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cronicas-->A rebelião do lado errado -- 16/05/2006 - 18:13 (Mauro de Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A rebelião do lado errado

Os atos de terrorismo que estão ocorrendo em São Paulo têm como fato gerador os "dois pesos e duas medidas" no julgamento e hospedagem, daqueles que "labutam" na classe dos bandidos brasileiros. O desgoverno ainda não percebeu que da mesma maneira que existe a Classe A e Classe B para os homens de bem, trabalhadores e pagadores de impostos, também existem as duas classes de criminosos hediondos.
As duas classes criminosas têm acesso à televisão, jornais, celulares e todas fontes de informação do mundo moderno. Fica claro que o criminoso classe A tem regalias que a classe B nem sente o cheiro. Enquanto a Classe A é julgada no Supremo Tribunal Federal a classe B é julgada na justiça comum.
No Supremo as sentenças são vintenárias quando não ocorre prescrição ou arquivamento por falta de provas. Junte-se ao fato que o bandido Classe A responde ao processo em liberdade podendo muitas vezes repousar no exterior ou na fazenda de um correligionário no interior do país, enquanto outros processos estão na pauta e as intimações ou citações se perdem no labirinto da burocracia processual.
Na justiça comum o bandido classe B é preso e aguarda nas deliciosas casas de detenções provisórias, normalmente com muito calor humano, já que onde há vaga para mil, costumam alojar o dobro. Quanto a burocracia processual ai temos que concordar que é a mesma da classe A. A vantagem da classe B é que não tem gasto com comida nem dormida, tem apenas o incomodo de ver o sol nascer quadrado. Outra desvantagem da classe B é que não podem fazer greve de fome, por falta do soro caseiro e assistência hospitalar.
Embora o produto do crime seja o mesmo, sempre o vil metal, a classe A não precisa de armas nem correm riscos de represálias por parte da vítima ou da segurança pública, tendo em vista que os cofres públicos são indefesos e não reagem aos assaltos. Depois os assaltos normalmente são praticados com canetas, cochichos, conluios e outras moedas de troca.
Já na classe B, o investimento é alto, necessitam de armas pesadas superiores as da policia. Para consegui-las, precisam ser contrabandeadas, roubadas em quartéis ou negociadas com policiais corruptos. E o risco? O risco é terrível, muitos são feridos ou mortos nas investidas ou perdem seu material de trabalho.
Enquanto a classe B comete as atrocidades em São Paulo, a classe A de Brasília oferece tropa federal para eliminar os concorrentes mal sucedidos na paulicéia. O Governo paulista recusa a ajuda da quadrilha classe A porque levantaria o prestigio abalado pelas hordas mensaleiras de Brasília. O comandante em chefe da Polícia Paulista reclama do povo que está em pànico, afirmando que eles estão com o controle da situação e não há necessidade de fechar escolas, nem comercio porque a sua onipotência garantirá a integridade física da população. Durante a primeira entrevista no sábado, ónibus eram incendiados, policiais eram assassinados, agencias de bancos e delegacias eram depredadas e metralhadas. As rebeliões em presídios se multiplicavam chegando no domingo há mais de uma centena. Tudo sob controle! Não negociaremos, não cederemos! - Esbravejava o "espanador de fantasma" Cláudio Lembo. - A cada hora a chacina aumentava e o comandante em chefe repetia que a situação estava controlada. Reclamava da mídia e da internet que estava provocando pànico na população. - Já matamos 73 bandidos! - repetia as mortes dos bandidos e omitia a morte de civis.
Se em São Paulo mataram 73 bandidos classe B, em Brasília denunciaram apenas 40 classe A. Que diferença! Aqui se mata, lá se denuncia. Ai está o x da questão. O desgoverno não entendeu a mensagem dos bandidos classe B. Eles querem isonomia criminal, tratamento vip e liberdade incondicional igual a seus pares da classe A do resto do país.
Querem se candidatar com processo criminal em andamento; querem provar o sabor da nova ética parlamentar e das despesas não contabilizadas; querem usufruir das aplicações fraudulentas dos fundos de pensão; querem verba de gasolina para ir a lua; querem vender ambulàncias superfaturadas; querem tirar empréstimos milionários em bancos privados; querem participar das licitações fraudulentas das publicidades governamentais; querem aparecer no programa eleitoral gratuito vendendo esperança de segurança, honestidade, desenvolvimento, juros baixo, saúde, educação e tudo o mais que esses bandidos políticos oferecem descaradamente nas campanhas eleitorais. Enfim, eles querem tudo que os outros têm e é assegurado pela remendada constituição do país. È isso ai, enquanto os bandidos classe B matam para roubar, o classe A roubam para matar os cidadãos de raiva, os pobres de fome e os doentes por falta de assistência e a população em geral por vergonha de ser brasileiro.
Está faltando a nossa rebelião, precisamos ir para as ruas, é necessário que a turba volte jogar ovos podres, detratar, enjaular, desrespeitar publicamente, desobedecer civilmente com palavras e atos todos bandidos que estão enfurnados sob o manto sagrado de mandatos conseguidos com dinheiro espúrio, promessas mentirosas e da impunidade generalizada. Já esperamos demais, muitas legislaturas, muitos governos, muitos canalhas.
Chegou a hora, vamos a luta!

Mauro de Oliveira
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