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Poesias-->MEUS VERSOS -- 23/08/2010 - 14:48 (FERNANDO PELLISOLI) |
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Tudo é possível nos meus versos
Até mesmo encontrar uma saída ao caos absoluto
Que aniquila o romance das estrelas
Com o sistema planetário
Os meus versos não são melhores que os teus
Mas o ecletismo e a versatilidade dos meus poemas
Exalam em busca de toda a beleza
Que há no mundo!
Escrevo cada verso
Com a maestria dos espíritos do Cosmo
Procurando transparecer a permanência do amor
[na mão da justiça
II
Já não posso deixar de ser poeta
Pois a vida me rutilou nesta missão dolorosa
Buscando em mim a necessidade
De escrever poesia
Estes meus versos
São as simplicidades dos passarinhos
E o complexo remelexo na batucada do samba
Inebriando a voz do meu canto
Como posso deixar de espiar o mar
Na altitude plena na intensidade poética
Se os meus versos melancólicos
[enchem-me de tristeza?
III
Os meus versos
São as aparências do meu âmago
Na mais nítida e arrogância vergonhosa da mentira
- não posso ser sincero o tempo inteiro!
Eu preciso de subsídio
Pra encontrar o rumo trilhado em poesia
E nem sempre a verdade interrompe o obstáculo
Da vã filosofia da inatividade.
Sofre-se tanto
Como dizem os meus versos, eu não sei?
Talvez eu sofra muito mais do que eu já pude até morrer;
[mas estou vivo – dolorosamente desperto!
IV
Se eu não fosse os meus versos
O que seria de mim?
Já tinha morrido no tédio das horas inválidas:
Nasci pra fazer poesia!
A mágica dos meus versos
Engambelam o poeta Fernando Pellisoli
Em tal forma e em tal fundo
Que a beleza dos signos propicia a criação poética.
Tudo é provisório neste mundo material:
Os meus versos passarinho e passarão brevemente!
O corpo transforma-se num puído
[e a alma liberta-se ao infinito...
V
Mas não posso negar
Que a providência sabe o que faz:
Sou um infeliz mais feliz da face da Terra
- pois eu tenho a poesia que navega junto comigo!
O pranto dos meus versos
Canta a minha melancolia em estar vivo
Como se uma vibrante loucura ainda estivesse por chegar
No recanto da minha caverna obscura.
O que fazer com a minha insanidade letal?
Quem vai devolver-me à minha alva lucidez?
O normal não se cansa de me dizer:
[melhor é ficar sem asa!
Um domingo vacuoso e silencioso
E eu só tenho os meus versos aglutinados
E com eles eu versifico a história de um homem
Que morreu e despertou louco?
O som musical dos signos
Diz-me que eu não devo ser tão melancólico,
Mas sou filho do meu último suspiro
[e já morri e não sei...
(por Fernando Gomes)
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