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Artigos-->73. “MEA CULPA” — MARCELO E EQUIPE -- 01/01/2003 - 07:22 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


“Consagramos este dia para prece de muito amor em prol dos companheiros que estão no serviço de esclarecer as mentes humanas de qual é o melhor meio de atingir os seus objetivos de vida.”





Sabemos distinguir o falso do verdadeiro, temos consciência de quais sejam os meios absurdos de se chegar a resultados sofríveis no nosso caminhar enquanto encarnados, entretanto, pouco fazemos para superar as dificuldades da vilegiatura e caminhamos desatentos para com nossos desejos, o que permite às forças do mal que atuem com pleno sucesso, desviando-nos para atalhos perigosos, quando não a becos sem saída. A nossa desatenção é tanta que acabamos prejudicando-nos até mesmo nos aspectos materiais mais evidentes, como seja o peso pelo excesso de comida e bebida ou a satisfação dos desejos libidinosos, através de maneiras pouco correlacionadas com o processo biológico inerente ao ser humano, bastando, para confrontação, que se destine um pouco de tempo na averiguação dos procedimentos dos animais para o cumprimento das mesmas funções.



Quanto a estes fatos, temos a deplorar a facilidade com que são esquecidos os deveres mais comezinhos, as obrigações mais comuns, que, com um mínimo de capacidade intelectual, qualquer ser pode avaliar, discernindo qual o melhor meio de solucionar problemas de pequeníssima monta, como sejam, por exemplo, os simples atos de apanhar uma mercadoria, conferir o preço e, uma vez de acordo, pagar o que por ela está estabelecido na etiqueta. Não! Sempre que se pode, dá-se jeitinho para se adulterar o valor registrado, no sentido de se obter lucro indevido.



Se, nas pequenas coisas, o comum dos mortais age em desarmonia com os princípios mais corriqueiros da lealdade, imagine-se o que não se faz para burlar os companheiros de tribulação quando da oportunidade de grandes negócios, de transações que envolvem muitos milhões de moedas, qualquer seja o nome que se lhes dê.



Eis que, soldados de exército em fuga, as pessoas desarvoram-se e buscam, solitárias, perpetrar toda espécie de descalabros, a fim de que, em sua própria expressão, “não venham a ser engolidas” pelo dragão social que representa a comunidade dos homens. Mais tarde, esperamos, quando muitas das dificuldades estiverem consignadas nas leis dos homens e quando houver séria vigilância e punição exemplar, teremos sociedade menos envolvida pelo afã de usufruir bens em detrimento do trabalho dos irmãos.



Enquanto isso não acontece, vamos ter que amparar a quantos se arrependem de seus atos irrefletidos, para recambiá-los, com todo nosso amor e disposição moral, para a vereda triunfal que leva às terras do Senhor. Esse arrependimento, contudo, tarda para muitos que, contumazes, persistem em percorrer essas trilhas escondidas do vício e do pecado, inconscientes de sua perdição, embora possuam na mente todas as fórmulas e todos os conhecimentos necessários para que venham a abandonar a prática desses atos deletérios e imensamente danosos para todos e em especial para quem os pratica.



Esta mensagem é um alerta e uma exortação; alerta para os perigos dessa caminhada sem rumo; exortação para a retomada do curso certo, através da firme decisão de enfrentar os percalços com muita determinação e vontade de vencer, para o que pedimos, imploramos, rogamos que sejam utilizados os ensinamentos evangélicos do Cristo, acompanhados de muita prece contrita, para que as luzes do Senhor banhem essas criaturas infelizes e possam dar-lhes o conforto necessário para que, em paz, venham a compreender os recursos de que dispõem e a adquirir a coragem precisa para que exponham à própria consciência os seus atos falhos, bem como para que se ofereçam para o reajuste.



Desse modo, cada um de nós poderá dizer, ufano:



— Venci mais uma etapa de minha vida. Sei que me desviei insensatamente de meu destino, por culpa de minha irresponsabilidade. Mas, com a ajuda de Deus, pude superar as minhas deficiências morais e espirituais e agora me apresento em face ao Senhor, pronto para receber novas missões que, com a graça de Deus e a ajuda dos amigos da espiritualidade, sei que terei forças para enfrentar e cumprir. Eis-me aqui, Senhor; faça-se em mim segundo a vossa vontade.









