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Poesias-->TEMPESTADE VAGA -- 24/08/2010 - 09:40 (FERNANDO PELLISOLI) |
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O sopro do vento louco
Espalha a minha tristeza.
E tudo é ainda muito pouco
Nas mãos da avareza?
Ínfimo parasita,
Eu sou indesfrutável.
E minha alma esquisita
Não é saudável.
Ignoro o som da vida
Transmutando sensações;
Mas a cada partida -
Candelabro de emoções!
Traga-me esta distância
Como um látego;
Mas na minha infância
Eu tinha fôlego...
Descrever o meu suspiro
Donde tudo se emana;
Mas se eu dou um giro
Leviano, eu vou à cana!
No fundo de toda canção
Está o mal arranjado,
Pois é na vil ação
Que o homem está destinado.
Se sofrer é depuração,
Eu quero me enrolar na dor.
Pois qualquer imitação
É destituída de amor.
O reflexo do olho gordo
Empalidece a verdade:
E se a isca eu mordo,
Não encontro a felicidade...
(por Fernando Pellisoli)
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