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Artigos-->76. A BUSCA E O ENCONTRO — MARTINIANO -- 04/01/2003 - 08:49 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Um dia, vi-me na angustiosa situação de ter de procurar um amigo. Percorri estradas, caminhei nas trevas, subi montanhas e desci vales. Nas cidades, o bulício me assustou. No litoral, o oceano não me ofereceu mais do que solidão. Busquei dentro do coração para ver se divisava as qualidades que buscava em outras pessoas. Que decepção! Eu mesmo não oferecia o que exigia dos outros. Que decepção! E que bela maneira de proceder!



Foi então que percebi que meu desejo mais íntimo não era buscar um amigo, um irmão na alegria e na dor, era o de superar deficiência que me atenazava, que me afligia, que me angustiava. Com esse conhecimento, pus-me a buscar as virtudes, as qualidades necessárias para que eu mesmo pudesse oferecer-me em amizade. Varei mares e adentrei florestas, percorri as ruas mais escusas das cidades e as avenidas mais floridas. Adentrei os templos dos homens, buscando, em suas liturgias, o aparato para acometer-me das virtudes que fariam de mim um ser possível na ligação com os outros seres, um semelhante entre os semelhantes, um homem entre os homens. Mas qual não foi minha surpresa quando apenas divisei sandices, atos da mais pura e intempestiva intolerância, sofrimento e nada mais. Fugi apavorado, crente de que estava tudo perdido e era inútil e inconseqüente a minha procura.



Voltei a interrogar-me, a chamar a atenção de mim para comigo mesmo, a querer explicação da consciência e do coração. E uma voz se fez ouvir, poderosa:



— Você está em débito! Você não fez por merecer os elogios que os amigos dão aos amigos. Você está perdido em si mesmo e não sabe o porquê dessa perdição. Vá em frente e veja se descobre no mundo alguém que lhe tenha estima, que lhe dedique afeto.



Não entendi o real sentido das palavras e fui expô-las às considerações dos sábios. Uns me disseram que eu morrera e não sabia. Outros queriam fazer-me crer que o problema não se situava na consciência mas no coração, pois é o coração a síntese das emoções universais. Outros ainda disseram-me que tudo isso não existia, que só havia muita ilusão na minha busca por amizade.



Pus-me a duvidar da sabedoria dos “sábios” e me voltei para a perquirição das razões junto aos religiosos. Uns queriam que me ajoelhasse diante deles e confessasse os meus pecados para que, em nome de Deus, pudessem perdoar-me. Outros exigiram como pagamento de seus conselhos o dízimo. Vi que também entre eles não obteria resposta para o meu dilema.



Percorri a vida infinita, junto a espíritos que passavam. Vi que o ideal a que buscava não se encontrava junto aos homens, mas junto a Deus, que, através da inconsciência universal, buscou atrapalhar o desenvolvimento das criaturas que, como eu, sonhavam com a superação e o progresso ao infinito.



Caí em mim e vi que a minha malícia se tinha constituído em entrave para o meu progresso. Abominei minha atitude celerada e hoje bendigo o dia em que pude aceitar Jesus no coração, o Salvador, sua mãe, Maria Santíssima, e todos os santos e anjos que um dia perlustraram os caminhos ínvios da dor e puderam conhecer todo o aparato do sofrimento. Esses, sim, são os meus amigos superiores e, através deles, pude encontrar outras pessoas com quem convivo em plena e total amizade.



Sei que o meu canto é curto e minhas luzes mal chegam a iluminar, qual fósforo aceso, a ponta dos dedos. Mas pairo sossegado, carregando fé imorredoura, esperança renascente de que tudo se fará para que a humanidade venha a usufruir em paz o dia em que todos seremos amigos na face da Terra e nos círculos da vida espiritual.







Graças a Deus, pude chegar ao fim de meu texto, nesta hora em que vai avançando o horário dos trabalhos. Muito fico agradecido pela oportunidade que me foi bafejada e aguardo para breve outras oportunidades, para o que estou preparando outras mensagens a respeito da caridade e do amor ao próximo. Sei que pouco desenvolvimento tenho, mas aqui estou para receber o auxílio, as considerações e as orientações dos irmãos socorristas, que me acenam com outros trabalhos para honrar e dignificar o Senhor.



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