Folhas secas recobrem o chão estéril
atiradas de uma lado a outro
pelo versejar do vento.
Sobras de um crepúsculo cinza
amordaçam a tarde que esmorece
vultos dispersos, fantasmas de poeira
assombram a noite faminta.
morcegos lúdicos buscam alimento
tingindo de escarlate o alvor da lua.
Na bagagem efêmera,
um pouco do nada, um resto de tudo
pedaços de sonho, gotas de ilusão,
muito de esperança.
Novamente,
o viajante volta ao caminho ...
desta vez, anônimo.
Carlili L. Vasconcelos
25/11/00
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