Sete são os véus, desvendando os mistérios,
Sete são os panos, escondendo desejos,
Sete são as etapas, a desnudar o corpo,
Sete são as vidas, a morrer por beijos.
Ventre sinuoso, de curvas perigosas,
Onde guardam-se tesouros de deusas libidinosas.
Olhos de gata selvagem ludibriando a presa,
Simples em seus encantos e sua eterna beleza.
Seu caminhar é como o vento nas folhas,
Desfilando, como o pisar de gazela,
Elegante e sensual em seus requebros,
De pernas esguias e silhueta singela.
Seu doce e meigo olhar amendoado,
Desafiando num tímido reclinar de cabeça,
Encerra paixões, fogo enclausurado,
Deita malícia, fúria e delicadeza.
Suas mãos, convite sedutor ao prazer,
Macias, ágeis, aveludadas,
Conspiram em gestos ondulados, sem querer,
Provocando sensações inusitadas.
Seu sexo - maior de todos os fascínios -
Só bem poucos afortunados conhecerão
Trancando a sete chaves seus carinhos
Apenas a quem lhe possua o coração.
Rio, 25/06/00.
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