desejo.
___ Isso, isso, aaaassimm – delirava ela, jogando seus quadris contra a boca masculina, querendo cada vez mais.
Alfredo fez com que ela gozasse e gritasse sem nenhum pudor. Quando ela parou de gritar e gemer, ele ficou de pé, pegou-a pelos cabelos e encostou seu sexo na boca feminina. Não precisou pedir, ela deleitou-se e fez ele viajar pelo mundo maravilhoso do prazer. Alfredo evitou gozar, mudou a posição da garota colocando-a de joelhos, as nádegas bem levantadas, o resto do corpo apoiado na poltrona. Naquela posição animal penetrou-a sem piedade, arrancando gritos fortes da garota. Com as mãos na cintura dela, ele conseguia controlar todos os movimentos, coordenando cada investida, mexendo a seu bel-prazer aquele corpo maravilhoso. Depois, sem aviso, saiu do sexo da garota e penetrou de uma só vez o anelzinho apertado. Ela gritou mais forte e xingou. Ele não teve compaixão, penetrou, tirou, meteu, retirou, foi até o fundo, saiu, foi até a metade, tirou. Só escutava o “não, não, não” de Diana, que servia de fundo musical para seu jogo de entrar e sair. Tirou e meteu de novo no sexo, aumentou a velocidade, parou, tirou e penetrou o buraquinho mais apertado, brincou de tirar e botar, socou tudo de uma vez e gozou cravando as mãos nas nádegas da garota.
Permaneceu cravado nela e começou a brincar com os dedos no sexo feminino. Diana sentiu um fortíssimo orgasmo nascendo do seu sexo e espalhando alegria e luzes por todo o seu corpo.
17 DIANA NÃO RESISTE E MAIS UMA VEZ SE ENTREGA
Por Carlos Higgie
Alfredo e Diana permaneceram abraçados por um bom tempo. Lá fora a chuva não parava e a tarde ia morrendo lentamente. Com lentidão exagerada o homem se separou dela e foi até o banheiro. Ficou embaixo do banheiro, sem mexer-se, deixando a água correr. Diana, como se não quisesse ficar sozinha, entrou no box e perguntou se poderia tomar banho, também. Ele sorriu e movimentou-se para dar espaço.
Durante a ducha as coisas esquentaram novamente. Alfredo fez questão de lavar o corpo todo da garota, demorando-se nas suas partes mais sensíveis. Ela ficou realmente muito aquecida. Tanto que caiu de joelho, pediu para desligar a água e introduziu o sexo do homem na sua boca, iniciando uma deliciosa felação. Alfredo apoiou-se na parede, separou um pouco as pernas e deixou a garota fazer. Ela era uma verdadeira especialista: beijava com carinho, pressionava delicadamente, mordia de leve, engolia tudo, tirava da boca, passava a língua arrepiando o homem, apertava com os dedos finos e delicados, passava voluptuosamente pelos seios, pelo rosto, apertava com as duas mãos, passava a língua de novo, usava os dentes, escondia tudo na boca, iniciava um enérgico e profundo entra e sai que levava ao ponto mais alto do desejo.
Alfredo pediu para ela parar, pois estava quase gozando. Enrolou a garota numa toalha, secou-se rapidamente e levou-a até o dormitório. Ela adorou a cama grande e gostosa.
O homem deitou e fez ela vir por cima. Num movimento perfeito, ela fez o sexo dele penetrar o seu até o fundo. Gemeu alto. Cravou as unhas no peito cabeludo e começou a mexer-se com energia, concentrando toda sua atenção naquele pino, naquele falo duro que dava sentido às coisas. A cavalgada ficou mais rápida, mais profunda. Alfredo mantinha o corpo de gazela da garota, unido ao seu. Os púbis esfregavam-se arrancando faíscas de prazer. Ela gozou rebolando e gritando, sacudindo sua melena, batendo com o cabelo no rosto dele. Caiu sobre o corpo forte de Alfredo, gemendo baixinho, murmurando palavras que ele não entendia.
Permanecendo na mesma posição, ele começou a socar naquele sexo apertado, levantando em cada estocada o corpo dela, jogando-a para cima, procurando o ponto mais algo do seu desejo. Num movimento rápido e sincronizado, ela ficou por baixo e ele veio por cima.
As pernas grossas e cabeludas dele, separavam ao máximo as pernas douradas e finas de Diana.
___ Vai, amor! – gritava ela – Goza comigo!
Ele percebeu que ela já estava entrando noutro orgasmo e apressou os movimentos. Sentia como ela se abria a cada arremetida, como seu sexo era abraçado pela aquela vulva quente, úmida, suave e, ao mesmo tempo, apertada. O rosto da garota era um verdadeiro poema ao amor. Não se conteve mais e gozou, arqueando seu corpo e buscando a penetração mais profunda.
18 PIERRE BATE EM DIANA
Por Carlos Higgie
Alfredo, depois da ardente batalha amorosa, satisfeita a carne e alma em paz, convidou Diana para jantar. Ela não aceitou, tinha que voltar logo para casa, antes que seu marido chegasse.
___ Você se transformou numa verdadeira senhora!- brincou ele.
___ Preciso cuidar do meu casamento – respondeu ela -. Eu gosto do Pierre.
Ela pegou um táxi na esquina. Quando chegou em casa percebeu que o marido já tinha chegado. Pelo jeito tinha esticado o happy hour com a turma, pois estava quase bêbado. Ultimamente ele bebia muito.
___ Onde você estava? – perguntou ele.
___ Comprando umas coisas – respondeu, dando-lhe um beijo rápido nos lábios.
___ Você está com cheiro de pecado!- falou Pierre.
___ E você com cheiro de cerveja – respondeu Diana e subiu as escadas em direção ao dormitório.
Queria tomar outro banho, para tirar o cheiro de Alfredo do seu corpo. Quando estava tirando a roupa sentiu a presença de Pierre. Ele encostou por trás e perguntou:
___ Esteve com ele?
___ Com quem?
Pierre se irritou e empurro-a sobre a cama.
___ Não me provoca! – falou alto ele -. Com o Alfredo, com o velho...
___ Não – negou Diana.
O marido veio para cima dela, bateu no seu rosto e começou a xingar.
___ Já te falei que não quero saber dele perto de você! – gritava, encolerizado.
Diana sacudiu a cabeça, o estado emocional de Pierre começava a preocupá-la. Ele não estava para carinhos. Bateu novamente no rosto da garota e, arrancando peça por peça a deixou nua.
___ Para de bater! – gritou ela -. Para de bater, seu corno!
Então foi como um vendaval. Ele ficou como enlouquecido, bateu sem piedade, virou-a e deleitou-se batendo nas nádegas dela, segurando-a com uma mão e batendo com a outra. As batidas foram ficando menos agressivas e ela começou a gostar da brincadeira, apesar de que seu rosto estava ardendo e seu bumbum estava cheio de marcas vermelhas.
Sem parar de insultá-la Pierre ficou nu, bateu mais um pouco nas nádegas empinadas, acomodou-se entre as pernas da garota e, sem avisar, penetrou-a por trás. Ela gritou e começou a chorar. Pierre, excitado pela reação dela, meteu sem piedade, sentindo como ela se alargava para receber seu pênis.
___ Toma, vadia! – gritava enquanto socava fundo na garota – Isso é o que você merece, sua puta!
A cabeça afundada no travesseiro, as mãos segurando firme a cabeceira da cama, Diana chorava e fungava, sentindo como o membro do marido mergulhava no seu rabo, alargava as paredes e provocava nela uma inexplicável mistura de dor e prazer. Ele parecia incansável aquela noite, como se o cheiro do outro macho tivesse despertado instintos adormecidos.
___ Sente como entra! – gritava ele e metia com força, alheio aos protestos de Diana.
___ Não, Pierre, não... Dói, tira – choramingava ela, consciente de que rapidamente entrava na corrente deliciosa do prazer.
___ Cala a boca e abre esse rabo! – ordenou ele.
Ela empinou mais a bunda e separou as nádegas com as mãos, sem parar de chorar. O membro dele preenchia-a totalmente, abrindo caminho, sacudindo seu corpo, possuindo-a com fúria, energia e certa rudeza. Estava com tudo dentro e começava a deleitar-se, desejando que ele metesse cada vez mais, rasgando-a, abrindo-a totalmente.
___ Assim, putinha, assim – gemia Pierre -. Isso, abre, abre mais...
Ela sentiu quando o liqüido quente explodiu dentro dela, bem no momento em que ela sentia que já não tinha forças para suportar aquele entra e sai. Não conseguiu gozar, mas sentiu-se feliz por Pierre, que tinha descarregado toda sua raiva de macho traído bem lá dentro dela.
Pierre caiiu para um lado e ficou de costa para ela.
Diana incorporou-se, puxou o rosto do marido para bem perto do seu e falou:
___ Vou te pedir uma coisa, Pierre: nunca, mais nunca mesmo, bate em mim de novo.
Não esperou resposta e caminhou até o banheiro. Os cheiros de seus dois homens, Alfredo e Pierre, se misturavam, deliciosamente, na sua pele.

19 NAQUELE DOMINGO
Por Carlos Higgie
Domingo chuvoso. Alfredo se sentiu um velho: não conseguiu dormir além das sete horas da manhã. Pensou em pegar o carro e ir até alguma cidade vizinha, fazer algo diferente, comer em qualquer lugar, entrar num shopping e voltar para casa bem tarde, cansando e com sono.
A chuva mansa caia como se estivesse convencida que eterna, que teria todo o tempo do universo para inundar ruas, casas, cidades.
Nesses dias batia a solidão e Alfredo se sentia prisioneiro da sua liberdade. As mulheres passavam por ele durante a semana e desapareciam no sábado. Festas, namorados, maridos, família, alguém sempre esvaziava seus finais de semana.
Não fazia questão de ter companhia nos finais de semana, mas nos dias chuvosos, principalmente se o dia era domingo, a palavra, o carinho, a voz de uma mulher, ajudava a navegar por aquele lapso, sem naufragar no mar encrespado da solidão.
Preparou um café forte e pensou em ligar para Patty ou Diana. Desistiu na hora: não queria encontrar-se nem escutar a voz de Pierre.
Pensou em Cristiane, um pouco esquecida no seu cotidiano. Ligou. Ela atendeu com voz adormecida. Reclamou que era muito cedo para ligar, falou que tinha deitado muito tarde. Alfredo propôs que ela viesse até o seu apartamento. Ela não aceitou, falou que tinha um compromisso para o almoço e outras coisas para fazer na parte da tarde. Percebeu que ela estava tentando escapar dele.
Depois ligou para outras conhecidas. Todas estavam ocupadas ou não queriam sair de casa nem receber ninguém. Restaram somente Diana e Patty. Resolveu ligar para Patty. Ligou para o celular. Ela atendeu. Depois das banalidades de sempre, convidou-a para um passeio até as cidades vizinhas. Ela aceitou.
Pouco mais de duas horas depois, estavam rodando por uma estrada secundária.
A chuva, mansa e persistente, continuava caindo. Quando entraram na primeira cidade, perceberam que não ia ser fácil encontrar o que fazer. Estava tudo fechado. Por fim encontraram uma mulher, caminhando com passo cansado. Perguntaram onde poderiam almoçar. Ela falou que o único restaurante aberto, ficava lá na ponta do morro. Para lá foram, rindo da situação.
Era um restaurante aconchegante. Ocuparam uma mesa que brindava uma imagem maravilhosa da pequena cidade, pacatamente instalada no meio de verde-escuros morros.
O almoço, regado a vinho tinto, foi delicioso. Patty, a medida que bebia, ia liberando sua alegria. Ria e falava sem parar.
Depois da sobremesa beberam licor caseiro de morangos e tomaram dois “capuccinos”. Quando perceberam que estavam praticamente sozinhos no restaurante, resolveram pedir a conta e sair.
No caminho de retorno, Alfredo propôs pararem numa pousada que ele conhecia. Patty riu e comentou que, como sempre, ele estava com más intenções.
___ Só quero que você conheça o lugar, é muito bonito – defendeu- se Alfredo.
Porém, apenas chegaram na pousada, ele pediu um chalé e perguntou se poderiam levar uma garrafa de vinho tinto.
___ Só temos nacional – falou o recepcionista.
___ Serve – respondeu Alfredo.
Quando chegaram ao chalé, que era realmente aconchegante, Patty falou que não poderia ficar, pois no dia seguinte, muito cedo, ela tinha um compromisso muito importante.
___ Não vamos ficar – falou Alfredo -. Só vamos descansar um pouco, deixar baixar o vinho e continuar o nosso caminho.
O chalé tinha uma pequena sacada que dava para uma vegetação bem fechada e bonita. O homem abriu a garrafa de vinho e convidou Patty para beber na sacada.
Deitaram nas espreguiçadeiras e ficaram bebendo, sem falar. Cada um concentrado nos seus pensamentos. A garota rompeu o silencio:
___ Vou sair da casa deles.
Alfredo entendeu que ela se referia a Pierre e Diana.
___ Algum problema?
___ Muitos! O clima está meio pesado por lá. Aquele garoto está bebendo demais, não tem controle e, eu acho, está misturando alguma droga... O outro dia ele bateu forte, até marcou o rosto da Diana. Sabe?: ele morre de ciúmes de você. Ele está desconfiado que Diana e você se encontram... Isso acontece?
___ Diana ama aquele maluco – respondeu, sem responder, Alfredo.
___ Eu sei, mas não foi isso que perguntei – reclamou Patty.
___ O quê você vai fazer? – perguntou Alfredo evitando a pergunta da garota.
___ Vou compartir um apartamento com duas meninas da faculdade. Falta só um ano para eu terminar o curso. Depois, talvez, volte para minha cidade.
___ Você gosta muito da Diana, não é?
___ Muito mais do que você imagina!
Não falaram mais. Continuaram bebendo e olhando para o verde que parecia isolá-los do mundo. Alfredo percebeu que uma lágrima solitária escapava do olho direito da garota. Abriu os braços chamando-a para um abraço. Ela, sem ocultar o choro, buscou o aconchego dos braços masculinos, deitando por cima dele e fazendo a espreguiçadeira gemer. Ficaram assim por longos minutos, abraçados, enquanto Patty chorava silenciosamente. Depois de um tempo ela reclamou que estava com frio. Entraram. Alfredo deitou-a na cama e, com calculada lentidão, deixou-a nua. Ela levantou a colcha e o lençol e se meteu na cama.
Alfredo beijou-a levemente nos lábios e foi até o banheiro. Patty pode escutar o barulho do jato, que batia na água do vaso sanitário.
Quando ele voltou já estava nu. Deitou e Patty virou de costas para ele. Alfredo chegou bem pertinho dela, passou uma mão por detrás da nuca, servindo de apoio para a face dela. Essa mão pegou o seio esquerdo da garota, enquanto a outra tomava conta da sua barriga.
Patty sentiu o membro dele, firmemente apoiado nas suas nádegas. A boca masculina trabalhou na sua nuca com muito carinho, brincou no seu pescoço, deteve-se na sua orelha. Ele estava sendo extremamente carinhoso, afastando aquela nuvem preta de tristeza que flutuava sobre seu pensamento. Pouco a pouco ela começou a render-se às carícias de Alfredo.
A mão dele desceu até o sexo delicado de Patty. Separou com todo cuidado os lábios e tocou de leve no seu ponto mais sensível. Ela se estremeceu. Adorava aquele toque sutil, delicado.
Quando ele percebeu que o sexo dela já estava úmido e receptivo, afundou devagar um dedo. Ela gemeu e apertou-se contra ele. O membro tinha crescido e estava mais duro, avançava decidido entre as pernas femininas, buscando seu refúgio.
Alfredo demorou-se nas preliminares. Beijava e mordia a nuca, o pescoço, a orelha.; mexia no seio, no bico durinho, no sexo úmido. Passava as mãos pela pele macia da garota, procurando novos pontos, novos caminhos para o prazer.
Patty, olhos fechados, abandonou-se ao carinho do homem. Seu corpo começava lentamente a desejar tudo aquilo que ele queria. Estava pronta, receptiva, desejando o homem dentro dela.
Mas ele se demorava, alargava aqueles instantes até que ela já não agüentava mais.
Já impaciente, Patty levantou uma das pernas e pegou firme no membro de Alfredo. Acomodou na entrada do sexo e mexeu devagar, para atrás. Ele recuou um pouco e não permitiu a penetração: afundou um dedo no sexo dela, arrancando um gemido mais prolongado.
___ Vem... – falou ela, acomodando de novo aquele falo na porta do seu sexo.- Vem...
Ele penetrou um pouco e começou a brincar, introduzindo alguns centímetros e retirando imediatamente, provocando uma certa ansiedade na garota.
___ Mete! – insistiu ela –. Eu quero, eu quero...
Ele permaneceu estático no seu lugar, o membro duro e pronto para perfurar o desejo daquela garota. Ela empurrou devagar, mexendo o bumbum para trás, em direção daquele falo duro e grosso, sentindo como ele invadia lentamente sua vulva. Já estava tudo dentro. Alfredo, sem descuidar dos beijos na nunca e do carinho no clitóris, começou a mexer-se devagar, demorando-se para penetrar e demorando mais para tirar. Ficaram assim por muito tempo, até que Patty sentiu que o trabalho de Alfredo estava proporcionando-lhe o primeiro orgasmo do dia. Ela gemeu baixinho e ele soube que ela estava gozando, porque se apertou toda contra ele.
Então ele tirou de vez o membro e pincelou entre as nádegas de Patty, preparando-a para o sexo anal. Ela gemia baixinho, falava algo que ele não entendia nem queria entender. Quando acreditou que ela estava pronta, procurou a apertada entrada e foi penetrando com muita paciência, parando quando percebia que ela sentia dor.
Patty sentiu os pêlos dele encostados nas suas nádegas e soube que estava tudo dentro. Preparou-se para as loucas e profundas enterradas do homem, revelando seu lado mais animal.
Contrariando suas expectativas, Alfredo começou a mexer-se devagar, tirando e botando com muita delicadeza, mexendo no sexo dela, apertando-a contra ele, cada vez que afundava naquele espaço apertado.
___ Vou passar toda a tarde assim – sussurrou no ouvido dela -. Toda a tarde entrando e saindo, até você desmaiar!
___ Não vou agüentar, eu só muito pequena e esse negócio é muito grande!
___ Cabe certinho no teu rabinho, garota!
___ Está me alargando!- gemeu ela, sentindo como entrava até o fundo.
___ Sente como ele entra!- falou Alfredo, como se adivinhasse seus pensamentos.
___ Sinto, sinto cada centímetro!

