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Cronicas-->CRIATIVIDADE -- 13/02/2006 - 23:46 (JOSÉ EURÍPEDES DE OLIVEIRA RAMOS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CRIATIVIDADE

"A UMA DEUSA

Tu és o quelso do pental ganírio
Saltando as grimpas do fermim calério,
Carpindo as taipas do furor salírio
Nos rúbios calos do pijom sidério.

És o bartólio do bocal empírio
Que ruge e passa no festim sitério,
Em ticoteios de partano estírio,
Rompendo as gàmbias do hortomogenério.

Teus lindos olhos que têm barlacantes
São camençúrias que carquejam lantes
Nas duras pélias do pegal balónio..

São carmentórios de um carce metálio,
De lúrias peles em que pulsa obálio
Em vertimbáceas do pental perónio. "


Revendo lições de métrica e rima, encontrei os versos acima, atribuídos ao poeta maranhense Luís Lisboa. O soneto é um exemplo de perfeito enquadramento na metrificação e nas rimas consoantes que apresenta. Apesar disso, não é poesia e muitas das palavras utilizadas não constam em nenhum vocabulário da língua portuguesa. Por outro lado, vivemos hoje o tempo de total desprezo (ou ignorància) às regras da composição poética. É moda chamar-se "poesia" qualquer verso, ainda que muito mal arrumado. O que leva a parafrasear o poeta Paulo Leminski: "chegou o dia em que tudo é poesia?"

Nem a cega obediência ao rigor dos manuais, que leva a construções como a desenvolvida satiricamente por Luís Lisboa, nem o desleixo total que apelida poesia a meia dúzia de palavras emendadas, aconselham os estudiosos. Nem o rigor estético, nem o liberalismo rebelde de Victor Hugo: "Ni règles, ni modèles". A propósito, ao ouvir que certo verso tinha pé quebrado, Emílio de Menezes retrucou que "Os bons versos não têm pés...têm asas!"

A título de curiosidade, encaminhei por "email" o "soneto" de Luís Lisboa a alguns amigos que apreciam a arte poética. Em resposta, a poetisa Marlene Becker --talento que tem agradável lado moleque-- enviou-me em resposta os versos que seguem, também em forma de soneto.


"AO JOCA

Quando a lumíria forge na froguida
Na fronte da recíria altenecer
Em nasfetila surgirá a brilhida
E a nevilínia irá renecer.

Do horizontino brusque da liroca
Nascem pludentes pritas de rimar
Das notijas relejas surge o Joca
E a selidácea se põe a dançar.

Quem será que se alça tão fremente
Sem medo de vilhosa cremenense
Ao lume do cartoso calinel ?

É o poeta que lira nas alturas
Como trima rendante de ventura
Ao som do seu primoso varmitel."

José Eurípedes de Oliveira Ramos
Da Academia Francana de Letras

dez.2001
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