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cronicas-->Clericot -- 03/03/2006 - 13:28 (Renato Rossi) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cheguei ontem de Porto Alegre pela . Estava ótimo. Desde que de lá mudei, Porto Alegre melhorou muito. Não, não há relação conhecida de causa e efeito. Há quem diga que foi o PT. Talvez. Porto Alegre foi governada durante muitos anos pelo PT. Curiosamente, não conheço nenhum porto-alegrense petista, mas imagino que hoje eu conheça poucos porto-alegrenses. Confesso que não sei a causa, mas é inegável que Porto Alegre evoluiu muito nestes últimos vinte e tantos anos. Neste período, embora tenha ido muitas vezes, de um modo geral fiquei poucos dias. Tirando o calor amazónico, nada contra, mas aconteceu de não poder ficar por este ou aquele motivo. De qualquer forma, tirando uma vez que fui incógnito, nunca deixei de visitar os poucos amigos que lá mantenho.

Ao que consta Porto Alegre está se tornando a cidade dos cafés. Neste quesito, não há quem ganhe. São cafés de todos os tipos, com acompanhamentos diversos e um serviço impecável.

Fui levado, com meu pleno consentimento, ao Café do Z, Z Café, quero dizer , ali na Nilo Peçanha em frente ao Parque da Encol de triste lembrança. Vamos aos pedidos. Para comer, sanduíche aberto, batata frita (que Dr. Camarinha não me leia). Para beber não fujo da boa e velha água mineral, ma fico logo sabendo que o must da temporada é um tal de clericot. Pergunto baixinho do que se trata e me explicam que é uma espécie de bowle renovada. Repaginada, como está na moda.

O nome é francês, mas diz que a novidade chega de Punta. Lá, em Punta, comenta-se, se toma em qualquer lugar, assim com aquele ar de que um clericot é coisa comum como um refrigerante qualquer. Bem, em Punta, toda a sofisticação é comum. Como sabem, Punta é Punta. Punta Del Este, na vizinho Uruguay, a Suíça sul-americana.

Mal comparo à sangria e confirmam que é algo semelhante. Por assim dizer uma sangria de vinho branco e espumantes, muito adequada para os tempos quentes que insistem em não reconhecer a chegada do outono. Nem poderiam, o outono chegou nesta segunda e está assim como o novo prefeito. Analisando o estrago da temporada anterior, separando fatos de fofocas, caindo em si, notando que Porto Alegre não é só um samba de Lupicínio. Naturalmente que para completar a crónica vou ao Houaiss ver se acho algo como o tal clericot. Nada. Vou ao Aurélio e nem mesmo ele acusa o modernismo meridional. Bem, só resta o Google, se bem que ainda não consultei a boa e velha Dona Benta que já consagrou o bowle como a bebida para saraus e festas de cerimónia. Mas vamos ao Google. Aí sim, há todo um conjunto de páginas dedicadas ao clericot. Ainda bem, folgo em saber.

Fico sabendo que O clericot foi inventado em meados do século XIX no sudeste do Punjab índia, foi preparado para o Raj (administrador da colónia britànica). Assim, considerando o nome e a origem inglesa, fico mais confuso.

Talvez seja melhor pedir um Campari.


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