Ela já estava desejando que ele aumentasse o ritmo, mas Alfredo parecia concentrado naquele vaivém rítmico e lento. Em determinado momento, Alfredo tomou-a pela cintura e começou um movimento mais enérgico e rápido. Ela percebeu que ele queria gozar e começou a acariciar-se, para gozar junto. Alfredo foi aumentando a força, a velocidade e a intensidade da penetração. Começou a gritar coisas no ouvido de Patty, pedindo para ela abrir-se mais, para ela receber tudo dentro, gemendo forte e empurrando com mais força. Gozou emitindo um som rouco e úmido. Patty aumentou a pressão sobre seu clitóris e sentiu que orgasmo nascia do mais profundo de seu ser, derrubando-a num mar de puro prazer. Gozaram quase ao mesmo tempo.
20 ALFREDO NAVEGA PELO CORPO DOURADO DE PATTY

A luz morna do entardecer atravessou os vidros, não muito limpos, da janela e beijaram o corpo nu de Patty. Ela dormia um sono tranqüilo.
Alfredo, sentado perto da janela, só de cueca, bebia o que restou do vinho, intercalando alguns goles de água sem gás.
A luz difusa do fim de tarde deslizava sobre o corpo da garota, iluminando um pedaço, passando para o outro, destacando detalhes. Alfredo gostava daquela menina. Percebia que ela escondia certa inocência dentro da sua alma jovem e inquieta.
A luminosidade do entardecer foi fenecendo lentamente, até deixar o recinto numa leve penumbra. Patty acordou um pouco assustada: não sabia aonde estava. Pouco a pouco reconheceu o quarto da pousada e descobriu a figura serena e sorridente de Alfredo, perto da janela, fundido num claro-escuro que deixava seu rasgos indefinidos. Ela levantou, caminhou até o banheiro sentindo o olhar do homem sobre as curvas, entradas e saliências do seu corpo. Sorriu. Alfredo fazia bem para sua auto-estima. Ele sabia transformá-la numa mulher ardente e desejada. Seus olhos, seu olhar de lobo faminto, o carinho e a agressividade dos seus gestos, seu jeito tranqüilo e, ao mesmo tempo, carregado de urgências, mexia profundamente com ela. Ele era diferente. Simplesmente diferente.
Minutos depois, Patty voltou do banheiro e Alfredo abriu os braços, chamando-a para seu colo. Ela foi. Como se fosse uma criança carente sentou no colo dele, encostou a cabeça no peito cabeludo e fechou os olhos, feliz por estar com ele e receber aquele carinho. Com a mão livre, Alfredo desenhava arabescos no corpo dela, fazia desenhos imaginários que ficavam gravados na pele dourada. Ele começou a mexer nos seios da garota e ela suspirou.
___ Alfredo, não posso ficar aqui – falou, sentindo que a mão do homem avançava pelo seu corpo e já começava a brincar nas suas coxas.
___ Por quê? - perguntou ele, só por perguntar pois sabia que ela tinha que levantar cedo.
___ Não dá, amanhã e segunda e preciso começar cedo... – respondeu Patty e gemeu um pouco quando a mão dele encontrou seu sexo – Não mexe...
Ele não escutou ou não quis escutar: enfiou a ponta de um dedo na abertura úmida e quente. Ela separou um pouco as pernas, facilitando a introdução do dedo. Ele meteu o dedo e começou a mexer devagar, atento às reações dela. Quando um dos dedos tocou o clitóris ela se derreteu num beijo de língua. Alfredo respondeu à altura e aproveitou para acrescentar mais um dedo na penetração.
___ Devagar... – gemeu ela, percebendo que as fogueiras do desejo já estavam todas acessas e tomando conta do seu corpo.
Alfredo fez ela sair do seu colo, sem tirar os dois dedos de dentro dela. Ela ficou de pé, as pernas separadas, desfrutando do carinho do homem. Ele ficou de pé também e tirou rapidamente a cueca. Sentou outra vez, mexeu com os dedos com um pouco mais de força e velocidade e arrancou um gemido mais alto da garota, que sentia que as pernas começavam a dobrar-se. Ele obrigou-a a ficar de joelhos. Pegou a cabeça dela com as duas mãos e levou a boca feminina até o sexo que começava a ficar duro e alerta. Ela entendeu e abriu a boca, esticando a língua para proporcionar-lhe o primeiro carinho. Apoiou as mãos nas coxas cabeludas, deixou o sexo dele livre e, lentamente, introduziu tudo na boca. Não era muito grande, mas era grosso e duro. As mãos dele coordenavam os movimentos da garota: ele fazia o sexo entrar e sair daquela boquinha, aumentando cada vez mais a velocidade. Ela emitia uns sons abafados que expressavam o tesão que estava sentindo. Trabalhava com energia: sugava, beijava, deixava entrar e sair aquele instrumento vibrante de vida e desejo.
Alfredo sentiu que ia gozar e segurou a cabeça de Patty. Pediu para ela levantar e sentar no seu membro. Ela sentou, montou nele olhando-o nos olhos e gemendo a medida que o membro abria caminho no seu sexo. Quando esteve bem acomodada começou a levantar e descer, fazendo que o falo de Alfredo entrasse e saísse. Ele segurava firme a cintura da garota, forçando o corpo dela para baixo, facilitando a penetração. Patty pulava encima daquele membro, excitada, beijando e mordendo a boca de Alfredo. Ele enfiou uma mão entre seus corpos suados e chegou até o clitóris dela. Começou a mexer, acompanhando as subidas e descidas dela. Ela deu um jeito de meter na boca dele o biquinho, duro e ereto, de um dos seus seios. Ele beijou, sugou o bico, beijou e lambeu e, no preciso momento em que ela se cravava, mordeu forte. Patty gritou e xingou e abriu-se mais para receber aquele membro delicioso. Alfredo esperou uns segundos e mordeu de novo, com mais força.
___ Ai! – gritou ela, mas não afastou o seio daquela boca faminta. Aquilo provocava mais tesão nela.
Alfredo, uma mão nas costas dela, a outra mexendo no sexo delicado, segurou-a bem contra ele, tentou botar todo o seio na boca e, deixando ele escapar um pouco, mordeu o bico escuro e duro, apertando com força os dentes. Ela, como se estivesse furiosa, cravou os dentes no ombro esquerdo de Alfredo. Ele incorporou-se, levando junto a garota, que não queria separar-se daquele membro duro. As pernas cruzadas na altura da cintura dele, permitiram que Alfredo caminhasse, com ela grudada, até uma mesinha que tinha a altura certa. O homem deitou-a e comprovou que a altura era perfeita. Separou bem as pernas da garota, puxou-a para a beira da mesa e penetrou-a de um golpe só. Ela gemeu forte e encolheu as pernas. Alfredo, firmemente apoiado nos seus pés, iniciou um jogo eletrizante, penetrando-a com força, com raiva.
___ Você quer me rasgar!? – gemia Patty.
___ Quero! Quero! – gritava Alfredo.
Aquele louco entra e sai, que os envolveu num clima de total delírio sexual, levou Patty, rapidamente, a um ruidoso orgasmo.
Quando Alfredo percebeu que ela estava gozando, parou de entrar e sair. Pegou a garota no colo e levou-a até a cama. Deitou sobre ela, fazendo seu sexo bater na porta do sexo feminino. Ela estava totalmente dominada pelo homem. Ele beijou-a na boca, desceu, detendo-se um pouco nos seios, passou pela barriguinha e atacou sem piedade o sexo aberto e receptivo. Com a língua, com os dedos, com os dentes, com o queixo e o nariz, provocou orgasmos na garota, orgasmos que chegavam em cadeia, um trazendo o outro. Ela gemia e tremia de tesão. Alfredo não parava, indo da boca ao sexo, do sexo aos seios, mexendo com os dedos, enfiando tudo nela. Navegava feliz pelo corpo dourado de Patty. Ele já não resistia e acomodou-se entre as pernas dela. Meteu tudo de uma vez, socando fundo, arrancando um gemido e uma queixa dela. Já lá dentro começou a mexer energicamente. Ela colocou as mãos nas nádegas de Alfredo, separando-as um pouco e tentando alcançar, com um dos dedos, o ânus dele. Roçou a área com a ponta do dedo no momento em que Alfredo começou a gozar, levantando a cabeça, arqueando o corpo e afundando tudo nela. Ela sentiu que ele estava tendo muito prazer naquele instante e gozou de novo.


21 UM DIA NA PRAIA
Depois daquele domingo, quando Alfredo saboreou até o cansaço o corpo delicioso de Patty, o trabalho absorveu-o de tal maneira que quase esqueceu às suas amigas. A sua empresa estava com alguns problemas e ele precisou dedicar-se ao máximo, para resolver, para corrigir as coisas que estavam erradas. Chegava tarde em casa, cansado, apenas tomava um banho e apagava, tentando recuperar as forças para iniciar um novo dia.
No final da tarde de sexta-feira ele se sentia satisfeito. Tudo estava novamente correndo sobre trilhos e poderia esquecer o trabalho pelo menos até a próxima segunda-feira. Ligou para a Patty, mas o celular dela estava desligado ou fora da área de serviço. Digitou um e-mail rápido, dizendo que tinha ligado e esperava um retorno.
Lá pelas dez da noite o telefone tocou. Era Patty. Não poderia encontrar-se com ele naquela noite, mas no dia seguinte, durante o dia poderiam compartir algumas horas. Ele sugeriu:
___ Vamos tomar café da manhã num bom hotel e depois desfrutar de alguma praia solitária...
___ Você é muito safado, Alfredo! – riu a garota - . Sempre quer estar perto de um hotel, de uma pousada, de um motel!
___ Não é bem assim, estou tentando tomar café num bom lugar, só isso. O assunto da cama e seus arredores pode ser discutido depois – brincou ele.
___ Certo, vamos tomar café num bom hotel. Você me pega aqui?
___ O Pierre anda por aí? – quis saber Alfredo.
___ Ele e a Diana vão viajar neste fim de semana...
___ Então eu passo por aí – concluiu Alfredo.

