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Poesias-->TREMORES NOTURNOS -- 23/08/2010 - 21:50 (FERNANDO PELLISOLI) |
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Ando meio nervoso
Como uma andorinha que perdeu o rumo...
Sempre devotado das estrelas,
Sou as ondas do mar revolto
Atravessando o Oceano Atlântico
Na mais cálida e caprichosa meiguice do olhar.
Sou o pressentimento
De que chegou a hora verdadeira
De me comunicar com os Espíritos Superiores:
[ouço o murmúrio das vozes...
Nada me impede
De me esclarecer nas vibrações enigmáticas,
Emblemáticas,
Pois sou o sopro do vento
Catalogando critérios adulterados na ignorância
Dos velhos tempos romanos.
Assimilo as indagações pertinentes
No meu penoso caminhar rastejante
Pronto pra dar o pulo do gato:
[o futuro se aproxima...
II
Quantos virão me assediar
Na minha plenitude artística e literária?
Sou o meu sangue cristalizado no coágulo do pensar
Ouvindo o meu anjo de guarda:
- “Tenha a lucidez da verdadeira caridade!”
Sou a mão da justiça humana
Entrelaçando-se em os corações famintos
De misericórdia e amor.
Nada de sermões nas montanhas,
[nada de ilusões frívolas...
III
O sonho vai começar.
A força do vento vai levantar
Os tapetes aveludados da ignorância intempestiva,
Acomodando os olhares funestos.
Sou a liberdade de expressão
Cavalgando por desfiladeiros da tristeza,
Entreposto ao meu calvário.
Avanço, ainda que descontente,
Na minha sina de poeta, indubitavelmente, menor:
[sou a brisa do amanhã...
(por Rafael Gafforelli)
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