Fazem-se versos por motivos vários...
Para ficarem por ai dispersos...
Para andarem nos cantos dos armários...
Até para enterrar, fazemos versos.
Muitos os fazem e eu já vi diversos,
Para trancá-los bem nos seus santuários...
Para escondê-los toda a vida,
Imersos no seio da alma,
Ignotos e precários.
Eu não os faço para o meu conforto,
Nem para ter as glórias deste mundo;
São para ungir o meu amor já morto.
Não, não os faço para ser querida
São para veres como é longo e fundo
O traço que deixaste em minha vida. |