Meu Deus! 32!
E eu quero mais,
Muito mais.
Em se tratando de VIDA,
Sou ambiciosa.
Quero ver meu filho crescer
E ainda tenho muito o que ler,
Me deixa aqui, meu Pai.
Eu driblo as frustrações.
Reclamo, mas driblo.
O Senhor sabe disso.
O Senhor que sempre me abençoou,
Sempre me acompanhou,
Me concedeu tantas graças
Que para eu conseguir agradecer,
Preciso de muito ainda viver.
Então me deixa aqui.
Mesmo se eu disser novamente
Que não pertenço a esse mundo
Me deixa aqui.
É que eu sou mesmo transparente,
Não consigo me calar
Ou então disfarçar.
Mesmo sabendo que tem coisa que é para não ser,
Essa sua filha, teimosa, insiste.
Insisto até chegar ao fim o pavio,
Que é longo,
Mas tem limite.
Obrigada pelas pessoas maravilhosas
Que colocou na minha vida,
São tantas pessoas queridas!
As falsas também apareceram, claro,
Mas deixa que eu driblo.
Posso me atrapalhar,
Meter os pés pelas mãos,
Mas driblo.
Afinal... quem é que me rege?
O Senhor, meu Amado.
Amo-te com força.
Essa força que me destes.
Obrigada.
Gosto de mim, apesar das brigas comigo mesma.
Meu coração é bom,
Não carrego nele maldade,
Sou amiga de verdade.
Sei ouvir.
Tenho amigos que valem ouro,
Mais, muito mais do que ouro.
Tenho meus irmãos, que eu amo demais.
Quando nos juntamos,
Não sei quem fala mais!
Agora... e a minha agitação?
Às vezes penso que preciso de ansiolítico na veia.
Sinto que não caibo em mim de vez em quando
E eu sou grande!
E esse meu lado sensível?
Por que sofro tanto com a violência, injustiça?
Sofro com o sofrimento alheio.
O Senhor sabe que é como uma faca que me corta.
É dor física!
Entende porque eu digo que não pertenço a esse mundo?
Eu SINTO as pessoas,
Eu SINTO a vida à flor da pele.
Por que me fizestes tão sensível?
Aí eu brigo comigo por não saber lidar com algumas coisas.
Mas deixa... com o Senhor,
Eu driblo.
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