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Poesias-->EMOÇÕES AFOGADAS -- 23/08/2010 - 19:12 (FERNANDO PELLISOLI) |
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Na magia influente do poema
Não podem contracenar as esquinas dos desenganos,
Onde a miséria das horas se confunde
Com os passos envernizados...
Quem não almeja a sua morte
Está crivado de ilusões turvando o olhar da verdade,
Pois somos débeis prisioneiros:
Espíritos cativos!
Quero transcender a nuance dos meus desafios;
Na manhã defunta prostrada diante dos meus olhares fugazes,
Pois renasci das trevas do meu desafeto
[empossado no toque de recolher...
II
O meu grito já foi dominado
E reclina-se na impunidade letal da ilegalidade,
Onde eu sussurro o grito poético
Da minha brasilidade
O fogo das paixões está contido no desafeto mórbido,
Onde a minha paz encontra o seu delírio.
E eu (engendrado em emoções afogadas)
Acabo-me e não morro.
O vitral do meu olhar verde-esmeralda
Não encontra mais a alegria de outrora consumida,
Pois estou destinado a sofrer de dores
[que não são deste mundo...
III
Quem disse que não sou inoportuno à vida?
Já perdi o albergue das minhas ilusões mais remotas,
Nesta minha virtude atemática
Em agüentar o rojão...
A vida que me preocupa
Não é deste mundo mundano e desavergonhado:
Navego em mundos superiores
Onde o viver é belo!
No ranger dos meus dentes,
Eu vejo a trepidação das minhas emoções afogadas,
Esperando o sopro da quimérica liberdade de uma harpa
[numa eterna canção...
(por Fernando Gomes)
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