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Cronicas-->E ENTIDADE E OUTRAS -- 04/05/2006 - 09:22 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DURA MINHA NADA VIDA DE POPSTAR

Marcelino Rodriguez

Parece que nasci mesmo para escrever ; não tem jeito. O fato é que graças ao
laborioso trabalho de anos e a divulgação dos meus textos no Blog e em
alguns sites tornaram-me, a despeito da minha despretensão, uma celebridade
virtual. Um pouco mais de esforço e o Garcia Marques perto de mim vai ser
um papagaio de pirata. Basta clicar meu nome em qualquer busca e la´estou eu
rastreado tão facilmente como qualquer popstar, mas sem os capangas que
esses tem para se defender. Já ocorreu-me até um caso em que eu me
manifestava e ninguém acreditava que eu era eu, como já se passou com outros
famosos. Eu disse num Chat que jamais casaria com uma mulher que não
soubesse cozinhar e que os talentos domésticos deveriam ser ensinado na mais
tenra infància as meninas. Machista e "sem noção" foram as mínimas coisas
das quais me xingaram , além de que ninguém acreditava que um escritor
pudesse falar isso. Que é preciso ensinar as jovens lavar, passar, cozinhar,
cuidar da casa, assim como ensinar aos meninos as diversas artes da
sobrevivência e da civilidade.
Dito isso, qualquer opinião que expresso ou mesmo uma simples corrente que
eu passe adiante torna-se, com toda razão, motivo de questionamento, como se
eu fosse uma espécie de presidente da república não reconhecido e não
remunerado, mas cuja opinião é motivo, quando aparentemente erro na "boa
intenção" alvo de ameaças veladas, ironia mordaz e pedido de retratação
imediata sobre pena de perder imediatamente a credibilidade.
Nada fácil ser um popstar, sobretudo virtual. Mas a gente também se diverte.
Uma amiga do Mato Grosso pede que eu explique ter repassado uma corrente que
sugeria de forma hilária que os bons músicos morrem tragicamente , citando
os que morreram de Aids, Overdoses e acidentes automobilísticos, enquanto
outros de axé, pagode e tais gozam de perfeita saúde e crescem como capim no
gosto da plebe ignara. Fiquei suando calafrios quando outra pessoa sugeriu
que havia um certo "teor racista" na corrente que chamava o nego de negão.
Um perigo.
O humor mais sofisticado está morto.
Temos que ser didáticos a todo momento. Nos policiarmos.
Por isso interrompi aqui minha leitura de Isabel Allende, que vive nas
montanhas do primeiro mundo e , segundo ela, não sente a mínima vontade de
voltar para o terceiro, para responder a minha amiga querida que questiona
que não existe "o bom gosto", existe gosto e pronto. Como se uma pessoa que
nunca comeu bacalhau pudesse opinar sobre o gosto do mesmo, ainda tirando
uma onda dizendo que ovo é melhor. Mexeu nos meus brios intelectuais e no
pouco caráter que me resta, porque tenho que adaptar-me ao gosto moderno,
entre os quais se tem o caráter como desnecessário e os medíocres desfilam
em limusines e ditam regras, leis e comportamento.
Nessa questão eu tenho mesmo opinião.
Existe o mau-gosto.
O mau gosto não é uma questão de escolhas, mas de comportamento.
È como a sujeira nas ruas.
A opção está nas mãos do cidadão.
O caso é que um cidadão que escuta "Vitrines" de Chico Buarque, por exemplo,
não vai jogar a casca de banana na rua; já o que escuta "Baba Baby, Baba"
vai jogar, é quase certo. Podem acreditar. É uma questão de afinidade.
Enfim, como popstar virtual, opino também que o gosto é uma questão de saber
ou poder escolher entre bacalhau e ovo.
Mas vivemos aqui no fim do mundo, na ditadura da fritada. Enfim, estamos
fritos.
Vou voiltar para meu "País Inventado", vou voltar para Isabel. Explicar
fritada é dose.

02/05/2006
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