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Contos-->MELÃO, O MORDOMO GAY / Carlos Cunha -- 28/09/2009 - 00:52 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos





















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MELÃO, O MORDOMO GAY

( Carlos Cunha )


Doroteia, Ermelinda e Zuzú viviam as suas vidas rindo, na verdade caçoando dela.
Eram três mulheres cheias de fascínio e charme, que desperdiçavam elegância e bom gosto, fosse qual fosse á hora ou o lugar que estivessem.
Estavam sempre juntas. Na praia, nas festas em que iam, no shoping fazendo compra, na cama dormindo uma sobre á outra, como anjos em suas inocências. Quem quisesse falar algo para uma delas, tinha que dizer só aquilo que as três pudessem saber, pois não havia segredo entre elas.
Há anos viviam juntas, em um lindo apartamento que elas mesmas montaram e decoraram. Ele tinha a cara delas. A sala enorme, de formato sextavado, tinha as paredes de tijolo à vista envernizados, com um acabamento esmerado, o que dava um toque rústico e elegante a ela. Não tinha quadros ou qualquer outro enfeite, pendurados nela, além de um enorme painel que mostrava duas lindas mulheres se beijando cheias de paixão. Seu piso era de vidro, azul opaco, e quando a intensa iluminação, que havia nessa sala, batia nele criava um encantamento que colocava em quem nela estava um sentimento de sensualidade no ar. Além da enorme tela de TV, do aparelho de som potentíssimo e do DVD, que era muito usado por elas para assistirem as filmagens de orgia de lésbicas que tanto gostavam, tinha espalhado por ela uma dúzia de enormes almofadas de couro marrom.
O quarto delas, que era muito maior que a sala, tinha em seu centro uma enorme cama oval, com seis metros de diâmetro, e o teto dele era um grande espelho que refletia as três mulheres quando estavam se beijando ou se chupando e quando uma estava lambendo o corpo da outra. Elas eram homossexuais.
Naquele lindo e espaçoso apartamento vivia, além delas, um pederasta muito gordo e feio que era chamado pelas três de Melão. Ele era pau pra toda obra. Servia a elas como cozinheiro, mordomo secretário, conselheiro, garoto de recados e mais mil coisas ele fazia. Era uma pessoa de total confiança que adorava as suas patroas. Melhor ainda, ele idolatrava aquelas malucas (como ele as chamava).
Numa tarde muito quente as três estavam completamente nuas, jogando uma partida de buraco sobre o chão da sala, quando a Ermelinda perguntou:

- Vocês sabem que dia é quinta feira?

- Eu não tenho certeza, mas acho que é dia doze, a Zuzú respondeu.

- Não to perguntando isso baixinha, a Ermelinda falou para ela (chamava a amiga por esse apelido não porque ela tivesse uma baixa estatura, mas porque a sua altura chegava a 1,97 metros e ela - a Ermelinda - era uma mulher altíssima). Quinta é o aniversário do Melão. Vocês têm idéia do presente que nós vamos dar a ele?

- Idéia nenhuma, a Dorotheia respondeu. A gente podia ir até um sex shoping e lá cada uma escolhe o presente que quer dar a ele. Se tem uma coisa que ele vai gostar é de ganhar um consolo pra contentar aquele bundão gordo dele, ela falou soltando uma gargalhada gostosa.

- É até uma boa idéia, mas eu estava pensando em dar uma festa surpresa pra ele, a Ermelinda voltou a falar. O que vocês acham?

- Festa de aniversário é coisa pra criança... O Melão é uma "bicha" velha, será que ele vai gostar?

- Eu não estou falando de uma festinha com um bolo mixuruca e balões coloridos. Nela vai ter muito mais. Uma festa digna do Melão.

- E quem a gente convida?

- Os amigos dele é lógico!

- Então vai ter só "viados" na festa?

- A gente a enche de garotos bonitos pra alegrar a "bichaiada".

- Estou adorando a idéia, a Zuzú falou toda alegre e esfregando as mãos.

- E o bolo quem vai fazer?

- O bolo vocês deixem por minha conta. Conheço uma mulher, lá na Tijuca, que é uma verdadeira artista para fazê-los. Os bolos que ela faz são obras de arte. Ela monta esculturas incríveis com eles e os faz no formato que a gente quiser.

E as três mulheres ficaram horas, naquela tarde, planejando os detalhes da festa de aniversário. Só pararam de falar nela quando o Melão chegou das compras que tinha ido fazer.
Na quinta de manhã elas chamaram o Melão e deram várias coisas para ele fazer, o que fez com que ele ficasse o dia todo ocupado fora de casa. Quando ele voltou já era noite e ao abrir a porta do apartamento, e entrar nele, ficou maravilhado com a surpresa que lhe esperava.
Na sala, que estava toda enfeitada com balões de gás e bandeirolas coloridas, estavam reunidos todos os seus amigos gays. No centro dela as meninas tinham colocado uma mesa que tinha uma grande variedade de pratos contendo doces e salgados em volta de um bolo exótico esculpido no formato de um pênis enorme. Em um canto dela ele viu um monte de presentes e entre eles uma caixa enorme, com mais de dois metros, que tinha vários furinhos em um de seus lados. O receberam, cheios de alegria, cantando parabéns a você. Quando pararam de cantar lhe encheram de abraços e a Zuzú falou pra ele:

- Agora vamos aos presentes meu querido. Abre todos eles, mas deixe a caixa grande para abrir por último.

O Melão abriu, um por um, os embrulhos cheios de fita adorando tudo o que eles continham. Quando chegou a hora de abrir a caixa grande ele ficou maravilhado. Dentro dela tinha um lindo garoto de programa completamente nu e a Dorotheia falou:

- Ele é todo seu Melão. Vai fazer tudo o que você desejar. Até te beijar na boca ele vai se você quiser.

A "bichaiada" vibrava eufórica com aquele rapaz lindo e dono de um pau enorme, quando um deles falou em voz alta e afeminada, cheio de inveja:

- O Melão tem mesmo sorte. Enquanto a gente come bolo e chupa o dedo ele se delicia com esse lindo homem. Quem me dera estar no lugar dele.

A Ermelinda que estava ao lado dele o escutou e falou pra ele e para todo mundo:

- A festa é do Melão, mas é pra todo mundo se divertir.

Falando isso ela foi até uma porta que dava para um dos quartos e quando a abriu, saiu por ela mais de uma dúzia de garotos de programa, todos nus e tão bonitos como aquele que estava dentro da caixa. Um era um mais lindo que o outro. A "bichaiada" correu para eles abaixando as calças e os agarrando. A festa de aniversário virou a maior suruba.

A Zuzú perguntou para suas amigas nessa hora:

- E agora nós três. O que fazemos no meio dessa zona toda?

A resposta foi:

- Estamos numa festa de um amigo querido e vamos participar dela, é lógico. Ou vocês acham certo que nós que organizamos tudo saiamos dela e os deixemos se divertindo sozinhos.

- Claro que não, foi á resposta dada em uníssono pelas duas amigas a quem fora dirigido à pergunta. E as três tiraram suas roupas e se entregaram às carícias mútuas, se beijando e se lambendo em meio aquela "bichaiada" que era enrabada pelos lindos garotos de programa.

O Melão jamais se esqueceu daquela sua festa de aniversário.






Autor e Produção Visual: Carlos Cunha / o Poeta sem limites
















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