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Erotico-->NOITE DE LUA CHEIA -- 18/01/2002 - 08:58 (Carlos Higgie) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos



NOITE DE LUA CHEIA

Apenas a noite se metia na realidade, chegando devagar como se fosse uma nuvem pegajosa e densa, fervia no seu sangue aquela sensação de insatisfação. Ia de um cômodo a outro, saía até a varanda, sentia como subia da natureza um cheiro diferente, quase animal, um odor tão forte que a cidade, com suas ruas, calçadas e paredes, carros, fábricas e luzes, não conseguia esconder. As vezes pensava que esse estímulo que seu olfato registrava não existia, que era algo que vinha da sua infância, da sua adolescência.
Comia pouco à noite, porém bebia um pouco de vinho tinto, pois ele leu em algum lugar que era bom para o coração e para a alma. Deitava cedo, antes de sua mulher e adormecia escutando suas duas filhas discutindo por qualquer bobagem.
Nos últimos dias a ordem natural das coisas estava um pouco alterada. Jimena, a garota que cuidava da limpeza e da comida, tinha brigado com o namorado e solicitou moradia por alguns dias. A casa era grande, espaçosa e foi permitido que ela dormisse no emprego, sempre lembrando que não seriam permitidas visitas íntimas, principalmente as noturnas.
Ela instalou-se no quartinho que tinha sido construído no pátio da casa. Era bastante grande como para acomodar uma cama, um guarda-roupa pequeno, uma cadeira e uma mesinha.
O clima da casa mudou. Como se uma brisa fresca tivesse entrado e sacudido a todos os membros da família.
Aquela noite, por algum motivo indefinido, parecia ser especial para seu Antônio. Deitou no mesmo horário de sempre, depois de beber sua taça de vinho, escutou sem prestar atenção a discussão das filhas e um lento topor entrou na sua consciência, derrubando-o num tênue entardecer que se fez noite.
Acordou sobressaltado. Perdido na noite, na pesada escuridão do dormitório. Sem fazer barulho, sem acender a luz, saiu ao corredor e caminhou até a sala. Pelas cortinas transparentes entrava tranqüilamente o brilho da lua. Sentiu sede e foi até a geladeira. Bebeu suco de laranja e pensou em Jimena. Mil idéias, sentimentos desencontrados, inúmeras possibilidades bateram na sua realidade. Algo o empurrava, muitas coisas o sujeitavam.
Silencioso e rápido, caminhou pelo corredor e abriu a porta dos fundos. A plenitude da lua banhava o pátio. Correu até o quartinho, apoiou a mão na maçaneta, abriu e entrou. O suave aroma da garota o impregnou. Tremeu ao perceber que daquele ponto não haveria retorno. Aquilo que tinha que ser, seria e nada poderia ser modificado. Escutou a respiração lenta, pausada, de Jimena, enquanto tentava acostumar-se ao ambiente. Ela dormia descoberta, vestindo um minúsculo baby doll, que revelava suas pernas morenas e torneadas. Seu coração disparou. Aproximou-se da cama, ficou de joelhos e, quando já estava chegando na boca feminina, Jimena acordou.
Não deixou ela reagir, deu-lhe um beijo longo, forçado, sentindo a resistência da garota.
___ Seu Antônio!- exclamou ela, quando ele a deixou respirar.

___ Quieta! – ordenou ele num sussurro.

___ Vou chamar sua mulher...

Ele não se abalou, meteu a mão entre as pernas de Jimena e sentiu o calor daquele sexo. Ela tentou levantar-se, porém o homem manteve a mão firme entre as pernas, dominando-a com o outro braço.

___ Filho da puta!... – insultou a moça – Me larga ou eu grito!

Ele tapou sua boca e deixo o peso do seu corpo sobre ela. Sentia que seu grito morria na mão forte. Com certa facilidade seu Antônio avançou por debaixo das roupas e alcançou um dos seios. Duro e tenro ao mesmo tempo, quente e palpitante. Jimena mexia-se, empurrava, tentava derrubá-lo. Ele não falava, simplesmente movimentava as mãos com habilidade, provocando reações contraditórias na garota, que enquanto lutava, sentia que as caricias começa a afetá-la, tirando suas forças. Lutou até ficar quieta, olhando para teto, entre assustada e resignada. Ele retirou a mão da boca e ela não gritou, emitindo apenas um gemido indecifrável. Decido, ele iniciou a delicada operação de tirar a calcinha e o baby doll, eliminando os últimos vestígios de resistência. Ficou nu e acomodou-se entre aquelas pernas que já se mexiam com luxúria. Ela pareceu retornar de uma longa viagem, de algum lugar de seu inconsciente, e procurou o olhar do patrão.

___ Por favor, não faz...- murmurou de um jeito quase inaudível.

Seu Antônio não a escutava, acomodado entre as pernas femininas, beijava a sua barriga, metia a língua no seu umbigo, baixava até a parte interna das coxas, passava pertinho do seu ponto mais sensível, voltava para a barriga e subia até os seios. Primeiro um, mordendo devagarinho, depois o outro, tentando, inutilmente, botar todo ele na boca. Era impossível, mas aquela manobra perturbou profundamente Jimena. A morena começou a mexer-se, conduzindo com as duas mãos a cabeça do homem, levando-o ao lugar onde seu desejo estava pronto para explodir. Dava ordens curtas, exigia, suplicava, pedia caricias cada vez mais ousadas e delirantes. Ele deleitou-se no sexo jovem até que ela apertou a cabeça do patrão com as pernas e deixou que um orgasmo monumental fluísse por todo o seu ser. Seu Antônio, retomando o controle da situação, separou as pernas de Jimena e penetrou aquele sexo molhado e quente de uma só vez, arrancando dos lábios juvenis uma exclamação ambígua. De joelhos, obrigava-a a levantar o corpo e deixar que ele se encaixasse cada vez mais, dominando-a com as duas mãos na cintura. Jimena estava descontrolada, sentia-se totalmente penetrada e entregue naquela posição, o homem brincava com o seu corpo, obrigando-a a receber seu sexo profundamente. Aquele atrito delicioso, provocou uma descarga elétrica que percorreu seus corpos suados, fez Jimena berrar de puro tesão, enquanto seu Antônio sentia que sua humanidade inteira entrava em erupção, preparando-se para gozar e encher com seu líqüido branco e quente, aquela mulher maravilhosa... Naquele preciso instante, a luz da lua cheia invadiu o recinto e Jimena, que gozava de novo, gritou com uma voz que misturava prazer e terror: Sua mulher!
Seu Antônio acordou na sua cama, assustado, totalmente suado. As imagens do sonho ainda estalavam bombinhas no seu cérebro. Sua mulher dormia. O quarto permanecia na mais completa escuridão. Em silencio chegou até a sala, comprovando, com certa inquietude, que o plenilúnio entrava pelas cortinas transparentes. Na cozinha tomou um suco de laranja e pensou em Jimena, no corpo ardente e jovem de Jimena, nas pernas abertas de Jimena, na boca doce de Jimena. Quase sem perceber atravessou o corredor, saiu ao pátio ébrio de lua e abriu a porta do quartinho. Jimena dormia, quase nua.

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