COMENTÁRIO — VALDEMAR



Estes textos de ajuda moral visam a esclarecer, um a um, os pontos falhos do procedimento dos encarnados. Sabemos que é grandemente dificultoso oferecer medidas e soluções que possam ser adotadas como fórmulas mágicas no combate dos vícios e deficiências produzidas mais propriamente no campo material, do que se tem oportunidade de criar em nossa esfera espiritual. Sendo assim, vamos lembrando os fatos em desacordo com a lei maior e vamos invectivando os que neles se perderam, de modo a orientarem-se, segundo as normas de Jesus e conforme o aconselhamento que nós mesmos estamos constantemente a receber em nossas aulas de moralidade.



Não é suficiente, para muitos, tão-só se abster de agir delituosamente. Muitas vezes, é preciso bem mais, pois a falha está impregnada na maneira de ser, na personalidade, e, nesse caso, há necessidade de concentração de esforços mais positiva, no sentido de se debelarem as causas que originaram tais atos. Para isso, é preciso que cada ser se coloque em estado de espírito favorável à correção necessária, para o que são de muita ajuda os textos que vimos ditando. Que cada um se enquadre segundo o seu procedimento falho e se disponha a operar transformações profundas, principiando por leituras edificantes, capazes de trazer à luz da consciência os fatos relativos ao objetivo da existência e da vida carnal.



Tendo tomado consciência do aspecto mais relevante, fica mais acessível a aplicação do remédio peculiar para a especificidade do mal que aflige o irmão em débito. Sempre, no entanto, devemos temperar tudo com a prece, que é remédio de maravilhosos resultados, quaisquer sejam os caprichos mundanos que devam ser alijados do procedimento.



Para tudo é preciso atuar com muita perseverança, buscando atenuar, de imediato, os impulsos que conduzem à conduta distorcida, sacrificando até mesmo os desejos mais veementes, como no caso dos que se viciaram com drogas alucinógenas ou que caíram nas malhas do alcoolismo. Estes pobres irmãos terão muito que caminhar para readquirir seu estado de graça do ponto de vista da natureza. Mas para todos existe salvação e Deus não deixaria jamais qualquer de seus filhos perdido, sem esperança. Este é um segundo ponto importante para quem deseje recuperar-se, qual seja, a fé na cura e a confiança no amparo divino, que se dá na forma de assistência que irmãos socorristas prestam em ambos os planos.



Um terceiro elemento podemos acrescer para o restabelecimento: o vigor que cada um deverá sentir no momento em que estarão vibrando magneticamente para seu benefício, pois, nesse momento, as equipes montam os seus aparatos de socorro e deixam descair descarga suportável e altamente revigoradora de fluidos magnéticos. Tais recursos são especialmente físicos, no que a mentalidade humana tem de material, mas são muito importantes para que cada um possa readquirir a sua esperança em que a salvação está sendo providenciada. Quanto aos aspectos espirituais, serão objeto de cuidados posteriores, quando estiverem extirpados da personalidade os elementos perniciosos e a consciência puder examinar livremente cada atitude, sem estar sob o jugo escravizante dos vícios e defeitos.



Depois de algum tempo agindo sob o influxo das benesses divinas, poderá ser concretizada a segunda fase da recuperação, que se destina à sublimação espiritual do indivíduo. Esta segunda fase é muito dificultosa, já que exige do indivíduo qualidades morais que foram esquecidas durante todo o tempo anterior, em que esteve sob o jugo da viciação. Tais qualidades são fáceis de conhecer e difíceis de adquirir, pois necessitam de atitude favorável por parte do recuperando. São elas: as virtudes teologais (a fé, a esperança e a caridade), devidamente enfronhadas na mente e no coração; o amor a Deus e ao próximo; o desprendimento, o altruísmo, o serviço constante em favor dos semelhantes; a contrição e o arrependimento acompanhados da firme disposição de superação; a humildade sem subserviência; a altanaria moral diante das tentações; a ausência de qualquer resquício de egoísmo, vaidade ou inveja; a benquerença aos familiares e a disposição de contínua assistência a todos quantos partilharem do mesmo teto; a determinação de trabalhar inequivocamente a favor da grandeza de Deus, dando seu testemunho, para que seu exemplo possa servir para todos os que passam por momentos aflitivos de igual intensidade e de mesma natureza. Enfim, deve a pessoa “santificar-se”, para fazer jus à superação total e irreversível.



Se tal sacrifício pode parecer demasiado, que se lembre o irmão do ensinamento perenemente gravado em todas as mentes que detêm um pouco do conhecimento espirítico: “O Senhor não produz sofrimento que não seja passível de superação, pois a carga que o homem carrega é aquela que é capaz de suportar.” Finalmente, fique como lenitivo e reforço a célebre, a notável anotação de Kardec; “O trabalho só surge quando o trabalhador está plenamente preparado para sua realização.”



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