No dia seguinte, um sábado desbordando luz solar e calor, tomaram café da manhã no melhor hotel da cidade. Depois partiram para uma praia quase solitária, perdida entre morros e vegetação fechada. Alfredo estacionou o carro debaixo de duas árvores frondosas. Dali se enxergava toda a praia, pequena e pouco freqüentada.
Patty tinha preparado um verdadeiro piquenique, incluindo cerveja e sucos gelados. Entraram no mar e desfrutaram das ondas tranqüilas. Patty estava maravilhosa, vestindo um biquíni que apenas cobria suas curvas, entradas e protuberâncias perfeitas. Alfredo sentia-se bem perto dela, rejuvenescido, alegre. A vitalidade, a alegria natural da garota mexiam com ele. Ele se excitava muito perto dela.
Saíram do mar e, na generosa sombra das árvores, degustaram as iguarias que ela tinha preparado. Beberam sem pressa, conversaram bastante e Alfredo aproveito para inteirar-se de como andava a vida de Diana e Pierre. Obviamente ele estava mais interessado, melhor dito totalmente interessado, na vida de Diana e não do marido dela.
Repentinamente começou a escurecer e uma nuvem intrometida resolveu despejar sua água sobre a praia que já estava quase deserta. Eles recolheram as coisas e refugiaram-se no carro.
Antes de ligar o automóvel, Alfredo procurou a boca de Patty e brindou-a com um beijo molhado, apaixonado, profundo e interminável. Ela respirou fundo quando ele se afastou, deixando sua boca molhada e mais desejável. Ele voltou e veio com lábios, língua e dentes. Um dedo safado meteu-se entre as duas bocas e procurou a língua da garota. A outra mão do homem já estava beliscando suavemente os seios de Patty e descendo lentamente para o centro do prazer maior. Ela gemeu e preparou-se para ser devorada pelo homem.
A chuva forte batia na areia solitária da praia, nas árvores, na grama e no carro, deixando lá fora o mundo e criando ali dentro todo um universo de carinho, desejo, luxuria e paixão.
Alfredo empurrou e deitou o banco do carona, abrindo espaço para meter-se entre as pernas da garota. A boca selvagem, as mãos, o corpo todo começou a trabalhar sobre o corpo escultural de Patty. Ela se abria num gemido, entregando-se à paixão avassaladora de Alfredo. Ela já estava sem a parte de cima do biquíni. Ele não perdeu tempo puxou para um lado a parte de baixo e penetrou-a devagar e firme. Ela gemeu mais forte quando sentiu o membro invadindo seu sexo.
___ Abre bem, garotinha – falou Alfredo.
___ Estou toda aberta – mussitou ela.
___ Abre mais, quero ir mais fundo – gemeu ele.
___ Estou arregaçada, toda aberta! – choramingou ela, sentindo-se preenchida por aquele membro faminto.
Alfredo estava com as pernas dela apoiada no seus ombros, puxando-a cada vez mais contra seu púbis, provocando uma penetração profunda e constante, brincando dentro do sexo da garota, mexendo-se em círculos, entrando e saindo, acendendo o fogo da garota que deleitava-se com aquela doida penetração. Gemendo, ela pediu para fica por cima. Ele movimentou-se e ficou por baixo. Patty sentou sobre aquele falo teimoso, apoiou as mãos no peito dele, jogou a cabeça para atrás e, controlando todos os movimentos, iniciou um jogo que tinha por finalidade alcançar o orgasmo. Sabiamente ela mexia-se sobre o homem, buscando os pontos de contato mais satisfatórios, mais excitantes. Ela gostava daquilo, gostava de dar-se, de entregar-se, de receber a força e o desejo do homem bem lá dentro dela. Ritmicamente, jogando com o seu corpo todo, descendo e subindo, baixando a cabeça para que seu cabelo tocasse nele, cravando as unhas no peito cabeludo, apertando com sua coxas torneadas as coxas cabeludas, com movimentos perfeitos e coordenados, ela foi cavalgando até encontrar um orgasmo barulhento, construído com gemidos e gritinhos de prazer. Gozou e desabou sobre ele.
Sem sair debaixo, Alfredo ergueu um pouco os quadris dela e começou a bombear de baixo para cima, com intensidade, entrando com violência, metendo sem piedade, sacudindo o corpo da garota que parecia pular sobre o homem. Ele também alcançou o gozo, um prazer suado e trabalhado. Sem tirar nem um milímetro deixou que ela deitasse totalmente sobre ele, caindo os dois num sopor delicioso.
Quando voltaram à realidade, a chuva já tinha parado e tímidos raios de sol, que estava escondido em algum lugar além dos morros, tentavam pintar o começo do entardecer.
Patty não queria sair de cima dele, queria dormir ali, sentindo o sexo do homem, já em estado de descanso, entre suas pernas. Era uma sensação deliciosa e gratificante.
Pouco a pouco o anoitecer invadiu o mundo e jogou seu manto escuro sobre as coisas.


22 UMA FESTA NO APARTAMENTO DE ALFREDO
Alfredo não queria admitir, mas estava sentindo saudades de Diana. Ela, aparentemente, já não queria saber do homem, dedicando-se exclusivamente a cuidar do maridinho e mergulhar no seu “affair” com Patty.
Alfredo não queria ligar diretamente, não queria tentar um encontro, não queria forçar nada. Intimamente desejava encontrá-la por casualidade, numa rua qualquer, numa festa, num cinema, num restaurante.
Diana parecia desaparecida do mapa. Já não freqüentava os lugares de antes.; aparentemente estava totalmente empenhada em estudar e cuidar do seu casamento.
Por outro lado, Patty , que de vez em quando encontrava-se com ele, mostrava-se reticente quando o assunto era Diana. Elas, de um jeito que Alfredo não conseguia captar totalmente, amavam-se com muita intensidade. Tanto que Patty ocultava da amiga os seus encontros com Alfredo.
Um dia, quando já estava quase desistindo de encontrar-se com Diana, quis o destino que eles entrassem no mesmo banco e por motivos diferentes.
Ela abriu um sorriso enorme quando viu o homem. Ele abriu os braços e partiu para o abraço. Os dois estavam com pressa, mas deram um jeito de tomar um café expresso na confeitaria do lado. Alfredo quase não escutava o que ela falava, estava procurando uma brecha para marcar um encontro com ela. Um encontro de qualquer tipo, mas que abrisse novamente os caminhos entre eles. Iluminado por uma idéia repentina, convidou a garota para uma festa.
___ Uma festa? – sorriu Diana, desconfiada do convite.
___ Lá no meu apartamento – respondeu Alfredo -. Algo simples, informal, mas para poucos amigos, no próximo sábado.
___ Você está festejando o quê? – quis saber ela.
___ É uma surpresa, só saberá no dia! – brincou ele.
___ Vou falar com o Pierre e a Patty. Se eles querem ir...
___ E se eles não quiserem?
___ Bem, aí fica um pouco difícil...
___ Diana, eu gostaria muito que você fosse.
___ Veremos ... – falou a garota.
___ Não esquecesse que ainda não vi a tatuagem – provocou o homem.
___ Qual tatuagem? – desconversou ela.
___ Aquela da coruja! – riu Alfredo.

Alfredo organizou a festa e praticamente não convidou ninguém. Só para não ficar muito comprometedor, convidou dois casais, vizinhos do prédio.
Diana, Patty e Pierre chegaram quando a festa já estava bastante avançada, mas integraram-se rapidamente ao grupo. Diana quis saber o quê Alfredo estava festejando. Ele não respondeu e sorriu.
Alfredo olhava descaradamente para a garota, cuidando apenas que Pierre não percebe-se o “assédio visual”. Patty percebeu e amarrou a expressão. Mas o homem não estava preocupado com os outros, Dentro dele crescia um desejo maluco por Diana. Queria derrubá-la numa cama, deixá-la nua.; beijar, morder, amassar, devorar aquele corpo que mexia com seu sangue, com seus pensamentos e sentimentos.
Diana, como uma esposa perfeita e cuidadosa, não dava chances para Alfredo. Não devolvia o olhar, não dava qualquer sinal de estar interessada nele.
Perto da meia noite, as coisas estavam mais relaxadas. Já tinham comido e bebido, continuavam bebericando, abrindo cervejas e conversando sem parar sobre assuntos de todo tipo e tamanho.
Em determinado momento, Diana, como se não soubesse, perguntou onde ficava o banheiro. Alfredo levantou e levou-a até lá. No caminho, e longe do campo de visão dos outros, prensou a garota contra a parede e beijou-a com paixão. Ela ensaiou uma certa resistência, falou várias vezes que não, mas acabou abandonando-se ao beijo de Alfredo. As mãos dele, como sempre, não paravam quietas, procurando os pontos mais sensíveis da garota.
Ela, como se estivesse acordando para a realidade, afastou-se e encarou Alfredo.
___ O quê você quer? – perguntou ofegante – Quer acabar com meu casamento?
___ Não, garota – respondeu ele -, só quero tua boca na minha, teu corpo no meu. Nada mais.
Voltou a apertá-la contra a parede, enfiando uma perna entre as coxas dela.
___ Não dá, Alfredo – gemeu ela, sentindo a urgência do desejo do homem.
___ Por que não dá?
___ Hoje, hoje não dá – acrescentou ela.
___ OK, eu ligo segunda-feira. Pode ser?
___ Liga, então.

Alfredo voltou para a sala e percebeu o olhar desconfiado de Patty. Pierre já tinha, como de costume, bebido além do seu limite e já estava um pouco alto, falando sem parar. Pouco depois ele foi encostando-se no sofá e acabou adormecendo. Nem percebeu que os outros convidados foram embora, restando só eles.
Diana estava envergonhada com a atitude do marido, principalmente por que era a segunda vez que acontecia isso na presença de Alfredo. O homem sugeriu que eles pernoitassem no apartamento. Ele tinha dois quartos e um bom sofá na sala.
Patty, desconfiada com as verdadeiras intenções de Alfredo, queria ir embora, mas Diana optou por ficar. Ela e Pierre ocuparam o dormitório de Alfredo. Patty ficou no outro dormitório e Alfredo arrumou o sofá da sala para ele.
Patty deixou entreaberta a porta do seu quarto, estava quase certa que Diana e Alfredo estavam preparando o terreno para aprontar alguma. Não teve que esperar muito: pouco tempo depois de deitarem, Diana deixou Pierre dormindo seu sono etílico e, sem fazer barulho, passou pela sala e foi até a cozinha. Sabia que Alfredo não resistiria e iria até ela. Foi o que aconteceu.
Patty esperou um pouco e decidiu investigar. Antes de chegar na cozinha já sentiu os gemidos de Diana. Cuidando-se para não ser vista, ela aproximou-se. A visão era realmente excitante: Diana, já totalmente nua, deitada na mesa da cozinha, as pernas dobradas, levantadas e separadas, recebia a boca de Alfredo no seu sexo. Ele estava inclinado sobre ela, trabalhado com muita competência o sexo da garota e preparando-se para penetrá-la. Patty, sentindo uma mistura de desejo e ciúmes ( ciúmes por Diana e ciúmes por Alfredo), encostou-se na parede e instintivamente enfiou a mão dentro da sua calcinha.
Pronta para receber o sexo de Alfredo, Diana gemeu mais alto e separou mais as pernas, abrindo-se totalmente. A língua do homem a enlouquecia, jogando-a num mar tempestuoso de pura luxúria e prazer.
Alfredo não a deixou gozar: puxou-a pelas pernas, beijou apaixonadamente sua boca, virou-a e fez ela ficar de pé, o rosto apoiado na mesa, o bumbum empinado para ele.
___ De novo, não! – protestou ela.
___ Faz muito tempo – esclareceu ele.
___ Você só quer meu rabinho! – reclamou ela.
___ Sim – confirmou ele e acomodou-se para penetrá-la, segurando-a com uma mão no pescoço, para mantê-la naquela posição.
___ Não! – gemeu ela, percebendo o inicio da penetração. O membro dele parecia mais grosso que nunca.
Ele não escutava suas queixas: separou as nádegas e foi empurrando sem piedade, progredindo lentamente naquele caminho apertado.
___ Não, não – continuava gemendo ela, mas tentando relaxar para que o falo avançasse e entrasse tudo de uma vez.
Masturbando-se, escondida perto da porta, Patty não tirava o olho daquela cena. Alfredo, um homem maduro e algo excedido no peso, firmemente plantado sobre seus pés, segurando a cintura de Diana (uma mulher jovem, linda e muito sensual) entrava e saía daquele bumbum empinado, metendo cada vez com mais força, suando e desfrutando daquele momento. Era tudo o que ele queria naquele momento: a entrega total da garota, recebendo seu sexo bem lá no fundo, sentindo seu poder, sua energia, seu desejo, sua paixão. Desejava que aquele momento sublime não acabasse nunca. Era muito bom brincar com o corpo de Diana, dominá-la com sua força, com seu corpo, com seu peso, buscando seu prazer e, ao mesmo tempo, dando prazer.
Diana queria abrir-se mais e fugir ao mesmo tempo. Aquele falo a torturava e matava de prazer. Aquele homem tarado fazia dela um brinquedo, um objeto totalmente controlado e dominado por ele. Gostava do cheiro do homem, do sabor, do toque e, principalmente, do seu louco desejo, que a obrigava a entregar-se sem reserva.
___ Louco, louco, louco! – gemia, abrindo-se para receber o membro invasor.
___ Entrou tudo, meu amor – falou Alfredo, cada vez mais transtornado com aquele jogo de ir e vir. Seu corpo estava prestes a explodir em mil pedaços de sublime prazer.
Patty, sabendo exatamente onde mexer no seu sexo, gozou antes que Alfredo explodisse e inundasse Diana com seu liquido branco e morno. Patty, naufragando no seu prazer solitário, escutou uma exclamação rouca dele, percebeu uma contração nas nádegas masculinas e escutou o grito mais alto de Diana. Alfredo gozou e permaneceu dentro dela.
Patty não quis aparecer, correu para o seu quarto e, no seu íntimo, desejou que Alfredo a procura-se para continuar a festa.

