Numa busca infinita, caminhei a vida inteira
procurando a razão de tantas coisas que acontecem:
dessa angústia que me mata, dessa dor que me maltrata...
Eu nem sei onde vou parar.
Eu vejo o sol se pondo em minha frente.
Uma luz tão forte que vai se apagar.
Eu vejo a morte passando na avenida levando mais uma vida,
e fico perguntando coisas que ninguém responde,
coisas que atormentam tanto o coração de muita gente.
Eu paro, escuto tudo em volta e vejo
gigante labirinto confundindo a minha mente,
e caminho cego e surdo, vou além do absurdo,
sigo o rumo que a vida segue;
choro, canto, rio, grito; me debruço no infinito,
e me abraço com um fantasma: minha ilusão.
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