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Artigos-->Lembrar é preciso - 9 -- 25/04/2001 - 10:27 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Pela anistia se elimina não somente a punibilidade da ação, mas a sua própria existência como crime, isto é, as conseqüências penais que dele podem decorrer".

(Mirador, Tomo 2, Encyclopaedia Britannica)



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O Grupo Tortura Nunca Mais aproveita-se da mídia e da chantagem perante o Governo para a toda hora e em todos os lugares acusar todos aqueles que combateram o terrorismo no Brasil, nas décadas de 60 e 70, taxando-os de "torturadores", sem apresentar provas.



Apesar da Lei da Anistia estar em vigor, e que por isso deveria ser aplicada a todos, muitos brasileiros estão ainda hoje sendo patrulhados pelo Tortura, com prejuízos profissionais e sociais irreparáveis. Ou seja, um grupo que pretensamente combate a tortura, está aplicando a mesma tortura a muitos cidadãos brasileiros - tortura psicológica também é tortura.



Como se pode depreender do último estudo da ONU, o Brasil continua aplicando a tortura rotineiramente, mesmo sem termos guerrilhas - ao menos declaradas. A esquerda, encabeçada pelo Tortura, clama para si o monopólio da tortura, já que nunca se pronunciou a respeito da tortura praticada pelos terroristas - como foi o caso do assassinato do Tenente Mendes, em São Paulo, no dia 10 de maio de 1970. O Tortura deveria mudar seu nome para "Terrorismo Sempre".



Abaixo, é transcrito um relato da prisão, tortura e morte de um autêntico herói brasileiro. Esse herói brasileiro não é exaltado em nosso país. Não possui bustos nas cidades brasileiras. Porém, o mandante do crime, Carlos Lamarca, é apresentado aos brasileiros como um de seus maiores heróis. Consulte o site de Tortura (www.torturanuncamais.org.br) e depois me escreva se consta algum assassinato em sua longa biografia de crimes, que os patifes de Tortura encobrem.



Com essa desinformação toda sendo ministrada continuamente aos brasileiros mais novos, que não conheceram os "anos de dinamite", é importante que se traga a público mais esse bárbaro crime cometido contra os brasileiros.



Por isso, mais do que sempre, lembrar é preciso.



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"O ASSASSINATO DO TENENTE MENDES



Na noite do Dia das Mães, 08 de maio, depois de mais de duas semanas ainda cercados na área, Lamarca e mais 6 militantes emboscaram cerca de 20 homens da Polícia Militar de São Paulo, chefiados pelo Tenente Alberto Mendes Júnior - o "Berto", como era chamado por sua família, que decidiu se entregar como refém, desde que seus subordinados, feridos, pudessem receber auxílio médico.



Na noite seguinte, os 7 guerrilheiros ficaram reduzidos a 5, pois 2 haviam se extraviado na refrega da noite anterior.



Conduzindo o Tenente Mendes como refém, prosseguiram na rota de fuga.



Depois de andarem um dia e meio, os 5 guerrilheiros pararam para um descanso, no início da tarde de 10 de maio de 1970.



Lamarca disse que o Tenente Mendes os havia traído, causando a morte de dois companheiros (não sabia que eles estavam, apenas, desgarrados) e, por isso, teria que ser executado.



Nesse momento, enquanto Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima vigiavam o prisioneiro, Carlos Lamarca, Yoshitane Fujimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e, articulando-se em um "tribunal revolucionário", condenaram o Tenente Mendes à morte.



Poucos minutos depois, Yoshitane Fujimore, acercando-se por trás do Tenente, desferiu-lhe, com a coronha do fuzil, violentos golpes na cabeça. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente Mendes gemia e contorcia-se em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a.



Lamarca, perante os 4 terroristas, responsabilizou-se pelo assassinato.



Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado.



Alguns meses mais tarde, em 08 de setembro de 1970, Ariston Oliveira Lucena, que havia sido preso, apontou o local onde o Tenente Mendes estava enterrado. As fotografias tiradas de seu crânio atestam o horrendo crime cometido. Sua mãe entrou em estado de choque e ficou paralítica por quase três anos.



Ainda nesse mês de setembro, descoberto o crime, a VPR emitiu um comunicado "Ao Povo Brasileiro", onde tenta justificar o frio assassinato, no qual aparece o seguinte trecho:



"A sentença de morte de um Tribunal Revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pôde ser executado em virtude da existência de muitas estradas na região. O Tenente Mendes foi condenado e morreu a coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado."



Os dirigentes da VPR não só eram os donos da verdade, como arvoravam-se em senhores da vida e da morte!



Na tarde de 31 de maio de 1970, Lamarca e os 4 militantes seqüestram uma viatura do 2º Regimento de Obuses 105 e conseguem romper o cerco, largando o veículo já na cidade de São Paulo, na marginal do rio Tietê, perto do bairro da Vila Maria, com os militares amarrados à carroceria, sem roupas.



O segundo assassinato cometido por Lamarca e a fuga bem sucedida, ludibriando e humilhando os militares, serviu para aumentar a lenda e o mito."



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(Texto extraído de TERNUMA: www.ternuma.com.br)

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