23 OS TRÊS NA MESMA CAMA

Quem apareceu no dormitório foi Diana. Patty sentiu o cheiro da amiga, antes dela aproximar-se da cama.
___ Patty... – sussurrou Diana, deixando transparecer toda sua excitação na voz.
Patty aproximou seu rosto do dela e beijaram-se misturando lábios, línguas e salivas.
___ Estou com muita vontade – falou Diana.
___ Eu sei, vi vocês na cozinha – complementou Patty.
___ Aquele safado me enrabou e foi tomar banho! – queixou-se Diana – Nem me deixou gozar!
___ Vem cá, minha taradinha! – disse Patty, abrindo os braços e recebendo o corpo da amiga sobre o seu.
Começaram, então, um jogo de corpos ofegantes, bocas unidas, mãos procurando caricias novas, dedos penetrando, dentes afiados mordendo, mistura maluca de força e sensualidade, carinho e sadismo, desejo e paixão.
Patty ficou por cima, enfiando a cabeça no meio das pernas de Diana, que gozou rapidamente, como se estivesse esperando por aquela boca durante toda a noite. Patty deixou-a relaxar, soltar os músculos, amolecer o corpo e levantou-se.
Alguns minutos depois voltou com Alfredo, que tinha terminado de tomar banho. Diana sorriu timidamente: a sua aluna estava superando seus ensinamentos.
___ Quero vocês dois – pediu Patty.
Diana, de joelhos na cama, pediu para Alfredo aproximar o sexo da sua boca. Pouco a pouco foi levantando o guerreiro, logrando uma ereção aceitável. Demorou-se um pouco com aquele brinquedo na boca, depois passou para o sexo de Patty, que já esperava deitada, as pernas separadas, o corpo e a alma abertos para o amor.
Alfredo beijou Patty enquanto Diana trabalhava no sexo da garota. Minutos depois, com Patty chegando à beira da loucura, Alfredo apartou Diana e penetrou devagar o sexo úmido e receptivo de Patty. Diana acavalou-se nas costas do homem e brincava de penetrá-lo com seu clitóris enrijecido.
Patty sentia o peso dos dois sobre seu corpo, percebia quanto estava sendo preenchida pelo homem e como aquilo mexia com suas emoções. Gozou em silencio, sem escândalos, preparando-se para receber cada vez mais. Pediu para ficar por cima, posição na qual se sentia melhor e mais livre. Alfredo deitou, ela veio por cima e Diana, que não queria ficar de fora, buscou com sua língua o buraquinho da amiga. Depois desceu até o sexo da garota e com a língua trabalhava os dois sexos: o invasor e o invadido.
Alfredo sentia a passagem rápida da língua de Diana sobre seus testículos, sobre seu membro, alcançando seu grau máximo de excitação. Falou para Patty que iria gozar e ela gemeu, pedindo para ele segurar mais um pouco.
___ Não dá! – quase gritou Alfredo, percebendo que a corrida maluca do seu esperma começara e ele não poderia fazer mais nada para controlar-se.
Patty gozou também, principalmente por que Diana, safadamente, colocou dois dedos no rabinho da garota. Sentindo-se duplamente penetrada ela gozou, abrindo sua boca e fazendo vibrar com força suas cordas vogais.
Os três ficaram ali, numa confusão de braços, pernas, seios, peito cabeludo, bocas e mãos entrelaçadas.
Foi isso que viu Pierre, o ciumento marido de Diana, quando entrou no dormitório.

24 O DESEJO FERVE NA PELE DE CAMILA
Por Carlos Higgie

No dia seguinte, Alfredo conversou, pelo telefone, com Diana. Ela pediu, novamente, para que ele se afastasse um pouco. Pierre estava indignado e furioso: tinha visto os três na cama e não aceitava mais aquela situação. Diana falou, ainda, que estavam programando uma viagem e que Patty também iria com eles.
___ Vai me deixar sozinho! – exclamou o homem.
___ Eu não quero mais que você veja a Patty: ela é minha – afirmou Diana e, depois: E você também é meu. Tenho ciúmes dela e ciúmes de você. Só vou aceitar se vocês me chamarem para a brincadeira.
Alfredo riu, despediu-se e desligou.
As garotas viajaram com Pierre. Ficaram fora mais de trinta dias. Alfredo procurou outras mulheres, mas descobriu que tudo era uma sucessão sem graça de corpos e gritos, gestos e mentiras. Era só sexo sem muita emoção. Caiu num buraco e, repentinamente, sentiu-se cansado e velho, sem disposição para as suadas batalhas amorosas.
A saída da sua secretária, salvou-o do buraco do pessimismo. Empenhado em resolver a situação e contratar logo alguém que a substituísse com igual, ou melhor, desempenho, entrevistou pessoalmente mais de sete candidatas. A escolhida foi Camila Ramirez, uma morena de corpo esbelto e firme, casada, trinta e dois anos de idade, formada em Administração de empresas e dona de um olhar, castanho claro, profundo e decidido. Em poucas semanas ela provou ser muito competente, cumprindo com excelência seu papel dentro da empresa.
A figura e o comportamento da mulher aguçaram o instinto de Alfredo. Ele era um caçador nato, pronto para fazer uma nova vitima. Ela era discreta no vestir, mais discreta no falar e evitava sempre um contato mais pessoal. Mas algo no olhar dela impelia Alfredo para o ataque. Decidiu ser cuidadoso, avançar centímetro a centímetro, para não perder a mulher nem a secretária.
Num final de tarde chuvoso, deu um jeito de oferecer uma carona para Camila. Ela aceitou, mas só até a ponto mais próximo de ônibus. Ele tentou prolongar a carona, até mentiu que estaria indo para o bairro onde ela morava. Não adiantou. Quando chegaram no ponto, ela despediu-se com um aperto de mão firme e formal e um sorriso enigmático.
Um dia, na sala do cafezinho, Alfredo deu um jeito de pousar uma mão na cintura desejada e encostar uma coxa na coxa dela, com o pretexto de pegar uma xícara um pouco mais afastada. Pediu desculpas, sem muita convicção e ela lhe devolveu aquele sorriso enigmático e um olhar que poderia significar qualquer coisa, desde um delicado perdão até uma decidida condena.
Na semana seguinte, o trabalho acumulado obrigou-os a ficar um pouco mais no escritório. Algum tempo depois, perceberam que estavam sozinho no escritório e, provavelmente, em todo o andar. Alfredo tentou puxar conversa para o lado pessoal, mas Camila foi muito clara.
___ Seu Alfredo – falou ela -, eu separo muito bem meu lado pessoal do meu lado profissional. Não gosto e não misturo as coisas.
___ Bem, às vezes conhecendo o lado familiar, podemos conhecer melhor nossos colaboradores – argumentou Alfredo.
___ O senhor acha que eu não sou uma boa funcionária? – desafiou Camila.
___ Excelente em todos os sentidos – cutucou Alfredo.
Ela não entrou no jogo, simplesmente sorriu e voltou ao trabalho.
Saíram juntos do escritório, estavam realmente sozinhos naquele andar. Subiram no elevador e, apenas a porta se fechou, Alfredo, empurrado por uma idéia maluca, partiu para cima da mulher. Ela protestou e até empurrou o chefe, mas ele persistiu na sua tentativa e alcançou a boca carnuda da mulher. Ousado, ele desceu e subiu uma mão pela perna dela, encontrando o caminho debaixo da saia, passando pela meia, pela cinta liga que sustentava a meia!, e chegando na carne firme e quente. O elevador parou e eles, como impulsionados por uma mola, separaram-se e ficaram lado a lado. Não desceram, ninguém subiu, Alfredo apertou o botão do decimo oitavo andar e, mesmo antes da porta fechar-se, já estava beijando aquela boca tentadora. Agora a mão do homem tinha chegado no triângulo delicioso do prazer. Por cima da calcinha, ele sentia a umidade da mulher, que se apertava contra ele e apertava a mão que mexia no ponto de encontro das coxas.
___ Sou casada... – murmurava ela, ensaiando uma última e ineficaz defesa.
Alfredo não escutava: mordia delicadamente uma orelha, o queixo, a nuca, o pescoço da mulher.; beijava com fúria a boca-fruta-madura, e mexia com seus dedos inquietos no delicado sexo da mulher.
Perceberam então que o elevador já tinha chegado no decimo oitavo andar e parecia esperar por eles. Alfredo, decidido, pegou-a por uma mão, saiu do elevador, caminhou até o escritório e abriu a porta. Ela, sentindo-se mole e flutuando no ar, deixou-se levar.
Entraram. Alfredo deixou cair a sua pasta e a bolsa de Camila. Depois caíram no chão as roupas que escondiam suas carnes famintas.
Alfredo, nu e ereto, percorreu, com o olhar, o corpo perfeito de Camila. Ela estava realmente tentadora, quase obscena, vestida apenas com a calcinha preta, as meias presas com cintas ligas e os sapatos formais de uma secretária competente. Cobria com as mãos os seios, redondos e médios, perfeitos para serem engolidos.
Ela tinha um olhar entre preocupado e carregado de desejo. Entrecerrou os olhos quando o homem avançou sobre ela e liberou-a das últimas peças de roupa e dos sapatos. Quando ele tirou o último sapato, ela já estava sentada num dos sofás da recepção, as pernas levemente separadas, o corpo recostado no móvel, as mãos na cabeça do homem.
Ele beijou os seios de Camila, desde a base até os biquinhos excitados. Demorou-se neles e, quando voltou a base do seio esquerdo, passou rapidamente a língua pela axila da mulher. Ela sentiu um arrepio nascendo do mais profundo da sua sensualidade e soube, naquele preciso instante, que aquele homem era decididamente tarado, louco por mulher.
A língua dele navegou pelo corpo sequioso dela, passou pela barriga que contraiu os músculos, chegou no umbigo, desceu e circulou o ponto mais sensível dela, sem tocar, sem chegar. Ela mantinha as mãos na cabeça do homem, mergulhando os dedos nos cabelos cinzentos e suaves, quase sem perceber separava as pernas e empurrava a cabeça do homem para o lugar do supremo prazer. Ele não se negou, foi e arrancou, com um só beijo delicado, uma gemido alto da mulher. Depois ela perdeu a noção das coisas.
Alfredo era hábil, sábio em caricias, arrancando a doce musica do prazer do sexo ávido de Camila. Beijou, lambeu, sugou, mordeu, beijou de novo, passou mil vezes a língua, brincou com dois dedos bem lá no fundo da úmida gruta da mulher, apertou, ao mesmo tempo, os bicos dos seios, enfiou a língua com vontade, mergulhando no sexo sedento de amor. Ela gozou na sua boca até sentir o corpo totalmente mole.
Alfredo foi até a mesa, onde Camila trabalhava diariamente, jogou tudo no chão, menos o computador, voltou até o sofá e puxou suavemente a mulher que, obediente, deixou-se levar até a mesa. Ele deitou-a, deixando parte do corpo fora da mesa, separou, levantou e apoiou as pernas femininas no seus ombros e penetrou com força o sexo dela, preenchendo-a com um só golpe.
___ Seu Alfredo! – gritou ela, cravando as unhas nos braços fortes do homem.
Ele, segurando-a firme, meteu, tirou, socou, sacou, enfiou, tirou e meteu de novo, repetindo o mesmo vaivém muitas vezes, sem prestar atenção aos gritos, de dor ou prazer, da mulher. Pouco antes de gozar, e inspirado em algum filme pornô, ele saiu dela e direcionou o jato branco e quente para a barriga, apoiando seus testículos bem encima do clitóris e pressionando forte. Ela gozou também, sem entender aquela loucura toda.
Alfredo apoiou seu corpo no dela, procurando um merecido descanso.
___ Com você pareço uma mulher diferente – murmurou ela, com se estivesse pensando em voz alta.
___ Diferente? – perguntou Alfredo, só por perguntar.
___ Diferente, uma verdadeira prostituta.
Naquele preciso momento tocou o telefone celular dela. Ela mexeu-se e Alfredo, saindo de cima, procurou a bolsa dela na sala escura. Ela pegou o celular, olhou o numero que estava chamando e falou, nervosa:
___ É o meu marido!



25 ALFREDO E CAMILA, NO HOTEL

No dia seguinte, Camila parecia distante. Cada vez que falava com Alfredo mostrava um ar envergonhado. Seu olhar tinha um fundo de tristeza.
No meio da manhã ele a chamou até sua sala. Fez algumas recomendações para o dia, solicitou algumas informações e, quando ela já estava se retirando, falou: “Gostei muito do que fizemos ontem”.
Ela, já com a mão na maçaneta da porta, voltou, encarou o chefe e respondeu: “Não se iluda, o que aconteceu ontem jamais acontecera outra vez. Foi um momento de debilidade, de loucura. Sei lá...!”
___ Camila – falou devagar Alfredo -, sempre vou estar aqui, esperando que a loucura tome conta do teu corpo outra vez.
___ Seu Alfredo – respondeu ela -, algumas coisas acontecem mas são totalmente inadequadas. Ter um caso com meu chefe, é a pior de todas. Você não pode esquecer que sou uma mulher casada.
___ Mesmo assim, Camila – insistiu o homem -, mesmo sabendo que nunca mais você será minha, afirmo que, com toda certeza, você é a mulher mais deliciosa, sensual, linda e sabia nas coisas do amor, que passou pelos meus braços. Fazer amor com você foi uma experiência maravilhosa.
Ela sorriu, acenou despedindo-se e voltou para sua mesa.
Os dias transcorreram tranqüilos. O trabalho absorvia todas as energias de Alfredo e ele não tinha disposição para correr atrás de Camila ou de qualquer outra mulher. De Diana e Patty, ele não tinha notícias.
Semanas depois surgiu uma viagem São Paulo. O motivo: fechar um negócio que estava sendo trabalhado desde o inicio do ano. Geralmente quem viajava não era Alfredo, mas por diversas circunstancias ele resolveu encarar a viagem. Depois de definidos os detalhes, ficaria uma noite em Sampa e, com a desculpa de que precisava de um apoio, resolveu solicitar a presença de Camila, para assessorá-lo durante as reuniões. Ela, inicialmente, negou-se, informando que tinha um compromisso pessoal na data marcada para a viagem. Como Alfredo insistiu muito, ela resolveu falar com o marido e dar uma resposta no dia seguinte. A resposta foi positiva.
Alfredo, cheio de más intenções, reservou apartamentos vizinhos e, sem ela saber, conjugados. Preparou todo o cronograma de reuniões, projetando um encerramento da última lá pelas 18 horas como máximo.
Durante a viagem, no aeroporto, no táxi e na chegada ao hotel, ele manteve-se distante, rodeado de uma áurea profissional. Demonstrou surpresa quando chegaram nos apartamentos, um do lado do outro e conjugados. Ela sorriu com aquele sorriso de sempre, carregado de incógnitas.
Apenas fizeram o check-in no hotel, tomaram um banho rápido e foram direto para a empresa do cliente. No final da reunião, que terminou com um acordo muito bom para ambas as partes, foram convidados para um jantar. Alfredo tentou fugir dessa parte social, mas Camila sorriu e falou que seria muito bom encerrar o acordo com um bom jantar.
O jantar foi uma prorrogação, um pouco mais agradável, da reunião. Camila tinha um olhar malicioso, como se estivesse burlando-se de Alfredo. Sabia que tinha frustrado as esperanças do homem, que tinha planejado um jantar romântico, a dois, num restaurante discreto e pouco iluminado.
Voltaram tarde, Alfredo falou pouco durante trajeto: estava irritado. Quando entraram no elevador do hotel, antes de fechar a porta, tocou o celular dela. Ela saiu do elevador e acenou para Alfredo, como se estivesse despedindo-se. Ele subiu sozinho. Entrou no apartamento, tomou um banho demorado, marcou para despertar às oito, ligou a televisão, abriu a cama e deitou. Demorou para adormecer, estava irritado. No outro dia estavam voltando e a viagem, considerando suas segundas intenções, seria um fracasso.

