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Poesias-->SOFRER INGENTE -- 24/08/2010 - 09:20 (FERNANDO PELLISOLI) |
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Trago a sina desmiolada
De sofrer o irreparável,
Pois perdi a minha amada
Numa ruína intragável.
Vivo preso no meu fado
Numa vida vegetativa;
Enquanto o mundo do lado
Que em tua alegria te ativa...
Apodrece a carne sangrenta
Sobre a cama da desilusão;
Mas o meu espírito agüenta
Os ensaios desta ilusão.
Meu Transtorno da mente
Desdobra-se em verso;
Mas eu vivo descontente
E na tua ilha estou imerso.
Meu consolo de agonia
É puro choro e desconforto,
Pois esta minha alegria
É etéreo passado morto!
Já me esqueci do teu sexo
Entorpecendo o meu:
O côncavo e o convexo
Arregalaram-se quem comeu!
O Espiritismo me inflama
Na crença dum futuro:
Minha alma em chama
Esconde-se no escuro.
A poesia segue o rumo
Do poeta meigo de tristeza;
Mas a tua idéia de consumo
Desfaz toda a tua beleza...
(por Fernando Pellisoli)
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