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Discursos-->O Brasil Que Abra Os Olhos -- 15/02/2003 - 23:45 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
QUESTÃO DE OPINIÃO
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Recorrer ao FMI, para saldar compromissos, apesar de compreensível, merece algumas considerações. O FMI detém o monopólio destes empréstimos. Sem concorrência, os países estão obrigados ao cumprimento de determinadas condições.

A adoção do dólar, como referência, transforma o devedor em refém das variações cambiais. A cada aumento do dólar, a dívida sobe, até a quebra da paridade contratual. O ideal seria aumentar a concorrência na oferta desses recursos. Depois, considerar outras moedas como referencial, eliminando a hegemonia americana.

No caso do Brasil, o empréstimo poderia ser contraído e pago em reais – ou mesmo em dólar - desde que a devida conversão fosse feita na data do empréstimo. As variações cambiais futuras ficariam de fora.

O que não se concebe é que determinado empréstimo, equivalente, ao preço de hoje, a 20 milhões de reais, passe a valer 30 milhões, decorridos, apenas, alguns dias da assinatura do contrato. E siga neste crescendo, à cada aumento do dólar, desfigurando o objetivo do empréstimo e perpetuando a dívida.

É preciso humanizar as regras do jogo econômico. Isto é covardia. O presidente Lula, além de questionar o valor da dívida, ou seja, atuar nos seus efeitos, precisa voltar-se para seus erros de origem, suas causas, e procurar alterar as regras do jogo, que são infinitamente prejudiciais aos devedores.

E o FMI precisa modificar sua política de “ajuda” aos países emergentes. Emprestar dinheiro com o único objetivo de receber juros não se me afigura correto. O cliente deveria ser estimulado a criar condições para retomar o seu crescimento econômico, melhorar a situação social de seus cidadãos e, desta forma, aumentar as chances de pagamento do principal. Do contrário, o FMI não passará de uma agiota que vive da exploração alheia. De olho, apenas, nos juros e nos lucros.

Um pouco de ética e de moral não faz mal nenhum. A Argentina e outros países que se cuidem. E o Brasil que arregale os olhos.


Domingos Oliveira Medeiros
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