Acordou sobressaltado: tinha alguém no dormitório.
___ Boa noite, chefinho!
Era Camila! Sorrindo ao lado da cama, com duas taças de champanhe nas mãos. Ele se incorporou e viu as portas, que conjugavam os apartamentos, abertas.
___ Como você consegui? – perguntou Alfredo.
___ Nada que uma boa gorjeta para a camareira não resolva – riu ela.
Alfredo saiu da cama, ficou de pé e pegou uma das taças. Só então percebeu que ela estava vestida para a guerra: calcinha preta rendada, soutien da mesma cor e, por cima, um baby doll quase transparente. O detalhe mais perturbador eram as meias sete oitavos, terminadas também com detalhes rendados.
Brindaram. O espelho refletia uma cena no mínimo engraçada: ela toda sensual, bem produzida.; ele com uma cueca samba canção amarrotada, o cabelo desarrumado, a cara amassada do lado que esteve apoiada sobre o travesseiro. Ele olhou para o relógio: eram duas horas da manhã.
___ Por quê você demorou tanto para iniciar os festejos? – ironizou ele.
___ Estava falando com meu marido – explicou ela -. Ele me ligou umas quatro vezes!
___ Deve estar desconfiado da mulherzinha dele – falou Alfredo.
___ Em mim ele confia – afirmou ela -. Agora em você... com a fama que tem...
Ela pegou a taça da mão dele e depositou as duas encima da mesa. Caminhou até o homem e, com um gesto decidido, empurrou-o sobre a cama. Caiu sobre ele, beijando-o com paixão, com luxúria, falando que estava louca para ser possuída. Alfredo correspondeu ao beijo: aquela mulher estava bem taradinha, pronta para o crime! Ela mordeu com força os mamilos dele, arrancou sem muito carinho a cueca do homem e engoliu o sexo dele sem muitos preâmbulos. O membro, ainda não totalmente rígido, perdeu-se na boca feminina. Ela apertou com força a base, mordeu um pouco e esperou que ele começasse a crescer. Cresceu, engordou na sua boca. Fez ele sair um pouco, brincou na gorda cabeça, engoliu tudo de novo e brincou até que percebeu que ele estava prestes a gozar. Parou de beijar, morder e chupar.
Sem tirar a roupa, puxou a calcinha para um lado e sentou encima do membro, de uma vez só, suspirando alto e profundo. Cravou as unhas no peito do homem e começou a mexer-se num ritmo alucinante. Em poucos minutos chegaram ao gozo, arfando e gritando, gemendo e xingando.
Alfredo ficou deitado, submerso num mundo delicioso de névoa e satisfação. Acordou com os beijos de Camila.
___ Hoje – falou ela -, você não vai dormir. Você queria, agora tem que dar conta do recado!
Foram para a banheira, que ela já tinha preparado. Brincando, Alfredo encostou o dedão do pé no sexo da mulher.
___ Quero outra coisa – riu ela -, mais grossa, maior...
Ficaram na banheira, relaxando e brincando. Alfredo estava impressionado com a mulher. Não parecia a sua secretária, tão recatada, tão fiel ao marido, tão ciente de seus deveres e direitos. Comentou com ela aquilo que estava pensando.
___ Não sei o quê aconteceu. Talvez o clima de São Paulo, talvez o sucesso da nossa negociação, talvez o desejo que você despertou naquela noite, quando você abusou de mim – explicou Camila e continuou: Eu estava decidida a não ter mais nada com você, mas hoje, depois que cheguei no quarto, com meu marido me enchendo a paciência no telefone, resolvi dar um pouco de prazer para meu corpo. É isso.
Ela beijou-o e saiu da banheira. Ele foi atrás, não a deixou terminar de secar-se. Foi beijando a nuca, o pescoço, os ombros, enfiando as duas mãos debaixo da toalha, procurando o triângulo do prazer. Com certa violência, encostou-a na parede. Ela sentiu a parede fria no rosto, nos biquinhos eretos, nas palmas das mãos. Alfredo pegou-a pela cintura, obrigando-a a empinar um pouco mais o bumbum, separou as pernas bem torneadas e dirigiu seu membro para o sexo dela. Entrou rasgando, empurrando tudo para dentro.
___ Ai! – reclamou ela – Bota devagar!
Alfredo cravou os pés com firmeza no piso e começou a degustar aquele sexo com seu membro ainda sedento.
Ela, como se quisesse fugir, foi procurando apoio e deslizando pela parede, até chegar no balcão da pia. Ali, apoiou-se melhor, empinou bem o bumbum e extasiada olhava seu próprio rosto no espelho, mostrando toda a paixão e o desejo no olhar safado.
Alfredo tirou e caiu de joelho, enfiando o rosto entre as nádegas de Camila. Ela sentiu a língua grossa, úmida, inquieta, deslizando e procurando orifícios, alcançando o mais proibido, pequeno e fechado. Abriu-se mais e recebeu o louco carinho de Alfredo. Trabalhando com a língua e com dois dedos, ele preparou-a para o momento crucial. Depois veio devagar, enfiando pouco a pouco o membro, arrancando uns suspiros profundos e um olhar preocupado de Camila. Devagar, avançando centímetro a centímetro, ele colocou tudo bem lá dentro. Ela gemeu mais forte e pediu para ele ir devagar.
Ele começou devagar, como se fosse um motor que começava a funcionar lentamente e depois aumentava a pressão, a velocidade. Alfredo começou devagar, com cuidado e, quando sentiu que ela já estava acostumada e abrindo-se cada vez mais, aumentou o ritmo, chegando a socar com força, sem piedade, cada vez mais rápido.
Camila foi a loucura com aquilo. Era algo realmente maravilhoso. Sentia-se uma verdadeira prostituta, entregando-se por inteiro para seu cliente.
Alfredo gozou cravando os dedos nas nádegas de Camila. Mas não saiu de dentro, continuou cravado nela e dedicou-se a mexer no sexo dela. Em poucos minutos, ela cavalgou enlouquecida um fantástico e prolongado orgasmo. Tão fantástico e barulhento, que chegaram a ligar da recepção, pedindo para fazerem menos barulho, pois alguns hóspedes estavam reclamando.






26 ANTES DO AMANHECER
Por Carlos Higgie
Alfredo desculpou-se com o pessoal da recepção, assegurando que não fariam mais barulho. Desligou o telefone com um sorriso no rosto. Caminhou até o banheiro e encontrou Camila na banheira.
Ela estava com os olhos fechados, perdida num mundo que, com certeza, deveria ser maravilhoso, pois a expressão do seu rosto era divina.
Alfredo não quis incomodar. Entrou debaixo do chuveiro e desfrutou da ducha. Olhando para a mulher percebeu que ela não se mexeu, não abriu os olhos, estava navegando por um mar de tranqüilidade. Ele saiu da ducha, secou-se sem pressa, foi até o frigobar e pegou um suco de pêssego. Estava com sede e também com fome do corpo de Camila. Por isso voltou ao banheiro, beijou a boca carnuda da mulher e convidou-a para aproveitar a cama.
Ela saiu da banheira, tomou uma ducha rápida para tirar o excesso de espuma do corpo e, ainda secando-se, passou para o dormitório.
Já estava quase amanhecendo quando Alfredo pediu-lhe para deitar e relaxar: ele iria fazer uma massagem relaxante.
Ela deitou e sentiu as brumas do sono avançando pelas suas veias, tomando conta das suas células, invadindo seu cérebro. As mãos dele avançavam pelo seu corpo, proporcionando-lhe um agradável sensação. Adormeceu e sonhou que estava fazendo amor com Alfredo, num quarto de hotel.
Acordou quando sentiu o peso dele sobre seu corpo. Ele já tinha a tinha penetrado e mexia-se indolentemente, indo até o fim e retirando quase tudo. Naquela posição, deitada boca abaixo, o bumbum empinado para cima, sentia-se totalmente dominada. O desejo, que tinha adormecido junto com ela, despertou e fez com que ela gemesse pedindo mais.
Alfredo ficou de joelho entre as pernas separadas dela, sem sair fora, pegou-a pela cintura obrigando-a a empinar mais o bumbum. Com os quadris levantados ao máximo, a cara enfiada no travesseiro, as mãos amassando o lençol, ela recebia o homem que entrava e saía com força e velocidade.
A cama fazia um barulho esquisito, cada vez que Alfredo dava uma estocada mais forte, mas nenhum dos dois estava muito preocupado. Se a recepção chamasse novamente mandariam eles passear e continuariam com a deliciosa brincadeira.
___ Vai amor! – incentivava Camila, sentindo-se a maior prostituta do mundo – Vai que eu gosto! Mete tudo, amor!
A cada palavra da mulher ele metia com mais força, como se quisesse atravessar aquele corpo magnífico e sair vitorioso do outro lado.
___ Não para amor! – suplicava ela – Não para que vou gozar! Mete, mete, mete!
Inclinando-se, Alfredo procurou o clitóris de Camila. Quando chegou nele, ela despencou num abismo sem fim, pleno de luxúria e prazer. Aquele homem mexia no seu corpo como ninguém. Ela gozou forte, fazendo um escândalo, batendo com as mãos fechadas no colchão e desejando morrer naquele preciso instante, quando o prazer atingia seu ponto máximo.
Alfredo esperou ela se recuperar, tomou um pouco de fôlego e mudou de entrada: escolheu o caminho mais apertado.
___ Ainda está doendo! – reclamou ela – Você já fez hoje!
___ Quero de novo – falou Alfredo -, quero meter tudo aí, quero gozar nessa coisinha apertada.
___ Ai! Ai! – choramingava ela, ciente de que o prazer aproximava-se em louca carreira.
Para facilitar a penetração, Camila foi acomodando o corpo melhor, até ficar de quatro e relaxando ao máximo os músculos. Aquela tora imensa entrava e saía, abrindo-a totalmente, subjugando-a, invadindo até seus pensamentos.
Alfredo aumentou a velocidade e começou a respirar cada vez com mais dificuldade. Sentia-se dono e senhor daquela mulher.
Ele aumentou o ritmo da penetração levando à loucura a bela Camila.
Gozou copiosamente, enterrando-se até o talo nas carnes deliciosas da mulher. Ela gemeu mais alto e sentiu que ele desabava sobre ela. A noite, que já se fazia dia, parecia não ter fim.



27 CAMILA
Por Carlos Higgie
Camila chegou em casa cansada. Passava das seis horas da tarde e o marido estava por chegar. Ela queria ficar sozinha, tomar um banho sossegada, deixar os pensamentos fluir, correr, unir-se e desatar-se sem nenhum sentido, sem nenhum nexo.
Viviam bem, ela e o marido, num apartamento típico de classe média, confortável, bem situado e agradável. Pensava isso enquanto tirava a roupa e caminhava até o banheiro. Precisava de um banho. Precisava apagar o cheiro de Alfredo, que estava impregnado na sua pele, na sua memória.
Uma ducha demorada, intercalando água quente e fria, ajudou-a um pouco. Não muito. Temia que seu olhar a traísse quando olhasse nos olhos do marido. Ele era desconfiado, ciumento. A viagem a São Paulo com Alfredo, seu chefe, tinha rendido uma longa e exaustiva discussão. O pior de tudo era que o marido tinha razão: a viagem se transformou numa perigosa batalha sexual. Uma batalha sem vencidos, só com vencedores.
Depois da ducha ela preparou um lanche rápido, serviu uma taça de vinho tinto e foi até a sala, ligou a televisão e ficou zapeando sem muito entusiasmo.
Quando o marido chegou, ela estava adormecida, segurando o controle remoto, a cabeça inclinada para um lado. Ele sorriu: a sua mulher era muito bonita. Vestida daquele jeito, pronta para dormir, com uma calcinha de algodão e uma camiseta básica que destacava o formato dos seios, ela dava um ar de mulher decididamente sexualizada, sempre pronta para o amor. Chegou perto e beijo-a com vontade. Ela acordou, assustada.
___ Oi, amor! – murmurou quando reconheceu o marido.
___ Cansada? – perguntou ele.
___ Estou super cansada – respondeu Camila.
___ Lamento muito, minha querida – falou ele -, mas hoje você terá que cumprir muito bem suas obrigações: estou morrendo de tesão!
___ Está bem – disse ela, sentindo um frio na barriga -, vou cuidar dos seus problemas e resolver tudo.
Pediram comida chinesa, pelo telefone. Comeram trocando informações sobre os dois dias que passaram longe um do outro. Claro que Camila não contou nada do seu affair com o seu chefe. A cada pergunta, ela percebia o olhar atento do marido, que parecia estudar sua reações.
Foram para a cama cedo. Ele queria brincar. Ela não podia fugir sem levantar suspeitas.
Deixando-a só de camiseta, o marido veio por cima e, quase sem preparação, enfiou tudo dentro dela. Ela gemeu alto e ajudou, separando os grandes lábios com os dedos.
Cláudio, o marido, meteu e tirou com força, buscando o caminho do seu prazer. As bocas unidas, os lábios mexendo-se, as línguas procurando alguma coisa que não encontravam, as salivas misturando-se. Braços, pernas, corpos entrelaçados: o amor explodindo num ritual repetido durante tantas noites, durante tantos dias.
Camila gostava daquele homem dentro dela. Ele era decidido, dominador, macho dono da sua fêmea. Era exigente e, muitas vezes, egoísta. Abria-se para ele, separava suas pernas para receber seu homem bem lá dentro. Adorava seu peso sobre ela, amassando seus seios, comprimindo seu corpo contra o colchão, arrancando dela todo o prazer imaginável.
Naquela noite, Cláudio estava especialmente sedento do corpo da mulher. Fez amor de uma maneira quase violenta, como se quisesse passar para o outro lado da sensual Camila, como se em vez de um pênis mais ou menos normal, tivesse uma lança, uma espada poderosa, um membro enorme capaz de arrombar a mulher e perfurar seu corpo.
Camila sentiu aquela ansiedade toda, aquele desespero por penetrá-la cada vez mais profundo, com mais força, querendo enterrar tudo aquilo que ele tinha e tudo aquilo que ele imaginava ter. Abriu-se mais, levantou as pernas e cruzou-as sobre a cintura do homem, ajudando-o a enfiar-se mais dentro dela.
O marido parecia cada vez mais inquieto. Saiu de dentro dela e ficou de pé do lado da cama. Pegou Camila pelo cabelo e obrigou-a receber seu falo na boca. Ela, deitada na cama, pegou o membro com as duas mãos e aplicou sua melhor técnica, fazendo o homem gemer alto. Ele parou a felação antes de gozar. Voltou para cama, colocou Camila de quatro e, sem muita pratica, pois era algo que ele não fazia freqüentemente, começou a penetrar no caminho mais apertado.
___ Ai, amor! – queixou-se Camila, mais para incentivar o marido que para fazer com que ele parasse.
Ele cravou um pouco e, sem dar tempo para Camila reagir, apertou com mais força, avançando no reduzido espaço.
___ Ai, você está me rasgando! – gemeu Camila e tentou relaxar para ajudar.
Cláudio parou para respirar e depois iniciou um movimento um pouco descoordenado, lentamente ao principio, mais rápido depois. Em pouco minutos, ele gritou forte e desabou sobre a mulher, apertando-se contra ela e gozando. Após respirar um pouco, ele saiu de cima e foi até o banheiro lavar-se.
Camila, quase sem querer, ficou comparando os desempenhos do marido e de Alfredo. Em muitos itens, principalmente no sexo anal, o chefe era melhor. Parecia que ele nunca tinha pressa, que podia beijá-la até o cansaço e fornicar com ela até o fim dos tempos. A grande diferença é que Camila amava seu marido e, como toda mulher moderna, tentava separar o sexo do amor. Mesmo assim, as comparações mexeram com a cabeça da mulher, que sentiu que algo balançava dentro dela.
___ “ Provar o sabor de outra fruta nem sempre é bom negócio “ – pensou, enquanto pulava da cama e ia até o banheiro.



