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Poesias-->Desertificação -- 01/11/2010 - 11:05 (Lita Moniz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desertificação



Por que nos odiais tanto?

Porque tanta raiva de nós?

Até nos chamais brasileiros,

Franceses e sei lá o que mais.



Só porque criamos coragem

para nos afastarmos de vós?

Ó que falta vos fazia os

Escravos que fomos um dia.



Agonia.

Aprendemos com as andorinhas

a debandar.

Acordamos, olhamos para o céu,



Aquela serra tão alta.

Uma barreira natural que por anos

sem fim nos condenava ao triste

fim.



Não sei que professor, não devia

ser dali, se fosse ensinaria que viver

é agonia: cada macaco no seu galho,

cada um no seu lugar.



Fidalgo por natureza, não ia querer

ensinar a arte de se libertar.

Precisava de empregados, de escravos, e

por que não usar e abusar da sua nobre condição.



Claro que não. Foi alguém que veio de outras

paragens, sentiu no ar o cheiro da escravidão.

Resolveu trabalhar em silêncio para mudar

a situação.



Começou por ensinar que às vezes é preciso

navegar.

Precisavam chegar ao alto daquela serra

para avistar o mar.



E assim um a um se foi, começou a desertificação,

Os fidalgos do lugar ficaram a olhar para o ar.

Nem cheiro sequer sentiam de almas para

escravizar.



Alguns pensaram em se matar.

Sem braços para trabalhar, campos à espera do

arado, das sementes, que aquela pobre gente

tão bem sabia cuidar.



Começaram a secar.

Só silvas e pragas a se alastrar.

Como eram fáceis de queimar.

Veio do céu a faísca que incendiou o lugar.



Lita Moniz









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