Ainda anteontem, sábado, pudemos constatar os efeitos de nossos trabalhos de influenciação mediúnica, vibrátil, em favor da conscientização das pessoas quanto ao ato de votar em si, sem que onerássemos nossa ousadia com o nome específico de quem deveria ser eleito através do voto meditado, consciente, sincero, voto que venha a representar, do fundo da alma, a mais legítima expressão da vontade de cada um. Desse modo, realmente, o povo brasileiro vai ter de fato “o governo que merece”, porque representativo da vontade majoritária da Nação.
Deus nos livre e guarde de perniciosa influência, pois quem irá depois sofrer as conseqüências de ato mau, não bafejado pela justiça divina e não coerente com os ensinamentos que nós vimos recebendo e que ousamos ensinar? Nós mesmos! Aqueles que, inconseqüentemente, julgarem que tudo podem, uma vez que têm o domínio das mentes, no sentido de se fazerem presentes durante o ato mesmo do pensamento, da reflexão e da decisão.
Eis que nos abstivemos, portanto, de sugerir nomes, mas cremos que ato de plena consciência, que envolve os aspectos mais prementes da vida social, terá, por força, de levar o eleitor a manifestar-se em prol do candidato que contém, na plataforma de governo, e detém, no fundo do coração, os princípios da recuperação político-social-econômica que a grande maioria dos infortunados e muitos dos que têm coração puro almejam.
Sendo assim, apesar de não ter sido trabalho específico em favor da candidatura mais progressista, no que tem de mais próximo das aspirações populares, certamente advirá crescimento do número dos que a dezessete de dezembro irão optar a favor do candidato trabalhador. Não que detenha o poder de extasiar a quantos espíritos se empenhem nos trabalhos, mas, sem sombra de dúvida, este candidato, em virtude de seus atributos pessoais e dadas as pessoas e objetivos que o cercam, resume, indiscutivelmente, o que de melhor a Pátria pode obter nestas circunstâncias.
Por isso, é preciso incentivar o voto do povo, agora de pessoa para pessoa, quando as manifestações de apoio podem livremente se dar. Se cada brasileiro consciente de seu voto puder ampliar o quadro dos eleitores favoráveis à esquerda, iniludivelmente teremos a vitória nas urnas do candidato mais adequado a levar avante o nosso projeto de assistência em todos os aspectos da vida nacional.
Por outro lado, grandes dificuldades advirão para todos, caso a vontade da maioria não logre elegê-lo, ficando todo o poder sob o domínio de seu adversário, homem mais talhado ao continuísmo, à manutenção nos quadros políticos, sociais e econômicos das mesmas pessoas e, por via de conseqüência, das mesmas entidades que desfrutam há muito tempo de regalias de dominação e de exploração, que conduziram o país ao estado caótico atual.
Não queremos afirmar, com isso, que iremos negar o apoio de nossos serviços em favor desse candidato, mas estamos enfatizando, e isso o fazemos pela terceira ou quarta vez, que muito mais penoso será o trabalho de reconstrução nacional se tomar conta da Nação, por ironia do destino, aquele partido que colocou como sua própria divisa a reconstrução nacional. De qualquer forma, empenhemo-nos em fazer o que estiver ao nosso alcance para favorecer escolha que garanta, ao menos, a consecução dos objetivos reais que se encontram verdadeiramente impregnados no âmago da vontade e do coração de cada um, para que não paire dúvida quanto à representatividade do eleito.
Queremos, ainda, elevar preces no sentido de que todos sejamos devidamente amparados em nossas tarefas diárias, estas sim absolutamente necessárias para o nosso progresso e para a nossa elevação rumo à casa do Senhor.
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