28 ALMOÇANDO NO MOTEL
Por Carlos Higgie
A viagem a São Paulo, a noite suada, batalhada nos campos de Eros, maravilhosa e perturbadora, que passara com Alfredo, mexeu com a cabeça de Camila. Ela sempre tinha sido fiel ao marido, mas desde que o seu big boss abusara dela, num fim de expediente, mostrando-lhe a magia do prazer proibido, roubado, condenado.; desde aquela noite no escritório, seu ser todo clamava por sexo, por beijos selvagens, gestos obscenos, carinhos proibidos, palavras excitantes. Desejava ser possuída, usada, dominada. Desejava a boca safada do homem, inventando carícias no seu corpo todo.; o peso do seu corpo sobre o dela, o movimento atrevido buscando na sua intimidade todo o prazer escondido. Desejava possuir e dominar. Aquilo mexia com seu espirito, aquilo mordia sua alma e fazia com que ela já não soubesse quem era ou aonde estava.
Alfredo, acostumado a essas lides, veterano de guerra no amor e traições, observava-a de longe, adivinhando os pensamentos contraditórios que revolucionavam o pensamento da mulher. Não queria intervir, queria que ela sozinha chegasse a uma conclusão, a uma decisão.
Durante alguns dias, apenas falaram de questões profissionais, apesar de que, de vez em quando, o olhar de Alfredo acariciava as curvas do corpo feminino, mostrando todo o desejo que ele ainda tinha por ela.
Um dia saíram para almoçar quase ao mesmo tempo. Camila saiu antes e encontrou o elevador no andar. Quando já estava fechado-se a porta, Alfredo meteu a mão e abriu a porta. Sorriu, debochado, e quando a porta fechou novamente, avançou sobre ela e beijou-a com paixão. Foi um beijo de cortar o fôlego, mais um beijo roubado, porém plenamente correspondido por Camila.
Recompuseram-se a tempo, antes do elevador chegar no térreo. Sem perguntar, o homem apertou o botão do subsolo, onde ficava o estacionamento. Camila sentiu aquele friozinho gostoso na barriga, como se mil borboletas estivesse batendo assas sobre sua pele e lá dentro do seu estômago.
Subiram no carro de Alfredo e ele anunciou:
___ Vamos comer num lugar legal!
Para variar, ele foi direto para o motel. Apenas entraram no quarto ele derrubou-a sobre a cama, tirou a calcinha da mulher, baixou suas calças junto com as cuecas e penetrou-a decidido, sem violência, mas de um empurrão só: ela já estava molhada e pronta para receber aquele visitante bem-vindo.
Ela pensou que sua roupa ia ficar toda amarrotada, mas o fogo que nascia das suas entranhas liberaram-na daquelas preocupações.
O homem estava realmente tarado: mexia nos botões da sua blusa, tentando liberar os seios, sem parar de mexer-se dentro dela, imprimindo um ritmo rápido, perturbador, um ritmo que mexia com toda a sexualidade de Camila.
Ela ajudou a liberar os seios e ele não teve dúvidas: cravou os dentes nos bicos duros e eretos. Ela gemeu forte e empurrou sua pélvis ao encontro do sexo masculino.
___ Estava morrendo de vontade, meu amor! – murmurava ele no seu ouvido – Estou louco por você, pela sua boca, pelas suas pernas, por essa coisinha apertada e gostosa, pelos teus biquinhos, pelo carinho das tuas mãos.
Ela derretia-se toda a cada estocada e palavra do homem. Sentia-se desejada, amada, possuída. Aquele falo grosso e faminto, grosso e firme, fazia ela viajar por mares profundos do mais puro prazer. Abraçava-o com pernas e braços, passando as mãos pelas nádegas masculinas, ajudava com seus movimentos, desejando que ele tivesse um membro maior, para chegar mais fundo, tão fundo que tocasse sua alma.
___ Vai amor, mete tudo! – pedia ela, abrindo-se, sentindo-se uma prostituta pronta para satisfazer o cliente.- Mete tudo, mete, goza dentro de mim, vai, vai, vai!
___ Camila, Camila, Camila! – exclamava ele – Você é muito gostosa, muito gostosa!
Ele não resistiu muito tempo: gozou com força. Cravando-se profundamente nela, separando bem as pernas da mulher e empurrando tudo para dentro.
Ficaram uns minutos abraçados. A cabeça dele apoiada nos seios de Camila, os sexos ainda em perfeita comunhão. Depois ele levantou-se, foi até o banheiro e, quando voltou perguntou o quê Camila queria comer.
___ Você ! – respondeu ela -, porque agora fiquei com uma vontade louca. Estou pegando fogo! Quero você como prato principal e como sobremesa. E quero agora!
Alfredo sorriu, pediu dois pratos do cardápio e uma garrafa de champanha. Depois caminhou até ela e, beijando-a de mansinho, foi retirando todas as peças que cobriam o corpo da mulher. Quando ele se preparava para recomeçar a brincadeira, ela pediu um minuto e foi até o banheiro. O sêmen, depositado pelo gozo de Alfredo, correu por umas das pernas, antes dela chegar ao banheiro.
Demorou mais de um minuto. Voltou vestindo um roupão.
Alfredo estava deitado na cama, esperando-a, sabendo que com certeza iriam estourar o horário do almoço. Ela abriu o roupão, deitou sobre ele, apertando seus seios contra o peito do homem e falou.;
___ Você me acha uma puta safada, não é?
___ Essas palavras não ficam muito bem numa boquinha tão delicada.
___ Acha ou não? – insistiu Camila.
___ Depende o sentido que você está dando à palavra. Se for pejorativo, estou fora! Acho você uma putinha gostosa, no melhor sentido da palavra.
___ Uma putinha que você pega e usa quando quer...
___ Camila – falou Alfredo -, não entra nesse labirinto! Basta saber que fazemos algo que é bom para nós dois, algo que mexe com nosso sangue e motiva, empurra para continuar a luta diária.
Ela quis argumentar novamente e ele fechou-lhe a boca com um beijo. Foi um beijo demorado, lambido, com as línguas tocando-se inquietas. Ele, pegando-a com as duas mãos pela cabeça, foi direcionando a boca feminina para seu sexo. Ela entendeu o que ele queria e não se negou. Abocanhou o sexo de Alfredo e começou um demorado trabalho de felação.
___ Isso, putinha! – provocava o homem – Assim, minha puta, vai, safada, engole tudo, puta!
As palavras do homem provocavam um movimento frenético na mulher, que se mexia, chupava, mordia, engolia, lambia, com energia e disposição. Quando o membro ficou duro, grosso e firme, ela sentou devagar sobre ele. Já com ele dentro mexia-se devagar, escondendo tudo e tirando quase tudo, desfrutando da sua posição de domínio. Tirou o roupão e cavalgou o corpo tenso do homem até que o orgasmo cresceu nas suas entranhas e explodiu bombas barulhentas nos seus músculos, no seus membros, na sua pele.
___ Como é bom! – exclamou ela, ainda empalada naquele falo delicioso, apoiando o rosto sobre o peito cabeludo.
Ficaram abraçados até que perceberam que a comida já tinha chegado. O relógio mostrou que eles já estavam atrasados, para a jornada da tarde.
___ Vamos ter que aprender a dar uma rapidinha no elevador – brincou Camila, feliz e descontraída.
Alfredo abriu a garrafa de champanha e brindou por eles, por o amor, pelos desejos satisfeitos. Camila sorriu: não tinha forças nem vontade de pensar no futuro, queria aproveitar ao máximo o presente.
A comida já estava fria quando eles começaram a comer.


29 PATTY VOLTOU
Por Carlos Higgie
Diana, Patty e Pierre voltaram da viagem. Alfredo foi informado por Patty, que passou um e-mail, cheio de carinhas alegres, avisando que estava de volta e sentia saudades. Diana não se manifestou e de Pierre ele não esperava nada, nem um bom dia!
O grande problema, para Alfredo, era que estava ficando obcecado por Camila. Aquela mulher estava mexendo e remexendo no fundo das suas emoções. Na sua cabeça de conquistador, ele conseguia separar claramente as coisas, assim como sabia desfrutar, sem misturar sentimentos, de uma boa sessão de sexo. Mas Camila, assim como Diana num tempo não tão longínquo, tomara conta da sua vida e invadia todos os cantos e recantos da sua consciência.
Alfredo não acreditava na fidelidade. Achava que ninguém era de ninguém, que num mundo tão amplo, tão cheio de oportunidades, seria um desperdício sujeitar o coração, e o corpo, a uma pessoa só. Por alimentar e emitir tal tipo de pensamentos, sua ex mulher o acusava de ser pérfido e cínico. Claro que ele não concordava e, por essa e outras coisas, separou-se e foi viver a sua vida.
Marcou um encontro com Patty, afogando o que sentia por Camila.
Foram até uma cidade próxima, num excelente restaurante que Alfredo conhecia. A garota, cheia de histórias para contar, quase não comeu e bebeu muito pouco. Falava maravilhas da viagem que tinha feito com Diana e Pierre.
Alfredo escutava, com toda a paciência do mundo, esperando o momento certo para encerrar a refeição e partir para outra atividade mais interessante. Mas Patty tinha muito para contar e falou até perto da meia-noite.
Finalmente pediram cafezinhos. Alfredo pediu, para encerrar a noite, dois cálices de licor de anis.
___ Não vamos pegar a estrada – propôs Alfredo -. Vamos dormir por aqui: conheço um hotelzinho muito bom e aconchegante.
___ Está bem – respondeu a garota -, eu não tenho nada para fazer amanhã cedo.
___ Eu trabalho – falou Alfredo -, mas acho que o pessoal pode se virar sem mim por uma manhã.
___ Por isso que é bom ser patrão – comentou Patty.
O quarto do hotel era bem simpático. As luzes indiretas eram todas de uma tonalidade amarela, com alguma puxando para o vermelho, o que misturado ao amarelo predominante, criava um clima agradável. A cama era grande e os lençóis cheiravam a amaciante. Não tinha banheira de hidro-massagem, mas o banheiro parecia muito limpo.
Quando entraram, Patty fechou a porta e ficou encostada nela. O homem aproximou-se, pegou-a pela cintura e buscou os lábios que se abriam esperando o beijo. Foi um beijo suave e demorado.
___ Senti muitas saudades – falou Patty.
___ Vamos matar essa saudade! – sorriu Alfredo.
Encostada ainda na porta, a garota deixou que ele tirasse suas roupas, deixando-a só de calcinha. Ele, vestido ainda, atacou os seios dela, tentando colocar um deles, inteiro, na boca. Não entrava, ficava uma boa parte de fora, mas o esforço dele mexia com o desejo dela.
___ Você continua tarado! – gemeu ela.
___ Cada vez mais! – afirmou ele.
Os dentes afiados trabalharam delicadamente sobre os bicos eretos, desviando-se, de vez em quando, para atacar uma orelha ou os lábios. Patty levantou os braços, separou as pernas, sinalizando sua entrega total. De pé, ali contra a porta, sentia-se uma fêmea desejada e realizada pelo desejo do homem, um macho faminto e sábio em amores.
A mão direita dele escorregou pelo meio das pernas femininas, subiu e desceu, meteu-se dentro da calcinha e descobriu que ela estava pronta para o amor. Alfredo, sem deixar de beijar os seios e passar, rapidamente, a língua pelas axilas da garota, penetrou o sexo jovem com um dedo e começou a mexer devagarinho.
Patty sentiu que seu corpo todo amolecia e que as pernas não iam suportar o seu peso. Por outro lado queria sentir a pele do homem na sua pele e ele continuava vestido!
___ Tira a roupa! – quase gritou ela.
Alfredo não respondeu, separou-se um pouco dela, abriu o zíper, tirou o membro para fora, puxou a calcinha dela para um lado e ali, de pé, socando-a contra a porta, penetrou-a e não parou até sentir que ela estava gozando.
Aquele jeito animal dele, mexia com a garota.
Quando ela se recuperou do primeiro orgasmo, ele a levou até a cama. Desvestiu-se e, separando as pernas dela, começou a beijar o sexo úmido. Patty sentia-se muito molhada, demais. Pegou uma toalha de banho que estava do seu lado, afastou um pouco a cabeça de Alfredo e passou a toalha na gruta sedenta.
___ Molha de novo! – pediu, sorrindo, para Alfredo.
Alfredo murmurou alguma coisa e voltou ao seu trabalho. Mexendo com os lábios, com os dedos, com os dentes, ele provocava arrepios na garota. Ela gemia e, de vez em quando, dava uns gritinhos, mostrando que aquilo que ele estava fazendo a excitava muito.
Ela gozou outra vez. Então Alfredo acomodou-se sobre ela e penetrou até o fim, arrancando um palavrão dos lábios de Patty. Ele entrou e saiu algumas vezes e depois tirou tudo e fez ela virar para ele. Deitados os dois, lado a lado, as nádegas dela encostada no púbis dele, Alfredo começou uma brincadeira de colocar na portinha do pequeno olho e deixar escorregar até o sexo receptivo. Ao mesmo tempo separava com uma mão as nádegas vibrantes e acariciava, com a outra, o clitóris cor de rosa. Não parava de beijar a nuca da garota e de morder, “en passant “, o pescoço suave e sensível.
Acomodou-se melhor, separou bem as nádegas, mirou e começou a meter devagar. Ela respirava com dificuldade, sentindo que o membro a abria lentamente e metia-se cada vez mais.
___ Faz tempo...- começou a falar ela e parou porque ele imprimiu um pouco mais de força na penetração – Ai, ai!
A ponta já estava lá, abrindo o caminho para o restante. Ela percebeu que era inútil resistir, por isso relaxou e mexeu um pouco para trás as nádegas. Entrou mais.
___ Parece maior – gemeu Patty.
___ Cresceu, esperando por você – falou cinicamente Alfredo.
___ Você só gosta disso – reclamou a garota.
___ Gosto de tudo e disso também, meu amor – afirmou o homem.
No jogo de vai e vem, de tirar e botar, o grosso membro alojou-se e tomou conta do espaço. Ela sentiu que estava tudo dentro e mordeu o travesseiro. Ela reclamava mas gostava de sentir-se possuída daquele jeito. Era uma sensação intensa, quase única.
Alfredo pegou-a pela cintura, separou seu tórax das costas dela, segurou-a pela cintura, e começou a meter devagar. Ela gemia a cada estocada e esforçava-se para facilitar a entrada, abrindo-se cada vez mais e desejando que o liquido dele lubrificasse mais o apertado caminho. Estava doendo como nunca, talvez porque nos últimos tempos ninguém tinha usado aquele caminho, mas ela não queria que ele parasse.
Movimentando-se devagar, e sem sair de dentro, Alfredo fez ela ficar de quatro. De joelho, bem plantado detrás dela, segurou a cintura da garota, abrindo bem as mãos e separando com os polegares as nádegas.
Patty enfiou a cabeça no travesseiro, para afogar os gritos de dor e de prazer, e esperou o inicio do vaivém. Era como um pêndulo, ou seria um êmbolo?, que depois que iniciava o movimento não parava mais.
Entrava tudo, até o fundo, saia provocando nela uma sensação de vazio, entrava tudo de novo, rasgando, empurrando, levando tudo lá para dentro. A sensação de dor, de que estava sendo rasgada, durou pouco. O prazer daquele atrito delicioso começou a tomar conta do seu corpo. Ela gritava, a boca enfiada no travesseiro, as mãos segurando a cabeceira da cama, sentindo aquele instrumento de prazer abrir suas carnes e remexer no mais profundo da sua sensualidade.
___ Me rasga! – pediu, num momento de total loucura – Me rasga toda!
Alfredo não agüentava mais: as suas pernas tremiam pelo esforço prolongado, o seu sexo latejava e estava pronto para ejacular. Ele não quis segurar mais.; aumentou o ritmo de penetração, fazendo com que Patty gritasse mais alto, e deixou o gozo tomar conta dos seus músculos, da sua sensibilidade, do seu ser.
Gozou até sentir que o seu liquido enchia aquele apertado caminho do prazer.
Caiu sobre a garota: cansado, suado e satisfeito.

