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Poesias-->A LUZ DO SUPLÍCIO -- 23/08/2010 - 22:14 (FERNANDO PELLISOLI) |
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No meu altar de dores,
Eu sou uma ingente vela se queimando,
Pois se faz necessária a depuração do espírito
No corpo febril e indolente.
É impossível desvelar a negritude
Da alma em processo de elucidação
Dos desdobramentos da demolição...
Talvez eu esteja menos irreverente
Na minha indisciplina do caos
[que coabita em mim...
A luz (que ilumina o meu suplício)
É o trajeto inquestionável dos meus mentores espirituais
Apaziguando os meus olhares funestos,
Cheios de rodeios débeis...
Sou uma cascata de pensamentos inúteis
Pululando na minha mente febril,
Olvidando, momentaneamente, as vibrações
Do meu eterno amor...
Sou uma porta entreaberta
[esperando o teu retorno...
II
O teor das minhas mazelas
É a interminável viagem ao meu desamparo
Na rua da eterna procura...
Sou uma estrada vazia e alucinada
Na perpétua mania desajustada de ser nada...
As vozes famigeradas do meu carma
Anunciam uma metamorfose no meu fado:
Já é tempo de agradecer aos céus
O fulgor inefável da nova era
[do meu pobre espírito...
III
Havia uma luz no fim do túnel.
Ainda tenho tempo de arrumar uma saída, uma chance
De recomeçar tudo de novo,
Munido de uma liberdade plena e incomensurável.
Sou as flores da primavera
Sorrindo encantamentos mil aos teus olhos ávidos
De tanto recordar-me nas tuas fotografias
- onde eu estou presente...
E tu és o meu doce encanto e meu veneno
[Na minha vida pequena...
(por Rafael Gafforelli)
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