O velho Baixio... escondia
A varanda e uma rede
Inda vejo o balançar
Dos teus cabelos na rede
Do teu corpo... moldurado
Pelas franjas... azuis da rede
Os teus seios... quais arfavam
Nus... morenos... afoitos
No vai-e-vem... dos contornos
Nos movimentos da rede
Mas... o tempo e... o vento
Levaram a rede embora
Junto com ela a morena
Dos meus sonhos... só espórtulas
Ganhas na vida... desdita
Sem a rede... só endechas
Escuto nas noites frias
Ao invés do balouço da rede...
Roberto Stavale
Itanhaém, Setembro de 1975.-
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