30 NO APARTAMENTO DE CAMILA
Por Carlos Higgie
Acordou antes que o despertador gritasse perto do seu ouvido. Tomou um banho demorado, fez a barba sem muita pressa e ligou a cafeteira.
Vestiu-se pensando no que tinha acontecido no dia anterior. Ao amanhecer, ainda naquele hotelzinho da cidade próxima, acordou com Patty colada nele e pedido, sem falar, para ser possuída. Não negou fogo, foi para cima da garota e deu-lhe o que ela estava querendo. Mas no gozou. Sentia-se cansado e, ao mesmo tempo, feliz.
Voltaram depois do café da manhã. Alfredo deixou-a perto do apartamento de Diana, ligou para o escritório, passou algumas ordens e foi direto para casa. Só foi até a empresa depois do almoço.
Camila, com um olhar de curiosa, indagava, sem perguntar, o quê tinha acontecido. Ele não deu chance para a mulher fazer a pergunta. Foi cordial, mas sem deixar espaço para ela entrar no assunto.
No final do expediente, ela ficou para trás propositadamente. Alfredo encontrou-se com ela no elevador. Beijaram-se, como sempre faziam, apenas a porta se fechou.
___ Alfredo – falou ela, quando conseguiu respirar novamente -, o meu marido vai viajar amanhã, vai ficar um dia fora e eu terei uma noite inteira para você...
___ Perfeito! – comentou, Alfredo, pensando que às vezes a maré está boa para pesca e outra vezes, muito ruim. Naquele momento ele estava numa excelente fase.
___ Só tem um detalhe: só pode ser no meu apartamento – completou Camila.
___ Isso é loucura, Camila – falou ele -. Se teu marido resolve voltar antes estamos ferrados. E se um vizinho me ver entrando!
___ Vai dar tudo certo, você chega depois das onze e sai antes do amanhecer. Ninguém vai notar, meus vizinhos são todos uns velhos, dormem cedo. Tem outra coisa, meu marido pode ligar, por isso preciso ficar em casa.
___ É muito complicado, Camila – insistiu ele -. Por quê não vamos para um motel? Leva o celular, diz que estás numa festa...
___ Confia em mim, Alfredo – pediu ela -. Vai dar tudo certo.
Alfredo serviu uma xícara de café e ficou pensando no diálogo com Camila. Estava preocupado, não gostava de se expor dessa maneira. Não queria ter surpresas desagradáveis. Afastou os pensamentos negativos e pensou que seria muito bom devorar e ser devorado por aquela mulher durante uma noite inteira. Bebeu os últimos goles de café e resolveu tomar o rumo do trabalho, antes que ficasse mais tarde.
Durante todo o dia ela o provocou. Sentava cruzando as pernas e mostrando toda a exuberância das suas coxas, encostava o seio no braço dele, como se fosse sem querer, lançava olhares discretos, mas carregados de paixão, chegava bem pertinho, para ele sentir o seu perfume. Foi uma tortura para Alfredo. Imaginava ela em muitas posições, entregue, dominada pela sua força de macho, via claramente o rosto dela na hora do gozo, possuída, viajando por emoções novas e fortes, abrindo-se para o amor.
O dia demorou passou vagarosamente e Alfredo não via a hora de ir para casa e, depois, encontrar-se com ela.
Foi pontual: as onze horas estava tocando no interfone. Ninguém por perto, ninguém no corredor, ninguém no elevador. Chegou ao quinto andar e percebeu a porta encostada, deixando escapar uma fina fresta de luz. Não precisou bater, entrou direto no apartamento.
A sala estava apenas iluminada por velas estrategicamente distribuídas. Na mesa de jantar, esplendorosamente montada, um candelabro com três velas brancas iluminava os camarões gigantes, a salada, o balde com a garrafa de champanha, as taças, a montagem toda da mesa.
Ela estava ali, simplesmente deslumbrante, sentada num banco alto, perto do bar, um vestido longo com uma abertura que mostrava grande parte da coxa morena, sapatos de salto alto, um colar que brilhava na indecisa luz das velas, uns brincos grandes e leves, o cabelo recolhido, a boca carnuda, pintada e com contorno, esperando o beijo, esperando a boca selvagem que decifrasse todos os medos, todos os desejos, todos os mistérios.
Camila não se mexeu. Esperou ele fechar a porta, caminhar até ela e tentar abraçá-la. Deteve-o com um gesto.
___ Champanha? – perguntou, usando um tom que era um pedido e não uma pergunta.
___ Champanha – concordou ele e caminhou até a mesa, estourou a rolha liberando o liquido borbulhante.
Serviu duas taças e voltou até a mulher. Brindaram e beberam olhando-se nos olhos. A boca dela, umedecida pela bebida, estava simplesmente tentadora. Alfredo não resistiu, deixou a taça no balcão do bar e atacou aqueles lábios deliciosos. Ela correspondeu ao beijo com toda a paixão que era possível, respirando do ar dele e dando e recebendo saliva.
Alfredo, sem deixar de beijar, levantou um pouco o vestido, que por ser longo atrapalhava bastante, e buscou com uma mão a carne tenra da mulher. Pelo tato soube que ela estava com aquelas meias que o deixavam doido, avançou um pouco mais e chegou na calcinha, tão fina que praticamente era como se estivesse sem nada. Não precisou separar a calcinha para comprovar que ela já estava completamente excitada: molhada e quente. Passou a mão por cima do tesouro dela, enfiou a língua na boca entreaberta e puxou-a para mais perto dele, chegando a mexer com o banco.
Camila soube que ele estava no ponto certo. Separou sua boca da boca masculina, desceu do banco e levou-o da mão até a mesa.
___ Vamos comer – disse, puxando uma cadeira e sentando.
___ Vamos comer – repetiu Alfredo, sentindo que seu membro tinha crescido desmesuradamente dentro da calça, formando um vulto escandaloso.
Comeram pouco: a fome era outra. Mas beberam bastante champanha.
___ Antes de que você caia encima de mim – falou Camila -, quero saber uma coisa. Onde o senhor estava na outra manhã e, talvez, na noite anterior, que não apareceu no trabalho?
Alfredo sorriu. Pensou em ser deselegante e informar que era solteiro e dono da empresa. Então, pelo menos em teoria, não tinha que prestar contas a ninguém. Conteve-se e falou:
___ Por aí, precisava de um pouco de espaço.
___ Sozinho?
___ Sozinho – respondeu ele, olhando-a diretamente nos olhos.
___ Sou ciumenta e você é um mentiroso– esclareceu ela.
___ Eu também, fico morrendo de ciúmes cada noite, quando você vem para aqui e cumpre com suas obrigações maritais. Com certeza ele não dá folga e usufrui esse corpinho maravilhoso todos os dias. Usa e abusa!
Ela gostou do que ele falou e sorriu satisfeita.
___ Você é um homem escorregadio, muito, muito safado. Só um detalhe: eu sei como te fazer feliz – terminou de falar, soltou o cabelo e desapareceu debaixo da mesa.
Alfredo não se mexeu quando ela, ajoelhada e escondida pela toalha, abriu sua cinta, baixou o zíper, mexeu na cueca e liberou seu sexo. Ela limpou o sexo com um guardanapo, que antes tinha limpado sua boca, retirando aquela baba que brotara dele. Alfredo fechou os olhos, separou as pernas, apoiou as mãos sobre a mesa e começou a desfrutar dos carinhos dela.
Camila era muito boa naquilo, era uma verdadeira especialista. Trabalhava com perfeição, lambendo e mordendo, sugando, assoprando, passando de leve a língua, trabalhando com os dedos, com os lábios, com a língua, com os dentes, com as bochechas e, de vez em quando, enfiando a cabeça de um olho só numa das orelhas. Quando ela estava com tesão era insuperável.
Alfredo levantou a toalha e separou um pouco a cadeira, para ver o desempenho dela. Camila abriu os olhos e passou a chupar o sexo olhando para ele, cravando a cada tanto as unhas nas coxas dele.
___ Quero que você goze na minha boca, amor – falou ela, concedendo um pequeno intervalo para o latejante membro.
Falou e voltou para sua tarefa, imprimindo muita energia mas, ao mesmo tempo, praticando toda sua suavidade. Alfredo levou as mãos até a cabeça dela, orientado os movimentos. Em poucos minutos, ele estava jogando na boca dela jatos do branco liquido. Ela manteve-se firme, sem soltar o membro, sem deixar escapar nada. Continuou sugando o falo, deixando ele amolecer lentamente na sua boca. Ele ficou hasteado a meia bandeira. Satisfeita, ela saiu da sua incomoda posição, limpou os lábios com o guardanapo, incorporou-se, deu um beijo em Alfredo, ao passar, pegou sua taça e bebeu lentamente um longo gole.
Alfredo apenas teve tempo de arrumar a calça e ela já estava puxando-o rumo ao dormitório. Caíram na cama vestidos, agarrados, as bocas trocando beijos apaixonados, as mãos procurando as partes mais sensíveis dos corpos. Entre beijos, amassos, mordidas, encontros e desencontros, palavras confusas, frases sem sentido, foram ficando nus. O vestido dela foi praticamente arrancado e jogado longe da cama, o soutien foi levantado, permanecendo preso ao corpo, a calcinha dela ficou enrolada no seu tornozelo direito, as meias apenas desceram um pouco, o colar arrebentou em alguma lugar e ficou por ali, testemunhando a loucura dos dois, junto com os brincos que não saíram das orelhas.
Ele nem sequer tirou totalmente as calças, puxando-as para baixo, até a altura das meias, levando as cuecas juntas. Tirou só a camisa e partiu para cima dela. Ela separou as pernas e recebeu o membro gemendo e falando palavrões, levantou-as um pouco para aprofundar a penetração e, num movimento rápido, cruzou-as sobre as nádegas dele. As bocas não paravam de encontrar-se, brigando e entendendo-se , beijando e mordendo, respirando um o ar do outro.
Como Alfredo já tinha gozado, consegui controlar mais seu desempenho. Quando ele cravou os dentes nos mamilos dela, sentiu que ela ia gozar logo. Pegou-a firme e meteu com mais força, provocando um atrito maior e com mais velocidade. Camila contraiu os músculos do corpo todo e gritou que estava gozando, amolecendo lentamente, deixando suas pernas cair bem separadas, entregando-se ao desejo do homem.
Alfredo continuou metendo e tirando. Camila gritava que queria mais e mais. De pronto interrompeu um grito, sufocou um gemido mais alto e, respirando com dificuldade, pediu: “ Me enraba amor, mete esse pau no meu rabo!”
Ele adorava aquela doida. Ela ficou de quatro, o bumbum bem empinado, as mãos segurando firme a cabeceira da cama, as pernas bem separadas, a face direita apoiada no travesseiro, o corpo, o espirito, a alma e a mente preparados para o sacrifício.
Alfredo preparou bem o caminho: abriu as nádegas, passou dois dedos no sexo molhado, trouxe para cima, levou a boca até o objeto desejado, beijou, passou a língua, enfiou-a um pouco e deixou uma trilha de saliva. Depois provou o caminho com um dedo, penetrando devagar e mexendo para dentro e para fora, forçando um pouco, para os lados, o apertado anel. Ela gemia e pedia mais. Ele forçou o apertado canal com dois dedos e ela xingou-o, pedindo que ele a penetrasse de uma vez, que estava ficando doida, que não agüentava mais tanto suplício. Ele obedeceu, direcionou a lança para o alvo, e meteu de uma só vez, com raiva, com força, sem piedade, arrancando um urro espetacular da mulher, que desabou sobre a cama, levando com ela o homem.
___ Você me rasgou! – gritou, tentando incorporar-se.
Ele usou o peso do seu corpo para dominá-la. Permaneceram quietos, ela xingando e choramingando, ele respirando pesadamente, colados os lábios na nuca feminina. O falo estava enterrado lá dentro e parecia inchar mais a cada soluço da mulher.
Alfredo esperou ela se acalmar e ensaiou um movimento leve, retirando-se e voltando a penetrar. Bem devagar, falando no ouvido dela, declarando todo seu amor, seu tesão por ela, dizendo que era tarado por aquele buraquinho, por aquele bumbum arredondado, pelo corpo todo da mulher.
Ela foi relaxando e parou de reclamar e xingar. Pouco a pouco o seu carrasco fazia com que ela passasse da dor para uma faceta diferente do prazer, misturando sensações contraditórias. Camila foi pegando o ritmo dele e levantando as nádegas, abrindo-se com um pouco de temor, mas com muito desejo, sentindo as estocadas do homem bem lá no fundo da sua alma.
Alfredo não se conteve e aumentou a força das penetrações: queria esvaziar a alma naquele olho mágico, naquele pequeno poço de prazer. Camila gemia alto e entregava-se ao delírio do homem, sentindo uma esquisita e maravilhosa mistura de dor e prazer.
___ Vai amor! – incentivava, mordendo o travesseiro, o cabelo caindo sobre seu rosto.
___ Ele é meu? Só meu? – perguntava Alfredo, socando forte, sem esperar a resposta.
___ Só teu amor, só teu amor, aaah, aaah! – gritava Camila, preenchida e feliz, abrindo-se para o vaivém do seu macho, sabendo-se uma fêmea amada e desejada.
___ Só...meu? – insistiu Alfredo, começando a gozar.
___ Ai, ai, teu, só teu, meu tarado! – respondeu a mulher, percebendo que ele estava gozando e mexendo rapidamente no seu sexo, para apressurar seu gozo e acompanhar o homem naquela viagem fantástica.
Gozaram juntos, prolongando ela seu gozo muito além da ejaculação de Alfredo. Quando ele cravou uma vez mais, indo até o fundo, e colou seu corpo no dela, caindo os dois para um lado, ela sentiu que o orgasmo batia em todas as células do seu corpo e voltava para o epicentro, recomeçando muitas vezes, até fazer com que ela perdesse a noção do tempo e do espaço.
Alfredo saiu do apartamento antes de que o amanhecer chegasse. Estava exausto. Aquela mulher acabava com ele.

31 TODAS AS MULHERES

Preparou um café não muito forte, ligou o som, escolheu um CD que fechasse com seu estado de espirito e pegou o livro. Leu alguns parágrafos. Parou. Não conseguia se concentrar. Mergulho por uns instantes nos acordes da música, deixou-se levar no embalo. A imagem de Camila abriu um caminho imenso na sua sensibilidade.
Camila era, sem dúvidas, a mais grata surpresa dos últimos tempos, na sua vida. Quando ela começou a trabalhar na empresa, o porte, o jeito da mulher, chamou imediatamente sua atenção e pensou em desfrutar daquela morena atrativa. Aconteceu, ela acabou cedendo ao seu assédio e, a medida que os encontros clandestinos avançavam, ele sentia-se cada vez mais atraído pelo charme, a sensualidade, a beleza e o jeito manhoso de deixá-lo completamente louco. Segundo ela, nunca havia traído o marido. Alfredo não acreditava muito nessa afirmação, mas reconhecia que ela era muito discreta e respeitava, de uma maneira nada convencional, o marido. Só que com ele, seu chefe e amante, ela se transformava numa doida maravilhosa, forçando os limites e pedindo sempre mais.
O homem, bebericando o café e mergulhando nas lembranças, buscou no passado próximo um ponto de partida para essa fase tão espetacular da sua vida, com tantas mulheres ao alcance da sua mão. Depois da sua separação entrara numa espécie de ostracismo, negando-se a encontrar pessoas, negando-se a freqüentar lugares que o aproximassem delas. Até que apareceu Diana. A garota, irreverente, ousada, fez uma aposta com uma colega, afirmando que conquistaria o coroa em poucos dias e partiu para o ataque. Alfredo, que já tinha uma queda pela menina, deixou-se envolver por ela. Na brincadeira, Diana quase levou a pior, apaixonando-se pelo homem, mais velho, mais experiente, sábio em amores. Mesmo assim ela caiu nos laços do matrimonio e continuou cometendo loucuras com Alfredo, envolvendo o próprio marido e dando de bandeja, para seu amante, a dourada Patty. Tentando fugir do círculo vicioso, todos se afastaram e Alfredo procurou em outras mulheres apagar a lembrança de Diana e Patty. Não foi possível, de alguma maneira quase inexplicável, os seus caminhos se afastavam e, logo ali na frente, voltavam a encontrar-se.
Camila, casada, uma mulher além dos trinta, com idéias claras sobre o que queria, sabendo exatamente aonde queria chegar, apareceu na vida de Alfredo para romper aquele círculo vicioso, que estava tornado-se até perigoso, considerando os ciúmes doentios de Pierre, o marido de Diana.
Camila, Camila, aquela mulher era doida! Alfredo lembrou como tinha se arriscado indo ao apartamento dela, quando o marido estava viajando. Saiu de lá de madrugada, exausto e feliz, mas decidido a não voltar mais. Naquele dia, Camila não foi trabalhar. Ligou para Alfredo e explicou que estava morta de cansaço, que ele tinha acabado com ela, pediu a manhã de folga e perguntou se ele não queria repetir a festa à noite, pois o marido só voltaria no dia seguinte, no final da tarde.
___ Pode pegar o dia livre – falou Alfredo, pensando que essa era a parte ruim, ao misturar o trabalho com o prazer – e quero me encontrar com você, mas não no seu apartamento. Estamos arriscando muito.
___ Está bem – concordou ela -, mas não posso voltar tarde para casa, ele me liga sempre lá pelas onze da noite.
Alfredo passou num sex shop antes de encontrar-se com ela. Queria levar algumas surpresas para a mulher e ver como ela reagia.
Naquele fim de tarde, foram a um motel e, apenas entraram no quarto, Alfredo colocou uma venda nos olhos de Camila, sussurrando palavras que mexiam com ela. Com os olhos vendados, ela aguçou ao máximo seus outros sentidos. Seus ouvidos informavam constantemente sobre os movimentos do homem ao seu redor: caminhando lentamente, despojando-a com premeditada demora das roupas, falando baixinho, elogiando o corpo que ia desnudando, expondo aos seus olhos libidinosos. Sua pele, em estado de alerta, transmitia os estímulos que recebia: um beijo leve aqui e ali, uma mão que ensaiava uma caricia e fugia, um dedo que explorava, com preguiça, algum pedaço do seu corpo. Sentia a presença do corpo masculino, próximo do seu, exalando um forte cheiro de desejo, alimentando uma reação química que ela não podia negar. Nua, e sem poder enxergar, foi levantada e levada até a cama. Pelos barulhos percebeu que ele também estava ficando nu. Escutou um barulho metálico, rápido, seco, enquanto seus braços eram puxados com força, para cima da cabeça: estava algemada, presa a algum lugar da cama.
___ Alfredo...- hesitou ela, sentindo uma pontinha de medo subir pela sua barriga.
___ Quieta! – ordenou ele -. Fica quieta!
Antes de terminar de falar, ele já estava separando as pernas da mulher e atando-as, com uma fita ou algo parecido, mantendo-as bem separadas e praticamente imóveis.
___ O quê é isso? – insistiu Camila.
___ Nada, hoje você é minha escrava – disse ele.
O que aconteceu depois foi indescritível. O corpo dela foi explorado por diferentes objetos: quentes, frios, metálicos, plásticos, com óleo, sem óleo. O ápice das sensações aconteceu quando algo, parecido com uma faca muito afiada, começou a percorrer cada centímetro do corpo feminino. Ela protestou e levou um tapa na cara, um tapa leve, que quase não deu, mas era um tapa! Aquele instrumento, faca ou o que fosse, pressionava sua pele, passando por pontos delicados e provocando na mulher sensações contraditórias. O medo, a dúvida, a excitação, o desejo crescente, tudo se misturava num louco maremoto. Num instante os objetos sumiram do seu corpo e os lábios, a língua, as mãos, o corpo de Alfredo, começaram a trabalhar sobre ela.
O homem deteve-se especialmente nos seios: beijou, mordeu, chupou e intercalou longas sessões de beijos com intervalos trabalhados com pedras de gelo. O contraste da boca quente e o gelo deixavam os bicos eretos e alertas, grandes e duros. Então ele cravava os dentes, fazendo-a gritar.
Alfredo desceu, brincando com a língua, detendo-se e torturando-a com cada caricia. Até que chegou no sexo sedento e atacando-o com todos os recursos disponíveis. Ela chegou a seu primeiro orgasmo da noite, quando ele enfiou a língua sem medo, brincando, ao sair, com o clitóris. Ela gemia forte e pedia para que ele a soltasse. Alfredo não falava, continuava brincando com o corpo da mulher.
Ela sentiu que ele se posicionava para penetrá-la e abriu-se para receber o membro desejado. Mas não foi ele que entrou. Algo maior, bem lubrificado, separou os lábios já vermelhos e entrou sem pedir licença, abrindo ao máximo o sexo da mulher.
___ É incrível – sussurrou Alfredo -, entrou quase tudo!
Ela sentia que algo enorme, muito grosso, estava entrando e saindo da sua vagina, algo realmente duro e grande. O medo de machucar-se, de ser machucada, cedeu passo à curiosidade, ao desejo.
___ É muito grande? – perguntou num fio de voz.
___ É enorme! – respondeu Alfredo, enfiando mais um pouco.
___ Quero ver! – pediu ela.
___ Não – falou Alfredo -. Depois eu deixo ver... Só sente o tamanho, a grossura, sente como ele abre e leva tudo para dentro. Sente...
___ Estou sentindo! – gritou Camila, louca de desejo – Ele está me rasgando!
___ Falta só a metade – informou Alfredo – e eu vou botar tudo!
___ Não! – suplicou ela – Vai devagar, não quero me machucar!
___ Sente como ele entra macio, abrindo tudo – falou Alfredo.
___ Sinto, eu sinto. Oh!, como ele é grande!
Alfredo começou a mexer, metendo e tirando o objeto, cravando até o fundo e retirando tudo, para voltar a enterrar, enlouquecendo a mulher, que gritava e xingava, enquanto o orgasmo nascia no centro do seu corpo e espalhava-se pelos seus músculos, pelos seus nervos, por toda sua pele, jogando a mulher num torvelinho de emoções.
Ela ainda gozava quando o homem soltou as tiras que prendiam suas pernas. Algemada e com os olhos vendados, ela tentava adivinhar os movimentos do homem. Só soube quando ele acomodou-se entre suas pernas, levantando-as e apoiando-as nos ombros. Naquele posição ela estava totalmente exposta, com seus orifícios a mercê do membro faminto.
___ Amor! – sussurrou ela, como se estivesse pedindo piedade.
Ele não teve. Enfiou de uma vez só no sexo úmido. Ela sentiu, por primeira vez que ele não era tão grande. O objeto que ele tinha usando anteriormente, deixaram nela a sensação de que estava totalmente alargada.
Ele entrou e saiu algumas vezes e depois, sem aviso prévio, mudou a entrada, forçando a cabeça do membro na pequena entrada.
___ Amor! – repetiu ela, suplicando.
Ele forçou e ela sentiu como o membro deslizava, firme, molhado, grosso e macio, avançando pelo estreito sendeiro. Estava tudo lá e ela não tinha como fugir. Alfredo entrou e saiu um pouco, empurrando com força, indiferente aos gritos da mulher. Depois parou e tirou tudo de uma vez, arrancando um suspiro prolongado de Camila.
Sem soltá-la das algemas, ele virou o corpo da mulher, deixando-a de quatro, colocando alguns travesseiros debaixo da barriga, para empinar mais o bumbum.
___ Chega, Alfredo! – pediu ela, sem muita convicção.
___ Estamos apenas começando – falou ele e acomodou a grossa cabeça na pequena entrada.
Naquela posição, Camila teve a clara sensação de que tinha entrado muito mais, percebendo claramente como o púbis dele, os testículos, as coxas cabeludas, encostavam na suas nádegas, nas suas coxas.
Ela perdeu a noção do tempo e do espaço. Escutava, como se estivesse muito longe, as frases confusas, a respiração cada vez mais agitada, as palavras soltas do homem. Ele gozou e fez ela gozar, cravando-se numa última e magistral estocada, que regou sua alma com jatos de esperma.
Ele demorou uma eternidade para abrir as algemas e retirar a venda. Ela queria ficar ali para sempre, ensartada, preenchida pelo sexo maluco daquele homem doido.
Relembrando aqueles momentos, naquele domingo solitário, bebendo um café que já estava frio, Alfredo percebeu que estava excitado, que apenas a lembrança daquela noite já mexia com ele.
Desejou intensamente que Camila estivesse ali, perto dele, para saborear, desfrutar mais uma vez daquele corpo maravilhoso.
Não era possível. Ela estava com o marido. Pensou, então, em Patty. Talvez ela poderia apagar a saudade que sentia, naquele domingo solitário.









































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